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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

[A minha Opinião] O que nos magoa

O que nos magoa

Um dos objectivos a que me propus este ano, é ler mais escritores portugueses. Inclusive, como já todos os leitores do blogue devem saber, há um desafio de leitura a decorrer, o Lê Português. Como tal, este novo livro, do jovem autor português Diogo Simões, integra-se na perfeição nesse desafio. 

Este não é o primeiro livro escrito pelo autor, que já conta com alguns livros no seu reportório. No entanto é a minha primeira abordagem à escrita do Diogo Simões. 

Não classificaria este livro como um romance. Na minha opinião é um livro que se integra perfeitamente no género jovem adulto. Os protagonistas são jovens na faixa etária dos 17, 18 anos. Atravessam algumas dificuldades tanto a nível pessoal, escolar ou social. Lidam ou estão expostos a situação de exclusão social, bullying, abandono familiar. São abordados outros temas sensíveis como sexualidade, drogas, pobreza e exclusão social. 

O livro apresenta-nos a história de dois jovens, a Francisca e o Daniel. Jovens com idades muito próximas, mas com realidades sociais muito diferentes. Francisca vive com a sua mãe, estuda e trabalha durante o verão na pequena livraria da mãe, O Cantinho das Letras. Francisca anseia ir para a universidade, mesmo não sabendo ainda bem para que curso. Mas anda sempre atormentada, inquieta, porque precisa que a sua mãe lhe dê algumas respostas sobre o abandono do seu pai. Daniel vive com os seus avós, depois de ser abandonado em tenra idade pelos pais. Passa por todo o tipo de dificuldades em casa. Não tem ambição de continuar os estudos, porque não tem forma de os pagar. Apesar de ter o coração no lugar certo, dá-se com as pessoas erradas e tem comportamentos desviantes. 

Esta história, contada a duas vozes, por Francisca e Daniel, transporta o leitor para duas realidades sociais completamente opostas. Realidades que o autor foi buscar, a muitas das suas experiências como assistente social estagiário. Neste caso é Francisca, que se depara com um Daniel misterioso, e que vai descobrindo aos poucos, a dura realidade de vida de Daniel.

Gostei da escrita do autor, fluída e de fácil leitura. Do facto de ter abordado temas sensíveis e muitas vezes ignorados socialmente. Da história nos levar a reflectir e de apelar à nossa atenção. De alguns apontamento de humor presentes na história. Sendo eu uma leitora, adorei que um dos cenários escolhidos, tenha sido uma livraria. 

Do que menos gostei, foi do facto de logo no início da narrativa, nas entrelinhas, o autor revelar algo da história, que se continuasse em segredo, teria conseguido o efeito surpresa desejado. Talvez a intenção do autor não fosse essa. Acho que faltaram momentos surpreendentes, arrebatadores. 

No geral, é um livro que cumpre o seu propósito, entreter, informar, sensibilizar e tornar-nos pessoas mais atentas às realidades que nos rodeiam. Porque quando olhamos para uma pessoa não conhecemos as suas dores e lutas diárias. 

Boas leituras!  

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

[A minha Opinião] Notre-Dame

 Notre-Dame

Esta é a minha leitura de estreia com este autor. 

Neste pequeno livro, Ken Follett relata as emoções sentidas por ele, enquanto assistia incrédulo, em directo, às imagens do incêndio da Catedral de Notre-Dame. 

Fala das suas emoções mas também do que fez depois do acontecimento. Foi nessa altura que decidiu que este livro iria nascer. 

Além de dar ao leitor a sua experiência pessoal sobre o sucedido, reúne neste livro a incrível história da catedral de Notre-Dame, e faz referência aos grandes nomes a ela ligados. 

Refere também a influência que esta catedral teve aquando da escrita do livro Os Pilares da Terra. 

Um pequeno livro que todos os fãs do autor irão querer ler. Um livro, que para quem não conhece a obra do autor, irá espicaçar a curiosidade. Eu fiquei com bastante vontade de ler Os Pilares da Terra.

Boas leituras! 

🌟🌟🌟

terça-feira, 22 de outubro de 2019

[A minha Opinião] Segredos Obscuros

Segredos Obscuros


Este livro já estava na minha estante deste Julho de 2015. Quatro anos depois, resolvi resgatar o livro e lê-lo e só penso: "porque é que não peguei logo nele?"

Já tinha lido imensas opiniões sobre esta série, a grande maioria muito favoráveis. Uma coisa vos posso dizer, estão certíssimas essas opiniões. Que livro!

Segredos Obscuros apresenta-nos as personagens que caminharão connosco durante esta série. A grande figura é Sebastian Bergman, um psicólogo, especialista em serial killers e um ser extremamente complicado e antipático. Está personalidade pouco atractiva será bem destacada durante este livro. Além de Sebastian, temos a equipa da Riksmord, composta por Torkel, Ursula, Vanja e Billy. Todas estas personagens secundárias merecem o seu destaque e conhecemos as suas personalidades e histórias de vida. Fechado este grupo mais próximo de Sebastian, temos outra personagem, Haraldsson, um investigador da polícia, que mexeu com os meus nervos (quando lerem o livro irão perceber). Poderá dizer-se que Haraldsson não prima pela inteligência. 

Quanto à história aqui apresentada, está muito bem pensada e construída. Um rapaz de dezasseis anos é brutalmente assassinado. Facto curioso é que lhe falta o coração. Esta descoberta macabra  levará a que a Riksmord investigue o caso e que Sebastian regresse à equipa. Este regresso será conflituoso. E quem não gosta de um bom conflito? 

Hjorth e Rosenfeldt fazem parecer fácil escrever um thriller. A maneira como eles vão lançando pistas, introduzindo novas personagens, oferecendo factos ao leitor, deixaram-me logo agarrada à história. Quando vi o tamanho do livro pensei: "é bom que sejas viciante". Seria um castigo ler mais de 500 páginas, se os autores não tivessem feito um bom trabalho. 

Depois de terminar a leitura e de reflectir sobre o livro, cheguei à conclusão que os thrillers deviam ser todos assim: bem escritos, com personagens cativantes, com histórias bem construídas, com reviravoltas, com suspense, com mistério e viciantes. As poucas pontas soltas às quais não obtive resposta não foram importantes para o desfecho da investigação. Venham mais livros assim! 

Ficou a enorme vontade de continuar a série. E antevejo que esta seja uma das melhores séries que irei ler nos próximos tempos. 

Boas leituras!

🌟🌟🌟🌟🌟

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

[A minha Opinião] Lá, Onde o Vento Chora

Lá, Onde o Vento Chora

Lá, Onde o Vento Chora é o romance de estreia de Delia Owens. E que forma absolutamente única de começar. 

Não me recordo de ter lido, nos últimos tempo, um romance onde a natureza desempenhasse um papel tão activo na história. O pantanal, local onde se desenrola toda a narrativa é, a meu ver, também ele, uma personagem e de grande importância. É reconfortante ler sobre a natureza e a forma como ela encontra o seu tempo, o seu espaço. Em como nos ensina tanto sobre a natureza humana olhando com atenção para a vida animal e natural.  

Além da figura imponente do pantanal, há outra figura grandiosa, Kya. Uma menina que acompanhamos desde os seus seis anos. Todos os familiares, que são a sua base, a sua segurança, tudo o que conhece, um a um, irão abandoná-la. Kya, desde tenra idade, aprende a cuidar de si própria e a isolar-se do mundo, que a vê como pessoa indesejada, incómoda. 

Ao longo das páginas vamos acompanhando a negligência da sua família, que a abandona, mas também a negligência de uma comunidade, que prefere ignorar e virar a cara, a uma menina que tudo o que quer é sentir-se acolhida, querida, bem-vinda. Os anos passam e Kya habitua-se à solidão do pantanal e da sua vida. É nessa solidão que aprende a observar a natureza que a rodeia e a tirar dela muitos ensinamentos de vida. 

Delia Owens fez descrições maravilhosas do pantanal. Não se assustem quando falo em descrições. Não são nada cansativas, pelo contrário, há um certo encantamento ao lê-las. Muitas vezes me imaginei dentro do pequeno barco, com Kya, nas suas viagens pelo pantanal. 

A escrita da autora é apelativa. Há passagens belas, emotivas, educativas. As personagens secundárias criadas, apesar de não terem tanta atenção como Kya, são personagens que enriquecem a história. Muitas delas trazem aquele lado humano que gostamos, são solidárias, atentas ao próximo, empáticas. São muitos os temas sensíveis abordados pela autora,  como negligência familiar, violência, alcoolismo, racismo. A autora aborda-os de maneira inteligente e convida o leitor a reflectir sobre eles. 

Apesar de ser uma história cruel de abandono, que parte o coração do leitor, é também uma história de superação, resiliência, coragem e acima de tudo, de amor. 

Lanço-vos o desafio de apanharem este barco e serem conduzidos até ao pantanal. Kya espera-vos com uma importante lição de vida. A viagem é inesquecível e quando o barco é ancorado ao porto, para a leitura do último capitulo, as surpresas ainda acontecem. 

Boa leitura!  

🌟🌟🌟🌟
4,5

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

[A minha Opinião] O homem dos sussurros

O homem dos sussurros

"O homem dos sussurros", foi o livro escolhido para a quarta leitura conjunta, organizada no blogue (Grupo Desafio de Leitura Manta de Histórias 2019). Livro votado pela grande maioria e que foi uma excelente escolha. 

O que dizer deste thriller? Steve Cavanagh diz que é "O melhor thriller da década." Eu não confirmo nem desminto. O que posso vos dizer é que foi um dos melhores thrillers que li nos últimos tempos. 

Tenho de dar os parabéns ao autor Alex North, pela forma brilhante como pensou e escreveu esta história. Dei por mim muitas vezes a questionar que livro era este: um drama familiar, um livro de sobrenatural, um thriller, um policial? Cheguei à conclusão que é a junção de todos eles.  

Nesta história conhecemos Tom Kennedy, um escritor, e o seu filho, Jake. Ambos mudam para uma pequena localidade chamada Featherbank, após o falecimento da mulher de Tom. É depois desta mudança que o pequeno Jake começa a agir de maneira estranha. Diz ouvir sussurros e Tom apanha-o várias vezes a falar sozinho. Será que se passa algo de errado com Jake? Estará ele em perigo? 

Conforme se vai avançando na narrativa, é cada vez mais complicado largar o livro. Em cada capítulo vão sendo lançados novos pormenores, pistas, vai-se descobrindo mais sobre as personagens, sobre acontecimentos passados, sobre a localidade e sobre a casa onde vive agora Tom.  

A linguagem usada por Alex North é cativante, em alguns momentos causa tensão e alguns sustos (por isso li sempre o livro durante o dia, ah ah ah ah ). Gostei das personagens presentes no livro, Tom um homem a lutar contra a perda da mulher e a tentar ser o melhor pai possível. Jake, um menino que sente imensa falta da mãe e que se sente diferente da maioria das crianças. Depois temos Pete, um policia assombrado pelo seu passado e que vive constantemente em luta consigo próprio. Frank Carter, é o vilão da história e o responsável pelos famosos sussurros à janela. Haverá mais algum vilão? 

Só não dou as 5 estrelas bem redondas, porque não gostei muito do final. Mas lá está, esta é uma opinião. Muitos outros leitores poderão achar o final adequado. 

Uma coisa é certa, só vos posso recomendar, e muito, este thriller. Dos melhores lidos este ano. Excelente aposta da Topseller. 

Boas leituras!   

🌟🌟🌟🌟
4,5

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

[A minha Opinião] Amor em 59 poemas

Amor em 59 poemas

Poesia não é, de todo, a minha praia. Leio muito pouca. Como é que acabei por ler este "Amor em 59 poemas"? Por causa de um desafio de leitura que organizei e uma das categorias é poesia.

A Suma de Letras, publicou esta colectânea de poemas, em Janeiro de 2018. Só agora, com o calor do mês de Agosto, me desafiei a ler estes poemas. 

Esta colectânea reúne poemas de diferentes poetas, séculos, nacionalidades, movimentos artísticos. Todos os poemas têm algo em comum: a exaltação do amor em todas as suas fases e faces. 

Houve poemas com os quais me identifiquei mais do que outros, mas nunca deixou de ser uma bela viagem. Além dos poemas, serviu também para ler pequenas biografias sobre todos estes autores. Todos eles marcaram a época em que viveram, e ainda nos dias de hoje, continuam a marcar quem os lê. 

Vale a pena estes desafios de leitura. Saí da minha zona de conforto e acabei cativada pelas palavras de amor de todos estes poetas. 

Boas leituras!    

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

[A minha Opinião] O Silêncio das Águas

O Silêncio das águas

O Silêncio das Águas foi umas das novidades de Abril, da Editorial Presença. Assim que vi a capa e li a sinopse, quis ler o romance. Serviu também de incentivo extra, as efusivas opiniões que fui vendo pelas redes sociais, de leitoras que já tinham lido o livro em inglês. Todas essas leitoras incentivavam à leitura do livro, dizendo que era maravilhoso. 

Acabei por não ler o livro logo em Abril, mas em Agosto. Precisava de ler um romance, para ir alternando com os thrillers, e este foi o escolhido. 

O que é que vos posso dizer sobre o livro? A história construída por Brittainy C. Cherry, é próxima ao coração da autora. Ela inspirou-se em vivências próprias para construir a personagem principal Maggie May. Maggie era uma rapariga extremamente vivaça quando era criança, até que um momento traumático e marcante muda a sua vida. É esse momento que irá definir toda a sua vida e a pessoa em que se transforma ao longo dos anos. Bem próximo de Maggie, está sempre Brooks Griffin, um amigo atento, que a apoia nos bons e maus momentos. 

Maggie é daquelas personagens que nos rouba o coração. Então porquê? Porque é uma leitora voraz. São deliciosas as passagens que falam de livros. Há referências a livros, que todos nós leitores reconhecemos e já os lemos. A forma como os livros salvam a Maggie, é algo que nos toca o coração, sendo nós também leitores. 

Quanto a Brooks, é o rapaz porque todas as raparigas e depois mulheres suspiram. Vive a música como se a respirasse. Passa um pouco dessa paixão a Maggie, que muitas vezes se deixa acalmar através dela. 

Da bela e dolorosa história construída pela autora, sai um belo elogio ao amor, a todos os tipos de amor, mas com uma maior incidência no amor romântico. Sai também uma história de luta e de sobrevivência de Maggie. Sai, acima de tudo, destas páginas, uma mensagem de esperança. "O mundo continua a girar porque o teu coração continua a bater."

Foi tão fácil agarrar-me a esta história. Foi fácil ir passando as páginas. Foi fácil sentir empatia pelas personagens. Foi difícil ler os momentos mais angustiantes. Foi difícil separar-me das personagens. 

Se adoram livros. se adoram música, se gostam de uma bela história de amor, este é um livro a ler. 

Fico a aguardar por próximos livros da autora. 

Boas leituras!

🌟🌟🌟🌟

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

[A minha Opinião] Deixa-me mentir

Deixa-me mentir

Clare Mackintosh não é, para mim, uma autora desconhecida. Já tive oportunidade de ler o seu primeiro livro, Deixei-te ir, e por isso a curiosidade em ler esta sua mais recente obra.

Gosto de thrillers psicológicos e quando vi referido na capa que era o thriller psicológico do ano, fiquei curiosa. Correspondeu ao anunciado? Isso é o que vou passar a dizer-vos. 

A premissa da história tinha tudo para criar grande mistério. "Para a polícia foi suicídio. Para Anna foi homicídio. Ambos estão errados." Até aqui tudo bem! O objectivo foi realmente conseguido? Acho que não. Na minha humilde opinião, não se pode considerar este thriller, um thriller psicológico. 

Para começar, não gostei do tamanho de letra escolhido. É logo desmotivador. Em livros de bolso compreende-se a escolha do tamanho de letra. Nestes livros maiores, não concordo. Devia oferecer-se mais conforto ao leitor. 

Ignorando o tamanho de letra e mergulhando na leitura, para mim foi um grande desafio. A meu ver, as primeiras 150 páginas são aborrecidas. A história não avança grande coisa. Vai-se arrastando sem acontecimentos muito marcantes. Esse facto desmotivou-me e fez-me perder a vontade de voltar à leitura. Lá insisti, continuei e nos capítulos finais, a autora lá me ofereceu a intensidade pedida a um thriller. Com acontecimentos relevantes, com descobertas motivadoras. 

Das personagens, normalmente menciono as principais, porque na maioria das vezes, me identifico com elas. Neste caso irei mencionar duas personagens secundárias, Murray, investigador do caso e a sua mulher Sarah. Fazem uma dupla cativante, apesar de todos os problemas que enfrentam enquanto casal. Para mim, a história de ambos e a forma como Murray conduziu a investigação, foram o ponto forte desta história. 

Concluindo, não foi um livro que me tivesse arrebatado ou tirado o sono. Reconheço que a premissa da história é muito boa, mas não foi explorada da melhor forma pela autora. O final da história alguns poderão gostar. Para mim não fez muito sentido. 

Se são fãs da autora, e apesar da minha opinião menos abonatória, recomendo-vos a tirarem as vossas próprias conclusões. Duas pessoas nunca lêem o mesmo livro da mesma forma. 

Boas leituras! 

Opinião do livro Deixei-te ir aqui

🌟🌟🌟

terça-feira, 10 de setembro de 2019

[A minha Opinião] A Rapariga sem Nome

A Rapariga sem Nome

A Rapariga sem Nome, é o livro de estreia da série Tess Winnett, uma agente especial do FBI. 

Li este livro numa leitura conjunta com mais de 30 outros leitores. Uma coisa vos posso dizer, foi complicado parar nos capítulos estipulados e não continuar a ler. 

Gostei da escrita de Leslie Wolfe, da divisão dos capítulos, sempre pequenos, que permite avançar rapidamente na leitura. Gostei do ponto de partida da história, uma morte perturbadora levada a cabo por um assassino astuto. As personagens cativaram, principalmente a agente Tess Winnett, que é uma mulher inteligente, decidida, forte, intuitiva e ao mesmo tempo frágil e emotiva. 

Do que menos gostei foi de se ter descoberto o assassino um pouco cedo. Poderia ter-se prolongado o mistério um pouco mais. Sendo a personagem Tess, o foco principal de uma futura série de livros que irá sair, achei demasiado precipitado, a autora ter escolhido revelar o segredo de Tess logo no primeiro livro. O facto de não terem sido mais desenvolvidos os motivos que levaram o assassino em série a fazer o que fez. E por último, a forma apressada como foi arrumado o final da história. 

No geral, o balanço é positivo. Continuo interessada em seguir a autora e esta série, esperando que o próximo livro, seja bem melhor que este primeiro.  

Não sei se será um dos melhores thrillers de sempre, como anunciam na capa do livro, ou o fenómeno literário do ano. O que sei é que gostei da leitura e da mulher forte que é Tess. 

Boas leituras! 

🌟🌟🌟🌟

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

[A minha Opinião] 1793

a minha opinião 1793



O que dizer deste livro?

Foi um valente desafio para mim. Tirou-me da minha zona de conforto. Deu-me luta. Deu-me indisposição. Mexeu-me com as emoções. Pensei algumas vezes que não o ia conseguir ler. Mas insisti, continuei e terminei muito satisfeita. 

Ser facilmente impressionável, sensível, é uma vantagem mas também desvantagem. Vantagem porque facilita a empatia pelos personagens, desvantagem, porque em passagens mais chocantes, cruas, descritivas, mórbidas, deixa-me em apuros. Interiorizo demasiado o que leio. Este livro foi uma luta tremenda em algumas passagens. 

1793, apesar de sombrio, é uma lufada de ar fresco. Tenho lido muitos thrillers nos últimos tempos e este, de facto, destaca-se dos demais. É considerado um thriller histórico e é a estreia absoluta de Niklas och Dag, neste mundo dos livros. E que estreia esta! 

A autor oferece uma história passada em Estocolmo, em finais do século XVIII, uma cidade sombria, com grandes desigualdades sociais, onde impera o poder da igreja, onde é aplicada a pena de morte e o salve-se quem puder pelo povo de Estocolmo. O cenário é perfeito para o crime hediondo que aqui terá lugar.   

Quanto à narração da história, cabe a várias personagens fazê-lo, construindo uma teia que liga na perfeição todos os seus pontos. Mickel Cardell, guarda, Cecil Winge, agente da policia, Kristofer Blix, um jovem aspirante a médico e Anna Stina, uma jovem sofredora, são as personagens centrais da história, todas elas ligadas a uma teia perfeita. 

A história centra-se na investigação de um crime mórbido e chocante. Durante os inúmeros capítulos vou juntando mentalmente as peças de um puzzle, pensado na perfeição por Niklas och Dag. Não há dúvida nenhuma que as personagens foram bem construídas e que o ambiente sombrio e negro de Estocolmo serviu na perfeição o crime. É notória a investigação histórica feita pelo autor, para melhor enquadrar e valorizar a história. Quanto à escrita é fluída e cuidada, rica em diálogos e pensamentos. 

O que não gostei do livro? A letra pequena, que exige mais esforço na leitura. Os nomes suecos, longos e impronunciáveis. O facto de a mesma personagem ser referida ao longo do livro por nomes diferentes. No inicio da leitura é preciso estar atento a esses nomes para ligá-los correctamente às personagens. 

No geral, é uma estreia fantástica do autor. Uma história arrepiante, sombria e cruel. Aos leitores, que como eu, são facilmente impressionáveis, irá requerer coragem para ler certas passagens do livro. No final, irá valer a pena ultrapassar esse obstáculo e ler esta história. 

Ficarei atenta ao autor e irei querer ler o próximo livro. 

Boas leituras! 

🌟🌟🌟🌟

terça-feira, 6 de agosto de 2019

[A minha Opinião] As flores perdidas de Alice Hart

Opinião As flores perdidas de Alice Hart

O livro "As flores perdidas de Alice Hart" foi publicado pela Porto Editora, em Outubro de 2018. Acabei por lê-lo em Julho de 2019, para o desafio de leitura do Manta de Histórias e em leitura conjunta com várias seguidoras do blogue. A leitura e a experiência valeram a pena.

O que me atraiu imediatamente para este livro foi a sua capa maravilhosa. Aquele fundo preto e todas aquelas flores coloridas em destaque, é qualquer coisa de belo. Mas não se fica por aqui a beleza do livro. O seu interior também está povoado por imensas flores, a preto, a cada início de capítulo. Com todo este cuidado de apresentação e paginação já ganha imensos pontos. 

Como o título e a capa o indicam, muito desta narrativa anda à volta de flores e seus significados. Flores essas que são usadas para contar uma história, a história de vida de Alice Hart. 

Nos primeiros capítulos conheci a pequena Alice, de nove anos e a sua família. Cedo descobri que Alice é uma criança sonhadora, sensível, que gosta imenso de histórias. Como leitora, senti logo empatia por esta pequena leitora. Essa empatia para com a personagem fez com que, em vários momentos, sentisse a necessidade de a proteger do mal. 

Sem vos querer desvendar muito da história, o que posso dizer é que durante a leitura acompanhamos o crescimento de Alice e descobrimos um pouco mais do seu passado familiar, que está envolto em mistério e tragédia. Há como que uma fatalidade associada às mulheres da sua família, que parece repetir-se de geração em geração. 

Os cenários descritos pela autora, são sempre ricos em cores e flores. Há alturas em que parece que estou na quinta de Thurnfield a sentir o perfume das flores. Além deste pormenor, a autora associa o significado das flores a cada capítulo e avançar da história. Flores e narrativa em perfeita harmonia. A escrita da autora é cuidada e fluída. Os capítulos pequenos facilitam o avançar da leitura. As personagens são muitas mas com algo em comum, estão destroçadas pela vida. 

A evolução da personagem principal é notória ao longo da narrativa. O que posso dizer é que a Alice criança cativou-me mais que a Alice adulta. Em adulta tomou decisões e teve atitudes com as quais não concordei nem me identifiquei. 

No geral, acho que é uma excelente estreia de Holly Ringland. É notório o trabalho de pesquisa feito pela autora, para perceber o significado das flores. Aborda temas sensíveis com muita inteligência e cuidado. A sua escrita sem dúvida que cativa e prende o leitor. Houve pormenores que foram mais bem conseguidos do que outros, mas não retira mérito à autora nem à historia que construiu. 

Ficarei a aguardar com expectativa um próximo romance da autora. Até lá só vos posso recomendar a leitura deste livro e esperar que gostem dele, tanto ou mais que eu. 

Boas leituras!

🌟🌟🌟🌟

sexta-feira, 19 de julho de 2019

[A minha Opinião] Mil beijos


M A R A V I L H O S O!

Quando fechei o livro já estava com saudades de Poppy e Rune.

O que dizer deste livro? Acho que todas as palavras que aqui conseguir deixar, serão poucas para exprimir as emoções que senti a ler este livro. 

Quando o livro me veio parar às mãos, mal sabia eu a maravilha de história que estava presa naquelas páginas, à procura de encontrar o seu caminho até mim.

Li o livro porquê? Porque uma amiga minha, também uma grande leitora, me disse: "tens de ler Tillie Cole, Isa. Tens que ler vais amar. Agarra nos lenços porque parte o coração a qualquer pessoa e o final, lindo mesmo." Ora depois desta recomendação tão sentida, fui logo agarrar no livro. Bendita amiga! 

Logo no inicio da leitura simpatizei com as duas personagens principais, duas crianças ainda, Poppy e Rune. É impossível não sentir ternura pela inocência destes dois.

A história, a meu ver, foi muito bem construída pela autora. Narra ao leitor as várias fases da vida de Poppy e Rune, em diferentes idades. Acompanhei a história de ambos e nutri por eles carinho. Sim, é difícil não simpatizar com o lado sensível, sonhador e talentoso de Poppy, e pelo lado rebelde, desafiador e sombrio de Rune. E mais não vou dizer sobre eles, porque quero que o descubram durante a leitura.

Às primeiras páginas já estava de lágrimas nos olhos e a pensar: "Afinal sempre vou precisar dos lenços mais rápido do que pensava." É incrível como a autora, com uma linguagem simples mas encantadora, fez despertar em mim tantas emoções opostas de carinho e revolta. Acho que é aí que reside o sucesso de um livro. Quando mexe com o leitor e lhe desperta todo o tipo de emoções. 

Já li muitos livros do género jovem adulto, mas acho que nenhum antes me tocou tanto como este. Mil Beijos entra, sem dúvida, para a minha lista de livros favoritos. Depois da leitura tive de gritar a sete ventos (neste caso escrever em letras garrafais) para lerem este livro. E volto a repetir: LEIAM ESTE LIVRO MARAVILHOSO. 

Não sei se disse tudo o que havia a dizer sobre o livro, mas foram estas as palavras que encontrei para recomendar o livro. 

Só tenho mais um pedido, que a Quinta Essência publique mas livros da Tillie Cole. 

Boas leituras!

🌟🌟🌟🌟🌟

quinta-feira, 18 de julho de 2019

[A minha Opinião] O Rouxinol



Ai O Rouxinol! O que eu li e ouvi falar deste livro. Quem o leu só diz maravilhas e recomenda a leitura. Porque a curiosidade é tramada e nunca tinha lido nada sobre a autora, lá arrisquei e comprei o livro. Já estava há uns bons meses na estante à espera de ser lido, até que uma seguidora do meu blogue me disse que ia começar a lê-lo. Eu num impulso repentino sugeri que fizéssemos leitura conjunta do livro. Não estando ainda completamente satisfeita, resolvi lançar o desafio a vários leitores e assim aconteceu a primeira leitura conjunta. Que desafio e que experiência. Adorei! 

Agora que já vos expliquei como acabei lendo este livro, quero partilhar convosco a minha experiência de leitura deste livro. Mais de 500 páginas, bem escritas e narradas, sobre uma temática que me custa sempre ler, mas que não consigo dispensar. Nunca é fácil ler sobre a II Guerra Mundial e a cruel ocupação nazi. 

Neste livro é retratada a ocupação nazi em França. Dos inúmeros livros que li sobre o tema, acho que ainda não tinha lido nada sobre a perspectiva francesa dos acontecimentos. Como em todos os países ocupados, França passou por toda a crueldade que uma guerra pode trazer, que está guerra trouxe. O regime nazi não ficou conhecido pela sua brandura e sim pela sua crueldade e terror. É impossível ler-se sobre o tema sem ficar fisicamente afectados. 

Nesta história temos duas grandes figuras centrais, Vianne e Isabelle. Duas mulheres que não podiam ser mais o oposto uma da outra, apesar dos laços de sangue que as unem. Têm em comum o abandono que sofreram quando eram muito novas. Essas perdas moldaram de formas diferentes as mulheres que são no presente. Isabelle é uma mulher rebelde, resistente, motivada, corajosa, determinada. Vianne é completamente o oposto, uma mulher ponderada, pouco corajosa, realista, mãe e mulher dedicada. A relação entre ambas sempre foi conflituosa e em tempo de guerra ainda se torna mais visível. Ambas têm ideias opostas a como devem agir perante um inimigo tão próximo. 

Não vos vou revelar muito da história, porque assim estrago-vos a leitura. O que vos vou dizer é que gostei da escrita da Kristin Hannah, gostei das personagens que criou, tanto as principais como as secundárias. Por algumas nutri empatia e compaixão, por outras desprezo e indiferença. Agradou-me a perspectiva que a autora escolheu para nos apresentar a história, a partir de memórias, de um voltar atrás no tempo, e de desconhecer por completo quem é que narra essa viagem. 

Devem estar a estranhar o facto de estar a apontar tão bons comentários e ter dado ao livro as 4,5 estrelas ao livro. A razão pela qual não dou as 5 estrelas é porque acho que os capítulos finais foram um pouco precipitados e houve um momento na história que achei demasiado difícil de acontecer, tendo em conta a realidade narrada. Por estas razões é que acho que não mereceu as 5 estrelas mas é um livro que recomendo a leitura, sem a mínima dúvida. 

Depois de ler o livro compreendo por que razão é muitas vezes referido e recomendado. Fiquei com imensa curiosidade de ler mais livros da autora. Espero em breve estar a fazê-lo. 

Boas leituras!    

4,5
🌟🌟🌟🌟

quarta-feira, 17 de julho de 2019

[A minha Opinião] D. Maria II A menina rainha


Leio muito pouco sobre as grandes figuras da História de Portugal. Talvez por isso este livro tenha chamado por mim. D. Maria II foi uma rainha que vi muitas vezes referida nos inúmeros manuais de História e da qual não tinha muitas memórias. Pouco me lembrava da sua vida e feitos enquanto rainha. 

Este livro de Isabel Stilwell, apesar de estar mais virado para os leitores infantis e juvenis, não deixa de ser também uma bela leitura para os leitores mais graúdos. Posso dizer-vos que tive uma fantástica aula de História, e eu que quando era mais nova, não gostava muito. Este livro prova que tudo depende de como é transmitida a mensagem. 

Quem pegar neste livro de pouco mais de 90 páginas, irá aprender mais um pouco da nossa História e conhecer muito melhor a nossa jovem rainha, D. Maria II. 

A escrita da Isabel Stilwell é apropriada aos jovens leitores, de uma simplicidade e proximidade ao leitor bem notória. A personagem de D. Maria II fala na primeira pessoa ao leitor, o que faz com que nos sintamos mais próximos da personagem. A empatia pela figura de D. Maria II é imediata. 

Quanto às ilustrações de Violeta Cor de Rosa, que acompanham toda a história são de uma beleza singular e dão um colorido à história maravilhoso. 

É mais que óbvio que vos vou recomendar, sem reservas, esta leitura. Leiam e fiquem a conhecer um pouco melhor esta menina rainha. 

Boas leituras!   

🌟🌟🌟🌟

terça-feira, 16 de julho de 2019

[A minha Opinião] O Barco das Crianças



O que é que me conquistou logo no livro? A capa, sem dúvida. Foi o que me levou a ler a sinopse e a ter curiosidade de ler o livro. 

Esta é a minha primeira experiência de leitura de Mario Vargas Llosa. Apesar de ser um livro infantil/juvenil, despertou em mim a curiosidade de ler mais livros do autor. 

No que a este livro diz respeito, adorei a escrita do autor, as personagens, a história fantástica e as personagens, o curioso Fonchito e aquele homem misterioso que todos os dias se senta num banco a observar o mar. 

O autor soube bem levar-me a viajar na sua história e a duvidar do que ia sendo narrado. A curiosidade de Fonchito, em relação aquele homem que todos os dias via no parque e que depois interpelou, passou também a ser a minha curiosidade. As dúvidas de Fonchito passaram a ser as minhas. A tristeza de Fonchito passou também a ser a minha. Isto ilustra bem como a escrita do autor cativa e desperta emoções no leitor. 

As ilustrações de Zuzanna Celej são maravilhosas. Complementam na perfeição as palavras escritas pelo autor. É uma pequena obra de arte. 

Quanto ao final do livro, é surpreendente. A forma como o autor durante toda a narrativa me deixou na duvida, para que o final fosse fantástico. 

Uma leitura que recomendo sem reservas. Leiam, vale muito a pena.

Boas leituras!

🌟🌟🌟🌟

segunda-feira, 24 de junho de 2019

[A minha Opinião] A Distância Entre Nós


Escrito a três mãos, este YA (jovem adulto) foi uma bela surpresa. Já não é segredo que este género literário se tornou num dos meus favoritos. Este ano já são alguns livros do género já lidos e até final do ano pretendo ler muitos mais. 

Stella Grant e Will Newman são duas super personagens. Ambos sofrem de fibrose quística, uma doença que impede os pulmões de funcionarem normalmente. Entre pessoas com esta doença, é estabelecida uma distância de segurança, um metro e oitenta. Essa distância impede a possibilidade de haver uma infecção. 

Os caminhos de Stella e Will acabam por se cruzar no Hospital Saint Grace. Stella está a fazer tratamentos já rotineiros e Will a participar num ensaio clínico. Ambos não poderiam ser mais o oposto um do outro. Stella é organizada, controladora, inteligente, empática, enquanto Will é um rebelde, desregrado, revoltado e talentoso. Dizem que os opostos atraem-se e é bem verdade. 

O que não pode acontecer entre duas pessoas que têm fibrose quística é o toque. O toque está proibido. Agora imaginem essa proibição entre dois jovens apaixonados. E mais não digo, porque não vos quero retirar as surpresas do livro. 

O que vos posso dizer é que mesmo escrito a três mãos, a escrita parece uma só. Gostei da leveza da escrita, da sensibilidade com que trataram um tema central, gostei das personagens e da sua evolução ao longo da história, da riqueza dos diálogos e do facto de não me ter sentido aborrecida pelo facto de toda a história se passar num hospital. Acima de tudo fiquei a conhecer uma doença que não conhecia, as suas limitações e dores.

É um livro que se lê super bem. As páginas passam a voar. Os personagem inspiram pela sua força e coragem, mas acima de tudo pela força do primeiro amor. Gostei de todas as emoções que passou e me fez sentir. 

Recomendo-vos a leitura sem reservas. E já agora, vejam o filme. Não é tão bom quanto o livro, mas vale a pena ser visto. 

Boas leituras!

"A distância entre nós nunca deixará de existir nem se alterará. Um metro e oitenta para sempre."

🌟🌟🌟🌟


Para mais informações visite o site da Editorial Presença aqui.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

[A minha Opinião] Mulherzinhas


Mulherzinhas faz parte da colecção Clássicos da Literatura Ilustrados. Foi adaptado do original de Louisa May Alcott por Giada Francia e maravilhosamente ilustrado por Francesca Rossi. 

Este livro editado pelo Círculo de Leitores é uma pequena obra de arte. Eu sou suspeita porque adoro livros bem ilustrados e escritos. Esta adaptação conjuga na perfeição o melhor desses dois mundos.

Vou-vos fazer uma confissão, não conheço a obra original escrita por Louisa May Alcott. Não é por não ter ouvido falar da autora. É mais por não ter tido a oportunidade de o ler. Depois da leitura desta adaptação ficou uma grande vontade de ler o clássico. 

Durante a leitura lembrei-me muitas vezes das irmãs da família Bennet, do romance Orgulho e Preconceito, de Jane Austen. O ambiente entre as irmãs March é muito idêntico às irmãs Bennet. Talvez por isso também tenha gostado muito da leitura.

A quem já leu o original, aconselho vivamente esta adaptação. A quem, como eu, só leu esta adaptação, aconselho a leitura do original, que espero conseguir fazê-lo em breve. 

Leitura mais que recomendada.
Boas leituras!   

🌟🌟🌟🌟

sexta-feira, 7 de junho de 2019

[A minha Opinião] 36 Perguntas que me Fizeram Gostar de Ti


36 perguntas que me fizeram gostar de ti, li em e-book. É uma das categorias do desafio de leitura do Manta de Histórias concluída com sucesso. Este jovem adulto, da Vicki Grant lê-se num sopro. Senti ainda mais essa rapidez por estar a ler em formato digital e não ter a noção das páginas lidas. 

Hildy e Paul são as duas personagens centrais desta história, com personalidades e vidas tão opostas. Ambos têm algo em comum, aceitam participar num estudo de psicologia, apesar de o aceitarem fazer por razões diferentes. Nesse estudo são lançadas 36 perguntas, às quais devem responder com sinceridade. O objectivo do estudo é comprovar se o amor poderá ser provocado entre duas pessoas que não se conhecem. A conclusão do estudo é... Nem pensar, não vos vou contar. 

Gostei da forma como a autora foi construindo a história e dando a conhecer as personagens. Gostei do facto de serem personagens com personalidades tão diferentes uma da outra, que entram em conflito. É essa diferença que cria situações tensas e hilariantes durante a narrativa. Gostei da escrita cativante da autora. Gostei dos capítulos pequenos e dos inúmeros diálogos. 

É uma leitura cativante, que aborda temas importantes e sensíveis aos jovens, com personagens empáticas e com muitas passagens propícias a arrancar sorrisos e gargalhadas. Foram sem dúvida umas belas horas de leitura. 

Até eu gostaria de responder a estas 36 perguntas. 

Recomendo a leitura. 

🌟🌟🌟

quinta-feira, 6 de junho de 2019

[A minha Opinião] As sombras da dúvida


As sombras da dúvida, um thriller que foi publicado em 2016 e só agora o resgatei da estante. Um dos principais motivos foi por ser perfeito para uma das categorias de desafio de leitura do Manta de Histórias. Estes desafios são bons para lermos os livros que estão há mais tempo parados na estante.

Posso dizer-vos que esta leitura foi um desafio. O livro até nem é muito grande. São só 279 páginas mas não me agarrou como esperava. Achei a história aborrecida, as personagens não me cativaram e só os últimos capítulos é que despertaram verdadeiramente o meu interesse. Foi o que salvou tudo o resto.

"Todas as famílias têm um segredo por desenterrar." Sem dúvida que esta família aqui retratada é uma grande incógnita. Daniel, uma das personagens centrais do livro, vê-se entre a espada e a parede. De um lado tem a sua mãe que lança suspeitas sobre o seu marido. Do outro lado o pai que afirma que a mulher não está bem. Em quem Daniel acreditará? 

A história, desde início que me pareceu muito fantasiosa e coloquei muitas vezes em questão tudo o que era narrado. Não consegui sentir empatia pelas personagens perante os acontecimentos narrados. Só nos últimos capítulos, após revelados certos factos, é que consegui perceber o porquê de certos comportamentos e compreender a personalidade de algumas personagens.  

Conhecendo o que é revelado no final da história, acho que o autor devia ter pegado na história de forma diferente. Não me cativou de todo. Ia com grandes expectativas para a leitura, que não foram superadas. 

Boas leituras!   

🌟🌟

quarta-feira, 5 de junho de 2019

[A minha Opinião] A avó que percorreu o mundo de bicicleta


"Essa é a única forma de encontrar amor: começando por dar. As circunstâncias passadas não importam. Só temos de dar."

É uma das mensagens fortes do livro: dar amor. Este é um dos ensinamentos que a destemida avó Maru, personagem central da história, tem a dizer às muitas personagens com que se cruza, durante a narrativa. 

Nas primeiras páginas o leitor é desafiado pelo autor a responder a seguinte questão: Atrevem-se a montar nesta bicicleta? Cabe ao leitor aceitar o desafio e seguir viagem. Uma viagem que trará muitos ensinamentos, por vezes dolorosos, outros cheios de esperança. Uma coisa é certa, não somos os mesmos leitores na última página. Algo ficou connosco da leitura que fizemos. 

A avó Maru é uma força da natureza. A forma como tem coragem de partir em busca do seu neto, em cima de uma bicicleta, superando-se a cada dia e tocando os corações de quem com ela se cruza é uma inspiração. A forma certeira como nos transmite que o nosso coração sabe que caminho seguir, só temos de o ouvir. Agradecer as dádivas que temos na nossa vida e que teimamos em não ver. Esta avó é um poço de sabedoria que é preciso escutar. As mensagens que transmite são poderosas e com força para mudar o mundo, se fossem tidas em conta.

É um pequeno livro com grandes mensagens que vale a pena ser lido. 

"Tens de perceber que a única coisa que os filhos precisam é de afeto, amor, companhia, liberdade, confiança, segurança. É só disso que precisam. E nenhuma dessas coisas custa dinheiro."

Boas leituras!

🌟🌟🌟