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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

[A minha Opinião] Se eu ficar


O género jovem-adulto tem conquistado cada vez mais a minha atenção. Tenho lido muitos bons livros e isso surpreende-me. Não esperava encontrar histórias tão cativantes e personagens tão maduras neste género literário.

Se eu ficar de Gayle Forman foi uma surpresa. Este foi o primeiro livro da autora que li e confesso que fiquei em pulgas para ler o livro seguinte "Espera por mim".

A autora construiu uma história fantástica. A maneira original com que nos é narrada toda a acção é singular. Mia é a personagens central desta narrativa e a forma como ela nos conduz pela história é cativante. Senti-me novamente uma jovem de dezassete anos, com tantas expectativas e utopias da vida, a viver o primeiro amor com paixão e angustia. Mia é uma adolescente normal até um dia, aquele dia, aquele acidente, que mudará para sempre, de forma drástica, a maneira como olhava a vida. 

Grande parte do livro é narrada num estado de "limbo", se assim o posso chamar. A personagem principal, Mia, terá uma grande luta pela frente e uma grande pergunta a responder: Quero viver ou morrer? Uma escolha difícil!

É um livro que se lê a correr porque nos apegamos de tal forma à Mia, à sua família, à sua paixão pela música e à sua paixão por Adam, o seu primeiro amor. É um livro que nos faz pensar sobre a efemeridade da vida, do quanto não somos nada sem aqueles que amamos e que durante a vida iremos travar muitas batalhas difíceis. Cabe-nos a nós desistir ou lutar. É tudo uma questão de escolher e decidir o que fazer.

Um livro que recomendo, sem dúvida alguma. Será uma autora a seguir.
Depois do livro há que ver o filme. Espero fazê-lo em breve! 
Boas leituras! 

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

[A minha Opinião] Escrevam-me a dizer quem foi ao meu funeral


Primeiro tenho de enaltecer esta capa fantástica, atraiu logo para a leitura do livro. Os meus parabéns ao autor Celso Filipe e à Planeta. 

Para quem não conhece o escritor Celso Filipe, é português, natural de Lisboa, frequentou o curso de Comunicação Social e este Escrevam a dizer quem foi ao meu funeral é o seu primeiro romance. É sem dúvida um livro a ter em atenção, pela forma como foi escrito, pela forma como retrata o nosso querido Alentejo e pela forma como nos caracteriza como portugueses. É um livro bem pensado, bem escrito e bem humorado, apesar de ser um policial. 

Ora o mote para este romance é o assassínio de uma mulher alemã e o regresso de três grandes detectives da literatura: Hercule Poirot, Jules Maigret e Perry Mason. Daqui só pode sair uma grande história e não me enganei. É um romance que se lê num abrir e fechar de olhos, com personagem com tanto de peculiares como familiares, com cenários encantadores e tão portugueses. Ao ler este livro sentimos-nos em casa, pelos cenários descritos, pelas vidas descritas, pelas vivências tão portuguesas, pela linguagem e expressões tão nossas. 

Apesar de ser um livro com pouco mais de 130 páginas, surpreendeu pela inteligência com que foi escrito e pensado. É um gosto ler e sentir em português. 

Guardem um tempinho do vosso tempo para este livro. Boas leituras!

[A minha Opinião] Enlaçados


E mais uma leitura que fiz num sopro! Este terceiro volume da série Envolvidos segue a mesma linha dos anteriores "Envolvidos" e "Enrolados". É um livro descontraído e bem humorado que se lê num piscar de olhos. 

Em "Enlaçados" já não temos como protagonistas Drew e Kate, mas personagens que nos foram apresentadas nos livros anteriores e que neste ganham destaque. Estou a falar-vos de Matthew Fisher e Delores Warren, amigos de Drew e Kate respectivamente. Neste livro conhecemos a história de amor que nasce entre estes dois personagens, no mesmo espaço temporal do nascimento de outra paixão já conhecida. Digamos que Matthew e Delores vivem estas emoções fortes na mesma altura que Drew e Kate. São quatro personagens que são apanhadas na teia do amor, que é sempre tão intensa e cruel.

Emma Chase mantém o mesmo tipo de escrita descontraída, inteligente, mordaz. Os breves capítulos, a presença constante de diálogos e as personagens já tão familiares são uma mais valia para história. São estes factores que me fazem virar páginas atrás de páginas.  

A história é narrada por Matthew que oferece uma visão fantástica dos pensamentos, comportamentos e emoções masculinas, das expectativas sobre a vida e o amor. Gosto imenso desta visão masculina, visto a maioria dos livros deste género recorrerem maioritariamente a narrações femininas da história. 

Não vou aprofundar mais sobre a história porque quem, como eu, leu os livros anteriores sabe que os temas centrais são as relações e amor. 

É uma leitura que envolve, apaixona, faz sorrir, faz esquecer o tempo. Sem dar por ela estou a ler a última página do livro e sem vontade de o terminar. É sem dúvida um livro a ler quando precisamos de descontrair e sorrir. Mais que recomendado!

Fico à espera do próximo livro da série, que promete ser tão bom como estes três primeiros. 

Boas leituras! 

Leia a opinião de Envolvidos aqui.

Leia a opinião de Enrolados aqui.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

[A minha Opinião] Mistério na Califórnia


Mistério na Califórnia foi o livro com que me estreei com a autora Elizabeth Adler. Já tinha lido muitas opiniões a respeito dos livros desta autora mas nunca tinha tido oportunidade de ler um livro seu. A oportunidade surgiu finalmente!

O primeiro a cativar-me foi sem dúvida a capa do livro. A Quinta Essência faz sempre um excelente trabalho no que diz respeito ao design das capas dos seus livros. Quando li a sinopse chamou-me logo a atenção esta frase inicial: "Há um assassino em série a aterrorizar São Francisco.", as certezas de leitura foram muitas. 

Não há nada melhor do que juntar romance e mistério no mesmo livro. Podemos ter um gostinho bom dos dois géneros num só livro. Confesso que foi uma boa surpresa e uma leitura fácil de se fazer. Gostei da escrita da autora, do facto de ter capítulos pequenos e bem recheados de diálogos. Tal contribuiu para me agarrar à leitura e fazer crescer a curiosidade na história.

As personagens principais do livro são cativantes, a bela Vivian, uma dedicada médica, a sua tia Fren uma mulher de paixões e vida vivida com intensidade, Brad um inteligente se sedutor policia, Alex um "intruso" inesquecível e JC a irmã aventureira de Vivian. Não conhecemos profundamente os personagens mas o suficiente para o leitor poder ir criando empatias, antipatias e desconfianças. Afinal, anda um assassino em série à solta e não se sabe que é a próxima vitima. Confesso que não foi fácil desvendar o assassino mas, as pistas, dadas ao longo do livro, deixaram-me suspeitas que no final se confirmaram. 

Para quem quer um pouco de romance, um belo mistério, este é o livro indicado. Irá proporcionar uma boas horas de leitura descontraída. Nem vão dar pela passagem do tempo. Foi uma boa forma de começar a conhecer a escrita de Elizabeth Adler. Que venha o próximo!

Boas leituras!      

[A minha Opinião] Uma Nova Esperança



Depois de ler Um Caso Perdido - Hopeless, e tendo sido a melhor leitura que fiz em 2014, não poderia deixar de ler Uma Nova Esperança - Hope. Colleen Hoover passou a autora de leitura obrigatória. Ela agarra-me às histórias de uma forma que muito poucos escritores conseguem.

Parti para esta segunda leitura com grandes expectativas visto que o primeiro livro foi uma avalanche de emoções e arrebatou-me por completo.

Esta nova esperança, de um reencontro com Holder e Sky avivou as saudades que tinha destes dois personagens. Desde que li a última página de Hopeless, andava ansiosa por voltar a estar com estas duas fantásticas personagens. Gostei do reencontro, parecia que estava de novo em casa. Apesar de já conhecer a história e o seu final, adorei estar por dentro dos pensamentos, sentimentos, emoções e angústias do Holder. Este segundo livro confirmou-me a paixão que senti por esta personagem no primeiro livro. Com este segundo livro, veio o reforço dessa paixão. A Colleen Hoover soube, de facto, criar duas personagens extraordinárias. Apesar de muito jovens são maduras, adultas e já passaram por tanto nas suas vidas. Senti desde o primeiro momento uma empatia por elas e, foi essa empatia pelas personagens que me fez apaixonar pela história. 

As emoções com este segundo livro "Hope" podem não ter sido tão fortes como no primeiro livro "Hopeless" mas estiveram sempre presentes. O nó na garganta e a lágrima no olho esteve lá, para provar que é possível conhecer uma história e emocionarmos-nos.

Depois da leitura de tão fantásticos livros, Collen Hoover passa a estar na lista das minhas escritoras favoritas e uma que irei seguir fielmente. Já estou ansiosa por ler o próximo livro. 

Boas leituras! 

Podem ler a opinião do primeiro livro Hopeless aqui.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

[A minha Opinião] A Modista


A Modista é o romance de estreia da escritora Rosalie Ham. É um livro que retrata bem a sociedade de uma pequena cidade no interior da Austrália. E como o próprio nome do livro indica, também se fala de moda.

Tilly Dunnage é a personagem principal desta narrativa, a nossa talentosa modista. Depois de estar ausente durante longos anos regressa à sua cidade e aos fantasmas do passado. Regressa para cuidar da sua mãe que já não se encontra na melhor das suas capacidades. Molly Louca, mãe de Tily, é uma personagem que já passou por muito na vida, com uma memória frágil e dotada de um humor corrosivo, Tilly terá de lutar novamente contra acontecimentos passados e encontrar alguma paz de espírito no meio de tanta maldade.  

Rosalie Ham ofereceu ao leitor uma história singular, com personagens particularmente estranhas, exuberantes, peculiares. Pessoalmente, só acho que pecou pela quantidade exagerada de personagens. Dei por mim muitas vezes perdida, no meio de tanta gente. São muitas ligações que têm de ser feitas, e muitas vezes acabei perdida. Procurou introduzir o leitor no mundo de uma modista, com todos os seus termos e técnicas. Confesso que os meus conhecimentos de costura e tecidos é nula, mas foi interessante ler algo sobre o assunto. 

Quanto ao cenário onde se desenrola a história, acho que foi bem conseguido pela escritora. Personagens peculiares, merecem um cenário também ele peculiar. Dungatar transparece pouca beleza paisagística, tirando o jardim da nossa Tilly. Este cenário assenta que nem uma luva às personagens, muitas delas mesquinhas, maldosas, rancorosas, vingativas. 

Achei o final da história muito bom. Veio provar que o que se faz de bem e de mal, a vida acaba por devolver. 

Depois de lerem o livro não se esqueças de ver a adaptação cinematográfica. 

Boas leituras e bom filme!

Saiba mais sobre o livro no site da Editorial Presença aqui

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

[A Minha Opinião] Mãe


Este ano entram na lista de leituras alguns escritores espanhóis, e confesso que fico cada vez mais fã. Raras vezes lia literatura espanhola, mas ainda bem que o comecei a fazer. As surpresas têm sido sempre boas. 

Muitas vezes sou atraída por um livro pela sinopse, pela capa ou por uma simples palavra. Neste romance confesso que foi a palavra "Barcelona". Sou uma apaixonada pela cidade e queria voltar a ela, nem que fosse através de um livro. 

Alejandro Palomas deu-me a conhecer uma família espanhola muito peculiar, aliais, como todas as famílias o são. A história desta família, desta mãe, é contada pela voz do filho mais velho, Fer. É pelos olhos de Fer que, numa noite de fim de ano, conhecemos a mãe Amalia e restantes: Emma, Sílvia, tio Eduardo e Olga. Durante um jantar de fim de ano vou conhecendo melhor todos estes protagonistas e os seus dramas. Descubro o que provoca tantos silêncios, omissões, dramas, tristezas e sorrisos. Foi sem dúvida a noite mais longa do ano!

Amalia é uma personagem fantástica e inspiradora. Uma mãe lutadora e uma mulher que reaprende o gosto de viver, e olha o mundo quase com a inocência de uma criança. É esta mulher que tudo faz para perceber os silêncios dos seus filhos e guia-os de encontro à sua felicidade. Porque na sua felicidade está a felicidade dos seus rebentos. 

É um romance que nos envolve pelas relações humanas e afectivas que descreve. Pela forma profunda como explora sentimentos e emoções. E pelas reflexões que estimula. Confesso que por diversas vezes reli algumas passagens do livro. Muitos parabéns ao Alejandro Palomas pela profundidade das palavras. 

Um romance que aconselho a todas as mãe e filhos, a todas as famílias. 
Leiam! 

Boas leituras!  


"Ninguém é toda a gente, nem ninguém é repetido. Parecido, talvez. Repetido, não. E isso é a vida, Fer: encontrar os parecidos e fugir dos repetidos. O resto chega ou não chega, aparece ou não aparece, magoa ou não magoa."

"É essa a magia da ficção e também o horror do real: o facto de a vida nem sempre ser o que acontece, mas sim as sequelas do que parece ser. E o facto de as dimensões que o tempo acumula sobre os acontecimentos serem, em muitas ocasiões, as que dão medida do que se viveu."

Para mais informações sobre o livro, consulte o site da Editorial Presença aqui.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

[A Minha Opinião] A Vinha do Anjo


Antes de iniciar a opinião do livro, queria agradecer à Porto Editora pelo exemplar de avanço de A Vinha do Anjo. Agradecer também à autora Sveva Casati Modignani pelo meu livro autografado. É sem dúvida um privilégio ser tratada com tanto carinho e atenção pela editora e autora. 

Quanto à leitura, devo dizer-vos que este foi o meu romance de estreia com a autora e o saldo é bastante positivo. Gostei muito da escrita da Sveva e da forma como nos envolve nos cheiros, sabores e paisagens italianas. Acabo a leitura com uma enorme vontade de conhecer esta Itália descrita tão bem pela escritora. 

Durante as 383 páginas foi conhecendo a história da família Brugliani, uma família com grande tradição vitivinícola. Destaque para a protagonista Angelica Brugliani, uma mulher corajosa que assume a chefia de um negócio tradicionalmente dominado por homens, mas que não se assusta com essa realidade. A paixão pelo vinho corre-lhe nas veias e é mais forte do que todos os obstáculos que possam surgir. Este romance é um hino a todas as mulheres corajosas e empreendedores que existem por esse mundo fora.

Ao longo da narrativa vou conhecendo a história de vida de Angelica, que não foi de todo pintada só de rosa mas também de tons cinzentos e negros. Angelica é uma mulher lindíssima, corajosa, persistente, ambiciosa, sofredora, apaixonada. Ao longo das páginas vou acompanhando o crescimento desta menina rebelde que se transforma numa mulher determinada. Uma personagem que cativa por ser credível e por tocar o coração do leitor. 

Angelica não é a única personagem que cativa. Gostei imenso de Tancredi D'Azaro, um chef talentoso, enigmático, charmoso, com uma história de vida sofrida. Tancredi marca pelo mistério que o envolve, pela sedução da sua cozinha, pela sua coragem. Sveva criou um conjunto de personagens que me conquistaram e envolveram de forma perfeita. 

Quanto aos cenários descritos são maravilhosos. Apaixonei-me pelas vinhas, principalmente a Vinha do Anjo, carregada de história, de beleza, de emoções, que apaixona e envolve qualquer leitor. Desejei por momentos estender uma manta e deixar-me estar a contemplar toda aquela beleza. 

Com o fim da leitura ficam na memória as cores, os cheiros, os sabores de Itália e a vontade de conhecer outras obras da autora.  

Boas leituras! 

domingo, 25 de outubro de 2015

[A minha Opinião] Peregrino


Depois de uma longa e calma leitura (sim, porque este livro não se pode ler a correr), chega a hora da derradeira opinião escrita. É sempre a parte mais complicada, principalmente quando gostamos do livro e queremos que os outros leitores o leiam. 

Dei umas horas de descanso à minha mente para digerir o que foi lido e reter o essencial. Um livro sem dúvida fantástico. 

Terry Hayes está de parabéns pelo seu livro de estreia. Sem dúvida que foi um grande desafio para o autor, passar de argumentista de cinema a escritor. Como o próprio referiu no final do livro, usando palavras de John Irving: escrever um filme é como nadar numa banheira e escrever um romance é como nadar no mar. Posso dizer que Terry Hayes nadou muito bem em alto mar. 

Confesso que quando vi este lindo calhamaço à minha frente me assustei. Pensei logo que, ou seria uma bela de uma aventura ou então uma longa penitência de 655 páginas. Mas Jimmy Fallon não ia enganar esta leitora, quando disse que este livro era de loucos. A única coisa que tenho de discordar com o Jimmy Fallon é que não fiquei doida logo nos primeiros cinco capítulos. Precisei de mais uns quantos para entrar no ritmo e começar a ficar empolgada com o livro. Uma coisa é certa, assim que se encontra o ritmo certo, é difícil desligarmos da narrativa. 

Foi uma história bem construída e escrita, sem dúvida nenhuma. Fiquei espantada com a teia complexa que foi criada por Terry Hayes. As ligações entre personagens e acontecimentos são uma loucura, de tão bem pensadas que estão. Passado, presente e futuro conjugam-se de uma forma perfeita. As sucessivas e alternadas viagens entre acontecimentos e personagens não deixam que o leitor se desinteresse pela história. Faz com que o leitor tenha sede de história e queira descobrir algo mais. 

À medida que a leitura foi avançado foi tentando criar ligações entre personagens e acontecimentos, que me fizessem prever o que aconteceria mais à frente na narrativa. Digo-vos que é quase impossível, pois a cada capitulo surge algo novo que me deixava perdida novamente, mas no bom sentido. Fiquei super feliz por já ter descoberto uma ligação entre personagens. 

Quanto a acontecimentos e lugares, este livro é uma louca viagem. Não parei num único sítio e fartei-me de viajar por lugares perigosos, inóspitos, loucos, aprazíveis, inesquecíveis. Bem posso dizer que o mundo é pequeno para Terry Hayes, mas agradeço-lhe por esta viagem vertiginosa.

Ao que aos personagens diz respeito, não há como não adorar o Peregrino, a sua inteligência, coragem, intuição. Apesar de ser o melhor espião do mundo, o que mais me atraiu nesta personagem foi a sua humanidade, e contrariamente ao que possam pensar, o seu coração. Nunca me irei esquecer desta expressão: "o teu coração pesa-te". Quanto ao sarraceno, o "suposto" mau da fita, é também um personagem complexo, inteligente, audacioso, crente, que será o adversário perfeito e à altura do Peregrino. É sem dúvida um privilégio ver como se debatem estes dois titãs. 

Este é sem dúvida um thriller que não podem deixar de ler, por tudo o que já foi dito anteriormente, e por ser uma história bastante actual e credível. São trazidos à discussão temas importantes como segurança, geopolítica, terrorismo, bioterrorismo, religião, corrupção, crime. Tão actual que te faz questionar tanta coisa. E é tão bom quando um livro nos deixa inquietos.     

A última coisa que vos digo é isto: LEIAM O LIVRO! ABSOLUTAMENTE MALUCO. 

Muito obrigada à Topseller pelo meu exemplar de avanço. Obrigada!

domingo, 19 de julho de 2015

[A minha Opinião] O Principezinho

 O Principezinho

Graças à generosa oferta da Porto Editora, recebi cá em casa esta edição especial de O Principezinho. E que livro! Está tão lindo! 

A encadernação almofadada, o brilho das cores na capa, o formato do livro, o prefácio encantador de Valter Hugo Mãe, as aguarelas do autor Antoine de Saint-Exupéry e a maravilhosa história deste principezinho que tanto apaixona leitores pelo mundo, são razões mais que suficientes para todos os leitores quererem esta edição em suas casas. Mesmo que já tenham outros exemplares, acreditem, vão querer este livro na vossa biblioteca. 

Esta é uma história, que por mais anos que passem, será sempre uma lufada de ar fresco a cada leitura. É uma história intemporal, que atravessa gerações e gerações, sempre com uma mensagem actual. O Principezinho recorda-nos da nossa infância, da inocência perdida, da imaginação gigantesca das crianças e de como os adultos perdem essa capacidade de sonhar. Há que ver para além do óbvio, há que sonhar de vez em quando, há que viajar.    

Por momentos voltei à minha infância e ao encantador mundo da imaginação. As palavras de Antoine de Saint-Exupéry são inspiradoras e assertivas. Passam ao leitor mensagens poderosas e inspiradoras. É um livro a ler em momentos de felicidade mas também em momentos que necessitamos de uma palavra de conforto. 

Uma história à qual voltarei infinitas vezes. 
Boas leituras! 


[A minha Opinião] O Segredo do Rio


Estreia absoluta com Miguel Sousa Tavares e comecei por um livro infantil. Não estou nada desiludida, pelo contrário. Não poderia ter começado da melhor maneira. Miguel Sousa Tavares levou-me a viajar novamente até à minha infância e recordar toda a inocência e imaginação perdidas.

A escrita do autor é simples, adequada à compreensão da pequenada e ao mesmo tempo encantadora. Transporta-nos de uma maneira maravilhosa para noites e dias de verão, da-nos a conhecer uma amizade que não conhece limites e faz-nos sonhar. 

É um livro que todos os adultos deveriam ler as suas crianças. Estimula a imaginação, passa mensagens bonitas como o poder da amizade e a união familiar. 

Outro grande estimulo deste livro, além da bonita história, são as maravilhosas ilustrações de Fernanda Fragateiro, que acompanham o texto. São de uma ternura incrível. Qualquer criança e adulto se apaixona instantaneamente por elas. 

Este livro dará uma excelente companhia para estes meses de verão e um aconchego no inverno. Recomendo a leitura a miúdos e graúdos!
Boas leituras!    

segunda-feira, 1 de junho de 2015

[A minha Opinião] A Rapariga no Comboio


"A vida não é um ponto parágrafo, e a morte não é um parêntesis."

"Só sei que num instante está tudo a correr bem, a vida é bela, e nada me falta, e logo a seguir só me apetece fugir, completamente desnorteada, e sinto-me a afundar, em derrapagem."

"Perdi o controlo sobre tudo, até sobre os lugares dentro da minha cabeça."

Terminei a leitura do livro sensação do momento, "A Rapariga no Comboio". As viagens nunca voltarão a ser as mesmas. Os nossos olhos por vezes não vêem com olhos de ver e a nossa mente cria histórias que muitas vezes não são reais. Neste livro o real confunde-se muitas vezes com a ilusão. Um livro a não perder. Embarquem nesta viagem surpreendente.

Muito se tem falado neste livro. Está em todo o lado! Em apenas três meses venderam-se dois milhões de livros. Quando se fala assim num livro, o leitor começa a criar altas expectativas para a leitura, que podem ou não ser defraudadas. Neste caso particular, Paula Hawkins criou uma narrativa capaz de entusiasmar qualquer leitor. Li 200 páginas seguidas sem dar pelo tempo passar. É viciante!

É incrível como uma simples viagem de comboio pode mudar e alterar o curso dos acontecimentos. Muitos de nós, passageiros frequentes das viagens de comboio, iremos identificar-nos com a rotina de Rachel, a personagem principal desta trama. É impossível não viajarmos de comboio e não absorvermos o que se passa à nossa volta. Já sabemos de cor as estações, os lugares e as casas pelas quais passamos todos os dias. É num desses muitos dias, iguais a tantos outros que Rachel assiste a algo de errado com um casal, o qual não conhece pessoalmente mas com os quais já criou laços. Confusos? Não fiquem, tudo se esclarece ao longo da leitura, que sei que irão querer fazer. 

Contado a três vozes, a de Rachel, Megan e Anna, começo a minha descoberta pelo culpado do crime. O crime da fúria, do descontrole, do assassínio. São três mulheres com personalidades bem distintas e bem construídas mas que têm uma característica em comum, a sua fragilidade enquanto mulheres. Mulheres que amam, que traem, que acreditam e que se deixam enganar. Paula Hawkins construíu personagens credíveis e reais. Rachel, Megan e Anna podiam existir na vida real. Podiam bem ser uma de nós. Tom, Scott e Kamal são os personagens masculinos em destaque na narrativa. Cada qual com a sua personalidade e que nos irão surpreender (pela positiva ou pela negativa) em momentos de tensão. 

Além do desaparecimento e assassinato de uma das personagens, outro dos grandes focos deste thriller é o alcoolismo e o quanto esse problema pode afectar os nosso sentidos e mexer com o nosso consciente e memória. Em muitas passagens durante a narrativa não consegui perceber se as memórias de uma das personagens eram reais ou ficcionadas. São estes pormenores que fazem deste livro uma leitura imperdível.

Se querem uma leitura que vos vicie, emocione, arrepie, sobressalte e surpreenda, A Rapariga no Comboio é o livro a ler e Paula Hawkins uma escritora a conhecer. Não percam esta viagem. E uma vez dentro deste comboio, não irão querer sair sem que a verdade seja descoberta. 

Boas leituras!     

segunda-feira, 27 de abril de 2015

[A minha Opinião] A Casa Azul



"Não é que me sinta feliz, nada disso, não te entusiasmes. Podes tirar o cavalinho da chuva se pensas que acredito nessas merdas. Mas é assim uma espécie de trégua, uma pausa para respirar, um descanso para afinar as armas. É só mesmo um instante enquanto a sacana não me bate pelas costas com um taco de basebol na tola. Ela, a grande puta, a cabra-mor, a que vence no fim, aquela a que tu e todos os outros palermas chamam vida."

A Casa Azul de Claudia Clemente foi uma surpresa bastante agradável. Não é um livro que se devora mas que se demora. É uma leitura que exige de nós total atenção e foco. Li-o pausadamente para poder compreender a história que se desenrolava em frente dos meus olhos e, mesmo assim, não consegui assimilar tudo à primeira. Posso dizer-vos que este é um livro que primeiro estranha-se e depois entranha-se.

Quando comecei a leitura deste livro, não reli a sinopse, por isso já não me recordava dos traços gerais da história. Se estiverem a pensar lê-lo façam o mesmo, não voltem a ler a sinopse. Irão compreender porquê. A surpresa será maior e as peças do puzzle farão sentido na vossa cabeça.

Este livro é mesmo um puzzle, com peças que não fazem sentido sozinhas mas que em conjunto formam um todo com sentido. As personagens são complexas, com personalidades bastante singulares, com histórias de vida sofridas. As épocas da narrativa vão oscilando conforme os eventos descritos ou memórias que vão sendo recordadas. Desde a primeira página que esta grande teia vai tomando forma e sentido. Se durante a leitura me senti um pouco perdida, no final tudo faz sentido.

É uma leitura densa, que requer paciência e compreensão, porque a dor e a perda estão demasiado visíveis. Mas não é um livro totalmente sombrio, há uma bonita história de amor a ser contada. Há um destino que só descansa quando todas as peças estão no seu devido lugar.

Gostei das personagens criadas pela autora. São singulares, algo estranhas à primeira vista mas credíveis nos seus sentimentos e acções. Os cenários são muito bem descritos. A casa azul, de tão bem descrita parece ter personalidade. A escrita da autora é envolvente, sabe agarrar o leitor.

A Claudia Clemente é uma excelente contadora de histórias. Fico ansiosamente à espera de um próximo livro. Este já foi um bom indicador do seu talento.

Boas leituras!  

domingo, 26 de abril de 2015

[A minha Opinião] Surpreende-me


Muito se falou e leu sobre a trilogia Pede-me o Que Quiseres e de Megan Maxwell. Não li a trilogia, mas por me terem recomendado os livros da autora, resolvi arriscar e ler "Surpreende-me".

Entrei na leitura deste livro, sem saber o que esperar da mesma e, confesso que, não estava preparada para o choque inicial. Ponderei mesmo se devia ou não continuar a leitura. É um livro forte e sem tabus, que explora a sexualidade sem meias palavras.  

Sou sincera, não foi uma leitura que me agarrou desde o inicio. Dei uma oportunidade à leitura, por me terem recomendado a autora. Talvez não tenha começado com o livro certo, visto este livro centrar-se numa das personagens secundárias da trilogia "Pede-me o que quiseres". 

Gostei da relação amor/ódio entre Bjorn e Melanie. Uma relação que cresce num ambiente hostil e que depressa se transforma numa atracção incontrolável. À parte dos sentimentos e das personalidades fortes das personagens, não achei a história muito cativante. Achei exagerado todo o ambiente de sedução e jogos sexuais presentes na narrativa. Bem sei que é considerado um livro erótico, mas achei exagerado.   

Quanto às personagens principais do livro, a personalidade forte e determinada de Melanie é cativante. A sua profissão de risco é um exemplo de coragem mas também de loucura. Acima de tudo, o seu papel de mãe e mulher que protege a sua filha é inspiradora. Bjorn é um homem de sucesso, lindo, atractivo, que nunca se apaixonou mas que já tem o seu rol de conquistas. Sami, a filha de Melanie é uma doçura de criança. Fez-me sorrir várias vezes durante a leitura com toda a sua inocência e traquinice.

Para quem gosta deste género literário e é fã de Megan Maxwell, irá querer ler o livro. Cabe-vos decidir se estão de acordo, ou não com a minha opinião. 

Boas leituras!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

[A minha Opinião] Hotel Sunrise


Hotel Sunrise foi a minha leitura de estreia com Victoria Hislop. Já li muito boas opiniões acerca dos livros desta autora e muitos são os livrólicos que recomendam os seus livros, A Ilha em particular. Será, com certeza, o próximo livro da autora que irei ler. 

Focando a atenção para este livro, posso dizer que foi uma viagem emocionante, perturbadora, inquietante. Victoria Hislop, conta-me de uma forma assustadoramente real, uma parte da história conturbada do Chipre, que desconhecia completamente. As descrições de violência étnica entre cipriotas turcos e gregos é arrepiante. Aconteceram actos de violência de ambos os lados que atentam contra os direitos humanos. Várias atrocidades foram perpetradas em nome de uma enosis (união com a Grécia), que deixou feridas abertas e incapazes de cicatrização, tanto em cipriotas turcos como cipriotas gregos.

Nesta narrativa acompanhamos a história de duas famílias, os Georgios e os Ozkans, que na época mais conturbada do Chipre, encontram apoio uma na outra. Apesar de serem de etnias rivais, não se identificam como inimigos, pelo contrário. Estas famílias tudo fazem para se ajudarem mutuamente e sobreviverem a uma guerra que tem tudo de incompreensível e inumano.

Acompanhamos ao longo das páginas a ascendência e declínio de umas das mais importantes cidades turísticas do Chipre, Famagusta. O espelho desta cidade é também o espelho das gentes que lá vivem. Cipriotas turcos e gregos convivem em harmonia até ao dia em que a violência se instala e os conflitos crescem de dia para dia. O ambiente de sol, praia e glamour, dá lugar ao medo, ao negro, à sobrevivência.

É neste cenário que acompanhamos o dia à dia de duas famílias que lutam por sobreviver e por não serem descobertas pelas tropas. Na guerra vale tudo menos morrer. Haverá personagens, que no limite da sua resistência e sobrevivência, terão de decidir entre matar ou morrer. É uma narrativa forte.

Dou os parabéns à autora por ter escrito tão bem este livro e por me ter transmitido tão bem este conflito. Por várias vezes, que ao ler as suas palavras me arrepiei. É sem dúvida uma história de esperança, que no final, nos brinda com um sorriso. 

Espero ter conseguido espicaçar a vossa curiosidade e vontade de lerem o livro. Leiam, porque é um pedaço de história que merece ser conhecido. 

Boas leituras!  

[A minha Opinião] Sedução Nas Terras Altas


É sempre um prazer ler Emma Wildes, uma autora que descobri à pouco tempo. Este é o terceiro livro que leio da autora e conto ler muitos mais. 

Ao contrário dos últimos dois livros que li (Um Amor ao Luar; Um Rumor Muito Inconveniente), que tiveram como cenário Inglaterra, este livro, como o próprio título indica, passa-se na maravilhosa Escócia, com magníficos escoceses (highlanders). Quem não adora um bom romance, com sedutores escoceses? Esta sedução nas terras altas acontece por três vezes. A autora brinda-nos com três maravilhosas histórias, três protagonistas, três avassaladoras paixões. São três histórias de amor bem singulares mas com um fio condutor entre elas, os protagonistas. 

Estou cada vez mais fã. Emma Wildes é única no seu género. Os seus livros têm o condão de me enfeitiçar. É uma mestre na sedução. Tem sempre histórias com cenários fantásticos, personagens sedutoras, histórias misteriosas e é claro, paixões avassaladoras. 

Neste livro temos três protagonistas lindos de morrer e três donzelas em apuros. Antes mesmo de iniciar a leitura já adivinhei o final destas histórias, e viveram felizes para sempre. Mas não tem mal nenhum, pelo contrário. É bom ler, de vez em quando, histórias que nos fazem lembrar os contos de fadas.  

Apesar dos finais previsíveis, gosto sempre de ler os seus livros, porque me proporcionam horas descontraídas de leitura, boas gargalhadas e suspiros. Este Sedução nas Terras Altas é o livro ideal quando procuramos uma história leve e romântica, para nos fazer esquecer os problemas por umas horas. 

Quem não conhece a autora que arrisque e leia os seus livros. São livros leves e descontraídos, muito bons para intercalar entre aquelas leituras mais pesadas. 

Boas leituras!   

[A minha Opinião] A Vida Quando Era Nossa


"Quando uma pessoa não consegue dormir, os sonhos são cansados, tristes, amargos... ou simplesmente feios. Estou acordada e sonho."

"Mas repare que o homem adequado não é o que nos ama mais, mas sim o que faz com que o nosso amor nos mova, que descubra algo sobre nós próprias que nós não sabíamos."

"Enfim. A vida é isto, presente e passado. O que conhecemos. Felizmente, o futuro é sempre conjugado no condicional."

Quando coloquei os olhos neste livro, sabia que o tinha de ler. O título chamou-me logo a atenção. A capa promete-me uma viagem inesquecível. "Um tributo à literatura e a amizade. Uma história que começa quando se abre um livro e que só termina quando todas as pontas se unem." Motivos mais que suficientes para o querer ler. 

Posso dizer-vos que não me desiludiu, pelo contrário. É um livro que me conquistou aos poucos e poucos. Foi uma privilegiada por ter num único livro, duas histórias, dois livros, dois autores diferentes. Curiosos? É mesmo para ficarem!

Há livros que leio num sopro, num abrir e fechar de olhos, sem dar pelo tempo passar. Neste livro A Vida Quando Era Nossa, senti a necessidade de ler mais pausadamente, a história assim o pede. Há uma necessidade de beber as palavras tranquilamente. 

Numa Madrid em pleno outubro, conheço a personagem principal desta história, personagem essa, responsável por todo o mistério presente no livro. "Alice", uma mulher já nos seus cinquenta, com uma história de vida riquíssima, vivida, sofrida. Esta personagem, desde as primeiras páginas, deixou-me intrigada, por toda a aura de mistério que transborda, por comportamentos estranhos, por atitudes incompreensíveis. Com o avançar da leitura, o véu sobre esta personagem começa a ser levantado e as minhas suspeitas vão crescendo.

Entre Madrid, Paris e Londres, vai-se construindo uma história fantástica e rica historicamente. Viajo até uma Espanha agrilhoada pelo regime franquista e por uma França e Inglaterra marcadas pela Primeira Grande Guerra Mundial. Todos estes factores contribuem para que me sinta agarrada à história e envolvida pelas palavras. 

Adorei que o palco central de toda esta história fosse uma livraria. Matías e Lola são os anfitriões perfeitos. Não há nada que conforte mais um leitor que ler sobre livros, livrarias e amizades que nascem do gosto pela leitura. As referências literárias são muitas durante toda a narrativa. Fiquei com imensa curiosidade em ler muitos dos títulos referidos pelas personagens. 

Quanto à escrita de Marian Izaguirre, gostei muito. É cuidada, envolvente, emotiva, com passagens poéticas e que tocam o coração. Vou querer ler mais livros desta autora. Esta história foi maravilhosamente pensada e construída. Fica a curiosidade por saber o que me reserva um próximo livro da autora.

Uma leitura mais que recomendada a todos os livrólicos e amantes de boas histórias.

Boas leituras!         

domingo, 19 de abril de 2015

[A minha Opinião] Vou Amar-te Para Sempre



"Amar alguém é assumir riscos constantes com os nossos sentimentos. Quando se encontra a pessoa certa, aquela com quem sabemos que queremos estar, essa pessoa torna-se merecedora desse risco."

"Podemos fechar os olhos ao que não queremos ver, mas é impossível fechar o coração ao que não queremos sentir." Johnny Depp

Depois de ter lido o primeiro livro de Monica Murphy, Uma Semana Para Te Amar (opinião, aqui), estava com imensa curiosidade para saber como iria terminar a história intensa de Drew e Fable. A autora deixou o leitor em pulgas com um final brilhantemente escrito, deixando tudo em aberto e dando espaço para a especulação. 

Neste segundo livro, encontrei um Drew e uma Fable mais maduros, mais responsáveis, mas perdidos um sem o outro. Ambos tentam a todo o custo seguir com as suas vidas, nada fáceis, mas há questões que os atormentam e continuam sem resposta. No que diz respeito a estas duas personagens, parece que a vida, o destino, se encarregam de as voltar a juntar. Quando duas pessoas são feitas uma para a outra, parece que o universo conspira para que isso aconteça. 

A autora Monica Murphy, conseguiu, mais uma vez, agarrar-me à leitura desde as primeiras páginas. A forma como escreve, cativa. As palavras parecem tão certas. Doces quando têm de ser doces. Cruéis quando têm de sê-lo. Directas. Emocionantes. Profundas. É uma história que me apaixonou desde o primeiro livro e continuei apaixonada neste segundo. São livros impróprios para românticos incuráveis como eu. É impossível ler uma história destas sem me emocionar, sem torcer para que o amor seja mais forte que todas as tempestades. Durante a narrativa sinto o desejo de deter o poder de intervir na história e, qual fada madrinha, acabar com o sofrimento das personagens.

São histórias, vidas e personagens que acarinho, porque são credíveis e próximas do leitor. Histórias que emocionam, que revoltam, que fazem pensar, mas acima de tudo, que fazem acreditar que tudo é possível, basta ter coragem e força. Estes são os livros que gosto de ler.

Como já disse em outras opiniões, estou agradavelmente surpreendida com os livros do género jovem adulto que tenho lido. Dou os parabéns à Topseller por ter apostado neste género e em autores fantásticos. Irei, com certeza, continuar a ler mais livros deste género.    

Terminei a leitura com este pensamento: Uau! Como quero um amor assim. Será que só existe nos livros?

Querem um conselho, leiam os livros da Monica Murphy. Eu fico à espera da tradução do próximo desta série, Three Broken Promises. 

Boas leituras! 

segunda-feira, 30 de março de 2015

[A minha Opinião] A Mecânica do Coração


"Se passares a vida a ter cuidado para não partires nada, vais-te aborrecer muito, sabes? Eu não conheço nada mais divertido que a imprudência!"

Este livro já estava à demasiado tempo parado na minha estante e ainda bem que me deu ganas de o agarrar e ler. Este livro é um pequeno tesouro, sem dúvida alguma. Obrigada a uma grande amiga que mo ofereceu.

A primeira impressão que tive quando comecei a leitura foi de surpresa absoluta. A escrita de Mathias Malzieu é pura poesia. A forma como ele brinca com as palavras, como constrói cenários, como descreve sentimentos, é extraordinário e singular. Parece que alguém nos canta ao ouvido as suas palavras. É tudo tão certo.

Jack, personagem principal deste romance, nasce no dia mais frio de Edimburgo. Como consequência, o seu coração nasce frágil. Como forma de salvação, é-lhe colocado um relógio de madeira no seu peito, para ajudar o seu coração a funcionar. Por ter um coração tão fraco, Frank está proibido de viver as emoções do amor, visto o amor ser perigoso para o seu coração.

Com o decorrer da leitura, vou ficando cada vez mais envolvida na história e na singular personalidade de Frank, um homem disposto a morrer por amor, a lutar pelo amor, a sonhar por amor.

É uma história inspiradora, com personagens tão diferentes do habitual, com uma envolvência sombria, que me faz tanto lembrar Tim Burton, e uma lição de vida que me encanta e dá coragem.

Façam o favor de ler este livro, não se vão arrepender. É magnífico!

Boas leituras! 

quinta-feira, 19 de março de 2015

[A minha Opinião] A Minha Casa É Onde Está O Coração


Há muito que ansiava ler um livro de Toni Morrison e com este "A Nossa Casa É Onde Está O Coração, realizei a minha intenção. Confesso que me deixei conquistar pela capa e pelo apelativo título do livro. Mesmo antes de o ler já imaginava possíveis histórias para o livro. 

Este livro é uma viagem emotiva e profunda ao intimo de um homem, Frank. O retrato que me é passado, através de palavras certeiras e sábias, é de um homem profundamente marcado pela guerra, marcado pela família, marcado pela sua infância, marcado pelos seus fantasmas. Um homem que busca tranquilidade de alma, de espírito e que irá encontra-la no lugar que menos esperava.   

Pela sua própria voz, Frank levou-me por uma viagem até uma América, profundamente marcada pela segregação racial, onde pessoas se batem todos os dias, pelo seu direito a estar e a ser elementos respeitados de uma sociedade. Infelizmente, ainda hoje e muitos anos passados, a realidade não é perfeita. Actualmente ainda se vê muitas noticias de conflitos raciais, no liberal país americano.

Toni Morrison oferece-nos um romance com poucas personagens, mas que deixam a sua marca, por variadas razões. Umas pela sua coragem, outras pela sua ruindade, outras pela sua verdade, mais mais importante ainda, pelo amor que sentem. Frank e Cee, serão sempre personagens marcantes, pelo amor de irmãos que os une e que os salva. 

Foi uma leitura que fiz sem dar pelo tempo passar. É sinal que estava envolvida na história e na escrita inquietante de Toni Morrison. Precisamos ler mais livros como este. Livros que nos fazem reflectir e que nos demonstram o real sentido da vida. 

Depois desta descoberta, irei querer ler mais livros da autora. As suas histórias ficam connosco muito depois do livro fechado. 

Boas leituras!