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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

[A minha Opinião] Que Sombra Te Acompanha


Esta foi a minha estreia com o autor português Tiago Gonçalves. Este "Que sombra te acompanha" não é o seu primeiro livro. O autor já se aventurou anteriormente em outro livros. 

É livro com poucas páginas mas que reflecte a paixão do autor pela escrita. Percebi que a inspiração para este livro é o reflexo da sua própria história de vida enquanto emigrante. 

A narrativa aqui contada é o espelho de tantas vidas, de pessoas que têm de sair do seu país em busca de uma vida melhor. Alfredo, personagem principal, é o retrato dessas pessoas. Muitas encontram a sua segunda casa no país de acolhimento, outras andam sempre numa luta constante e sentem não pertencer a lugar algum.

Apesar de ser um livro pequeno, é notório o cuidado da escrita do autor. A história narrada leva o leitor a viajar até ao mundo de Alfredo e das suas inquietações. Fica bem presente que a história de vida do autor se cruza com a história de vida da personagem principal e com as nossas próprias histórias. Afinal, em alguma altura da vida, somos obrigados a sair da nossa terra, da nossa zona de conforto, e partir. Porque é isso que fazem os sonhadores, viajam. 

Agradeço ao autor a possibilidade de conhecer o Alfredo e a sua história. 

Boas leituras!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

[A minha Opinião] Mortina


Posso dizer-vos que, assim que vi este livro entre as novidades da Bertrand Editora, foi paixão à primeira vista. A capa é maravilhosa e a sinopse deixou-me enternecida.

Eu não sou nada de festejar o Halloween ou o Carnaval. Não gosto de me mascarar mas respeito quem o faz. Respeito mais ainda quem lê livros dentro destes temas. 

Mortina revelou ser o livro ideal para ler em dia de Halloween. Um livro que é um elogio à diferença e à aceitação do outro. Mais do que entreter, este livro educa e sensibiliza. Todos somos diferentes mas é nessa diferença que está a maior riqueza. Com um texto simples e ilustrações maravilhosas, é mesmo de apaixonar. 

Ideal para miúdos e graúdos. 

Leitura mais que recomendada.

Boas leituras! 

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

[A minha Opinião] A menina que queria salvar os livros


"A menina que queria salvar os livros" é uma surpresa fantástica. A Nuvem de Letras tem-se esmerado na publicação de livros infantis, que são autênticas obras de arte. Este livro é um bom exemplo disso. Apaixonei-me logo pela capa e título do livro.

A pequena Anna, personagem principal, é uma apaixonada pela leitura. Como qualquer leitor adora passar o seu tempo na biblioteca. Um dia faz uma descoberta terrível, a senhora Monsen, a bibliotecária, conta-lhe que os livros que não são lidos são destruídos. Anna fica tão angustiada que decide salvar esses livros.

Como todas as histórias infantis, esta tem uma mensagem poderosa. Os livros dão-nos lugares onde estar e novos amigos para conviver. É por Anna adorar viajar nas páginas dos livros que acaba por aceitar um desafio quase impossível.

Não vos vou contar mais sobre a história. O que vos posso dizer é que a vão adorar.

Klaus Hagerup escreveu uma história inspiradora, ternurenta, e Lisa Aisato ilustrou-a de forma fenomenal. É impossível não ficar encantada com este livro.

É sem dúvida o livro ideal para amantes de livros.

Boas leituras!

terça-feira, 13 de novembro de 2018

[A minha Opinião] Iluminações de uma mulher livre


"Iluminações de uma mulher livre" é a minha estreia com a escrita do Samuel F. Pimenta. Escolhi este livro porque se enquadrava no desafio de leitura do Manta de Histórias. Tinha de ler um livro em que a personagem principal tivesse o meu nome, e aqui estava ele.

Esta narrativa conta-nos a história de vida de Isabel, uma mulher citadina que se muda para uma aldeia pequena quando se casa. A sua integração na aldeia é difícil, pois as suas gentes olham-na como uma estranha, uma intrusa. Para além de estar fora da cidade que a viu crescer, vive um casamento que a aprisiona. O seu marido faz de tudo para a controlar e todo os dias tem de viver com os abusos e medos.

Há um dia que tudo muda para Isabel, ela decide libertar-se da prisão que é o seu casamento. Anseia por liberdade, luz, e amarrada ao seu marido não o consegue.

É a partir desta ideia de liberdade que vamos conhecendo a história de vida de Isabel e da sua família. Isabel é uma mulher curiosa, inteligente, moderna, sensível. Desde criança que sempre foi muito irreverente e dona do seu nariz. São também a partir dos ensinamentos da sua avó, uma mulher visionária, que Isabel se transforma na mulher que hoje é, uma mulher de liberdade, de natureza, de amor.

Samuel F. Pimenta pegou em várias histórias que são passadas por via da tradição oral e também em figuras históricas femininas, e construiu uma narrativa que é um elogio à mulher, à sua força, à sua coragem, à sua inteligência e sensibilidade.

Foi sem dúvida uma leitura desafiante.

Boas leituras!

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

[A minha Opinião] Chá e Corações Partidos


É já sabido que gosto muito de ler os livros da Trisha Ashley. São sempre livros leves, ideais para ler entre leituras mais puxadas.

"Chá e Corações Partidos" não se pode dizer que seja uma história leve. É a história de um coração que é partido inúmeras vezes e que se tenta manter à tona de água. Alice, personagem principal da narrativa, é esse coração partido.

Desde o nascimento que Alice sofre desventuras. É abandonada acabada de nascer, depois adoptada por um pai que a ama e uma madrasta que a detesta. Sofrerá várias perdas ao longo da sua juventude e idade adulta, que lhe vão partido o coração. Mas são também essas mesmas perdas que a fazem querer descobrir as suas origens e o que motivou o seu abandono.

Nesta busca pelas suas raízes, Alice irá conhecer-se melhor, irá finalmente sentir-se pertença de um lugar, realizar alguns sonhos e dar asas à sua escrita. No meio de tudo isto ainda surge um "deus grego", Niles, para lhe tirar o juízo, o que é sempre bom, mas também para lhe dar conforto.

É um livro que se lê bem e que entretém. No meu ver, este não é um dos melhores livros da autora. Já li melhores.

Boas leituras!

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

[A minha Opinião] A Sombra do Vento


Já andava há séculos com os livros do Carlos Ruiz Zafón, na estante, e nunca lhes tocava para ler. Graças ao desafio de leitura do Manta de Histórias, lá descobri esta pérola. Assim completei o ponto do desafio de um livro recomendado por um amigo.

Este "A sombra do vento" é uma viagem e tanto. Fiquei rendida à escrita do autor. Tem passagens lindíssimas, a construção da história é excelente, as personagens bem construídas, com muitos momentos de humor e mistério e o cenário é o ideal. Não há como não adorar viajar pelas ruas de Barcelona.

É uma história construída à volta dos livros e do amor. Várias histórias de amor são aqui narradas. Umas que conhecem os seus finais felizes, outras que estão condenadas desde início. São essas mesmas histórias de amor que são muitas vezes combustível criativo para muitos escritores. Muitos vivem essas histórias e passam-nas para os livros.

A figura central desta narrativa é Daniel Sempere, que numa visita ao Cemitério dos Livros Perdidos, quando ainda é uma criança, descobre um livro, que lhe muda a vida para sempre. Os anos vão passando e Daniel sente uma imensa curiosidade por saber o destino do autor de "A Sombra do Vento". Toda a vida de Julián Carax está envolta em mistério e Daniel não resiste em descobrir. Daniel ao iniciar essa investigação mal sabe que segredos irá desvendar, as pessoas que irá conhecer e os problemas que irá fazer nascer.

São muitos os enigmas, mistérios e intrigas neste livro. Quando pensas estar quase a deslindar o grande segredo da narrativa, lá vem Carlos Ruiz Zafón baralhar-te as contas.

A minha grande pena foi o Cemitério dos Livros Perdidos não aparecer muitas vezes durante a narrativa. Gostava de o ter sentido mais presente. Fora esse facto, acho que o autor construiu uma história brilhante. Criou personagens que nos apaixonam e repulsam. Adorei Fermín e o seu sentido de humor, odiei Fumero por ser um ser desprezível.

Foi sem dúvida uma história que me agarrou de início ao fim. Dei por mim a questionar tanta coisa durante a leitura. O mistério e suspense da narrativa combinam tão bem com a neblina de Barcelona. Teve um final à altura do livro. Deixei-me agarrar até à última página.

Venha daí o próximo livro da série, que espero que seja tão bom quanto este.

Leitura mais que recomendada.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

[A minha Opinião] A distância entre mim e a cerejeira


Achei tão curioso o título do livro e a referência ao livro "O Principezinho" que não tive dúvidas nenhumas que queria ler este livro.

Esta é a história de Mafalda, uma menina de nove anos, que sofre da doença de Stargardt. A única certeza que esta menina tem, é que o seu futuro será preenchido com escuro. A doença de Stargardt é uma doença macular degenerativa que leva à cegueira e é irreversível.

Mafalda com o passar dos dias perde um pouco mais da sua visão. É esta consciência que a leva a descobrir qual é o seu essencial, aquilo que precisa mesmo de ter/ser, para quando a escuridão vier de vez.

O livro contém toda a inocência e fantasia de uma criança de nove anos, mas também nos mostra a dura realidade do que é a doença, das dificuldades que é viver com ela, do papel da família, dos amigos e de como a pessoa portadora da doença se pode reinventar.

É uma história inspiradora de coragem e determinação. Apesar do medo, o importante é manter a esperança e encontrar o caminho da felicidade.

Dou os parabéns à autora Paola Peretti, por ter tido a coragem de escrever e publicar este livro, inspirado na sua própria vida. Um livro que recomendo.

Boas leituras!

"Talvez seja esta a diferença entre a amizade e o amor. A amizade é fácil e o amor é uma confusão à cabeça, um pouco como a neblina de Stargardt nos olhos."

"É que, quando nos apaixonamos, não vemos melhor mas temos menos medo de nos estamparmos."

"Todas as crianças têm medo do escuro e eu também, porque para mim o escuro é uma venda nos olhos que se pôs por brincadeira e já não se pode tirar." 

terça-feira, 6 de novembro de 2018

[A minha Opinião] Frida Kahlo Uma biografia


Frida Kahlo sempre foi uma artista que me despertou muito interesse e que pouco tinha lido a respeito. Durante o meu percurso académico cruzei-me com esta artista, por isso a minha vontade de descobrir ainda mais sobre a sua vida.

Quando vi a novidade da Suma de Letras quis imediatamente ler a biografia. Apaixonei-me imediatamente pela capa do livro. Só vos tenho a dizer que ao vivo e a cores é ainda mais linda.

Quanto ao interior do livro, faz jus à capa. As ilustrações de María Hesse são tão ricas e criativas que fiquei logo conquistada. Casam na perfeição com o texto que as acompanha.

Em pouco mais de 150 páginas, conheci a vida atribulada de Frida Kahlo, uma mulher sofrida, que desde muito nova se debateu com problemas de saúde, mas que nunca baixou os braços.

Como consequência de um grave acidente que sofreu, Frida Kahlo descobriu a pintura e nunca mais a largou. O seu amor complexo com Diego Rivera também influenciou, e muito, a sua vida e a sua carreira enquanto artista.

Gostei muito de conhecer a vida de Frida Kahlo, desta maneira tão criativa e colorida. Recomendo sem reservas este livro. Fico a aguardar com expectativa que a Suma de Letras publique o outro livro da María Hesse, Orgulho Y Prejuicio".

Boas leituras!

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

[A minha Opinião] A princesa do gelo


Mais um livro que escolhi ler para o meu desafio de leitura do Manta de Histórias. Assim fica a leitura de um livro de um autor nórdico feita.

Esta foi a minha estreia com a autora nórdica Camilla Läckberg. Ouvi sempre muito boas opiniões a respeito dos seus livros e portanto as minhas expectativas estavam em alta.

Confesso que as primeiras 100 páginas deste livro foram um tormento. A leitura não me estava a cativar e só se arrastava. Graças à motivação de outros leitores, insisti na leitura. Depois dessas atribuladas primeiras páginas lá comecei a ganhar gosto pela leitura.

A história passa-se em Fjallbacka, uma pequena vila que durante séculos viveu dependente da pesca. Hoje em dia a realidade é um pouco diferente, mas o tempo frio e inclemente continua presente. É nesse ambiente sombrio e gelado onde decorre toda a acção do livro.

Toda a trama do livro se desenvolve em torno da morte de Alex, uma jovem mulher, bem conhecida em Fjallbacka. Uma morte que deixa todos os locais traumatizados e desconfiados.

As investigações do homicídio ficam à responsabilidade de Patrik, é a ele que cabe descobrir toda a verdade sobre a morte de Alex. Em paralelo, Erica, escritora e antiga amiga de Alex, começa a investigar a morte suspeita de Alex.

É no intercalar de ambas as investigações que a história vai evoluindo e vamos encaixando as peças. Patrik vai trazendo novas questões e pistas que são sempre complementadas pelas descobertas de Erica. Uma dupla que funciona na perfeição.

O final da história surpreendeu mas ficaram algumas questões em aberto. Terão resposta nos próximos livros da série? Isso já não sei. Esta foi sem dúvida uma leitura desafiante. Irei pensar se leio o próximo livro da série, Gritos do Passado.

Boas leituras!

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

[A minha Opinião] O meu coração entre dois mundos


Jojo Moyes não é uma autora desconhecida para mim. Já tive o privilégio de ler alguns dos seus livros, entre eles "Um mais Um", "O Olhar de Sophie", "Viver sem ti", "Viver depois de ti". Ainda me faltam ler mais alguns romances da autora publicados pela Porto Editora. Aos poucos lá chego.

Adorei a leitura de Viver Depois de Ti e por isso tinha de ler este último livro com a Lou Clark. Por adorar tanto a Lou, li o Viver Sem Ti e agora este O Meu Coração Entre Dois Mundos.

Como já disse no segundo livro da trilogia, acho que os livros seguintes perdem, porque não igualam a intensidade do primeiro livro. Apesar desse factor, gosto sempre de reencontrar a Lou Clark.

A Lou é uma personagem carismática e singular. É impossível não gostar dela, da sua personalidade, do seu bom humor, da sua criatividade, do seu bom coração, da sua resiliência.

Neste último livro Lou tem mais um desafio, trabalhar e viver em Nova Iorque, longe do seu recente namorado, Sam. O que se passa durante a narrativa é um pouco previsível. Os relacionamentos à distância ressentem-se sempre e é o que acaba por acontecer com Sam e Lou. Mais não vou dizer acerca da história. Apesar da previsibilidade da narrativa, não deixa de ser bom.

Depois de terminada a leitura, fica um certo saudosismo. Irei sentir falta de Lou Clark, do seu carisma, da sua honestidade, da sua coragem. Quanto a uma nova leitura da autora, já tenho um novo livro na estante à espera da sua vez.

Boas leituras! 

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

[A minha Opinião] A sereia de Brighton


Cada vez mais fã de Dorothy Koomson.

Se não estou enganada, este é o quarto livro que leio da autora e em todos eles ela conquista-me um pouco mais. Não há como não gostar de um romance apimentado de mistério.

Assim que tomei conhecimento do novo livro da autora, quis imediatamente o ler. Para mim é já uma daquelas autoras que sei que vou ler e não me vou desiludir com o livro.

Assim que li a sinopse do livro a curiosidade ficou em alta. Duas adolescentes Nell e Jude descobrem um corpo de uma jovem numa praia. Semanas mais tarde Jude desaparece e Nell nunca mais a vê.

Passados tantos anos, a polícia nunca descobriu quem era a vítima que apareceu na praia, nem nunca encontraram Jude. Nell vive ao longo dos anos atormentada e quer descobrir o que se passou. À medida que vai descobrindo novos factos, Nell começa a correr perigo de vida. Nem mesmo esse perigo a demove de descobrir o que se passou no passado.

A história é contada a duas vozes: Nell e a sua irmã Macy. Esta forma de narrar a história agrada-me muito. Consigo compreender melhor as personagens, descobrir pistas e conhecer realidades diferentes.

Gostei das personagens construídas pela a autora. Nell é uma mulher destemida, focada nos seus objectivos, protectora daqueles que ama, reservada e que mantém os outros à distância para se proteger. Macy é uma mulher frágil, ansiosa, que sofre de um transtorno obsessivo-compulsivo, mas que tem um amor gigante pelos seus filhos. Estas irmãs não podiam ser mais diferentes uma da outra. Em ambas, a experiência traumática do passado teve um peso e influência desigual.

Muitos temas sensíveis são aqui abordados neste romance. A violência sobre as mulheres, o racismo, a intimidação policial, o bullying. Temas fortes tratados com inteligência e sensibilidade pela autora.

Mais de 500 páginas lidas em poucos dias. Estive completamente viciada na história e nas personagens. Sem dar por ela devorei este calhamaço num instante.

Escusado será dizer que vos recomendo a leitura. Se ainda não conhecem os livros da autora experimentem. Terão muito boas horas de leitura.

Agora fico a aguardar com expectativa por um novo livro da autora. Até lá vou ler os livros mais antigos que já comprei da autora.

Boas leituras!

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

[A minha Opinião] A biblioteca dos livros proibidos


Este livro de Tom Pugh chamou-me a atenção, não só pela capa mas também pelo seu título.

A biblioteca dos livros proibidos, na história aqui narrada, é chamada de biblioteca do diabo. Nela estão contidas obras vanguardistas capazes de levar a humanidade em direcção ao iluminismo, ao livre-pensamento.

Os Otiosi são o grupo responsável por salvar obras vanguardistas e descobrir a biblioteca. Gregorio Spina, com a ajuda de Matthew Longstaff, Gaetan Durant e Aurélie, tudo fazem para as salvar das mãos da Inquisição. Os inquisidores do papa Pio IV, tudo fazem para destruir qualquer foco de conhecimento.

Gregorio Spina, chefe censor e espião do papa faz tudo ao seu alcance para apanhar os Otiosi,  descobrir a biblioteca do diabo, destruí-la e ter na sua posse um livro de extrema importância. Spina usa todos os meios à sua disposição, recorrendo muitas vezes à violência e à tortura, como meio de intimidação e de poder.

Este livro é um bom retrato da Europa do século XVI, de uma Itália mergulhada na contra-reforma, da luta por salvar uma Europa da segunda Idade das Trevas.

Uma leitura que ao início é um pouco confusa mas que depois ganha fôlego com as aventuras de Matthew Longstaff e Gaetan Durant. Um livro que vale a pena ler.

Boas leituras!

terça-feira, 30 de outubro de 2018

[A minha Opinião] O Anjo-da-Guarda


O Anjo-da-Guarda foi um thriller que li para o meu desafio de leitura. Completei assim o ponto que desafiava a ler um livro baseado em factos verídicos.

A história deste livro passa-se em Copenhaga, na época do pós-guerra, ainda com todas as cicatrizes expostas do nazismo. Acompanhei a investigação de Anders Olsen, que investiga um assalto a um banco, que culmina em homicídio. Conforme a investigação avança, mais factos apontam para que o criminoso Palle Hardrup tenha cometido o crime por influência de hipnose.

Todo o livro centra-se então no tema da hipnose e de como Bjorn Nielsen influenciou Palle Hardrup a cometer um crime. Este facto é tão rebuscado e fora de normal, que muitos policiais pensam que Anders Olsen está completamente maluco. Estará?

Algumas das personagens e a própria história são baseadas nesses acontecimentos verídicos. Curiosamente a personagem que menos gostei, Marie, é uma personagem ficcional e não existiu na vida real.

É um livro que não oferece surpresas, porque assim que lemos a sinopse, ficamos a conhecer os contornos da história. Apesar desse facto, é um livro que se lê bem e narra um episódio singular de condenação. O ponto forte da narrativa, a meu ver, é o contexto histórico onde decorre a acção.

Boas leituras! 

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

[A minha Opinião] Talvez para sempre


O que me atraiu imediatamente para este livro foi a sua capa. Está apelativa e remeteu-me logo para um romance talvez passado em tempos de guerra.

É o primeiro livro que leio do autor José Gameiro e não tenho a certeza se comecei pelo certo. Sei que o autor tem alguns livros publicados, entre eles Até Que Consigas Voar ou Até que o Amor nos Separe. Se algum deles é um romance, isso já não sei.

Depois da leitura feita consigo encontrar alguns pontos a favor: a sua escrita e o humor. Para mim o facto de o livro ser constituído por pequenos contos ou crónicas não me agradou. A capa remetia-me para um romance, e não foi isso que encontrei.

É um livro que fala de relações amorosas, do que de bom elas trazem, e das rupturas que acontecem entre casais. Percebemos um pouco o que vai na cabeça dos homens e das mulheres, no que toca a relações amorosas.

Se gostarem de ler crónicas, aconselho a leitura. Se como eu, este não for o vosso género de leitura, não vos agradará assim tanto a leitura.

Boas leituras! 

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

[A minha Opinião] A ilha dos segredos



E que segredos esconde este livro!

Quando iniciei a leitura estava à espera de um daqueles romances leves, com cheirinho a verão. Atenção, o cheiro a verão esteve presente em alguns momentos, mas a leitura que esperava leve, não foi assim tão leve.

Anna, personagem principal levou-me numa viagem pelo presente e passado da sua família. E que viagem! Mal sabia eu que segredos bem guardados tinha esta família. Anna quando decide viajar até uma pequena ilha na Grécia, com o seu pai Alexis, para fugir aos seus problemas, mal sabe o que irá descobrir e como isso alterará a sua vida.

Não vos posso contar mais sobre a história. O que vos posso dizer é que vale muito a pena lerem. O cenário da narrativa é deslumbrante. As viagens ao passado, feitas pelas personagens, são saudosistas mas também dolorosas. Retratam um período negro da nossa história universal, que se entrelaça com a vida de algumas das personagens.
  
A escrita da autora é simples e contagia. A história está bem construída, o cenário é maravilhoso, as personagens cativantes. Não dei pelo passar das páginas.

Não se deixem enganar pela capa do livro. Os segredos que lá dentro guarda são bem mais dos que os revelados na sinopse.

Boas leituras!

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

[A minha Opinião] O Tatuador de Auschwitz


Dos muitos livros que já li sobre o Holocausto, nunca o centro da história foi sobre uma relação de amor, nascida dentro daquela prisão de horror.

Heather Morris baseou-se nas memórias de Lale Sokolov, uma vítima do terror nazi, que durante a sua prisão em Birkenau, foi o tatuador de todos quantos chegavam aos campos de concentração. Foi numa dessas ocasiões, que ao tatuar Gita, se apaixona por ela ao primeiro olhar.

É no meio de todo o horror que nasce a história de amor de Lale e Gita. Todos os dias são confrontados com crueldade, monstruosidade, insensibilidade e apesar da terrível situação em que se encontram, procuram a esperança um no outro e lutam para sobreviver.

Como em todos os livros que li sobre o Holocausto, os murros no estômago estão presentes. Muitas das cenas narradas são cruéis e há alturas em que tenho de parar a leitura. Não são leituras fáceis de se fazer, mas são necessárias para não deixar esquecer o passado.

A história de Gita e Lale inspira e faz-nos acreditar que no meio da tragédia há sempre espaço para o amor. Leitura mais que recomendada.

Boas leituras!

"Fazem amor com paixão e desespero. É uma necessidade já de há tanto tempo que resistir-lhe é impossível. Duas pessoas desesperadas pelo amor e pela intimidade que temem não ter oportunidade de tornar a viver. Sela-se o compromisso entre eles e, naquele momento, Lale sabe que jamais amará outra."

"Foi-me dada a opção de participar na destruição do nosso povo e eu escolhi fazê-lo para sobreviver. Resta-me ter esperança de não vir a ser julgado como perpetrador ou colaborador."

"Antes de mais, tens de aprender a ouvi-la. Ainda que estejas casado, nunca deves estar cansado a ponto de não querer ouvir o que ela tem a dizer. Descobre o que ela gosta e, sobretudo, o que não gosta. Sempre que possível, mima-a; dá-lhe flores ou chocolates. As mulheres gostam dessas coisas."

terça-feira, 23 de outubro de 2018

[A minha Opinião] Não adormeças


Ora aqui está um thriller que me despertou interesse pela seguinte frase: "Imagine que viveu o seu pior pesadelo e ninguém acredita em si...".

Liz Lawler apanhou-me logo no primeiro capítulo, deixando-me presa à leitura. Senti ansiedade e arrepios ao ler aquelas primeiras páginas. Sendo mulher, consegui sentir a fragilidade e o perigo em que se encontrava a personagem principal, Alex Taylor.

Alex Taylor é uma médica de sucesso, mas esse facto não a salva de ser "supostamente atacada e aterrorizada" no seu local de trabalho. O que ela não imaginava é que ao contar a sua experiência traumática, ninguém acreditasse nela, nem mesmo o próprio namorado. É esta descrença que leva ao desmoronamento psicológico e emocional de Alex. Para combater a ansiedade Alex entra numa espiral de destruição com o consumo de medicamentos e bebida. Tudo isto se transforma numa bola de neve gigante que Alex é incapaz de controlar.

Este não é o primeiro thriller que leio, em que a personagem principal supostamente passa por algo traumático e ninguém acredita nela. Fez-me lembrar um pouco a personagem de "A Mulher à Janela".

A autora conseguiu construir uma boa história, com uma personagem principal que se vai desmoronando e levantando dúvidas ao longo dos capítulos, personagens secundárias que vão alimentando dúvidas no leitor e um vilão inesperado.

Gostei do rumo da narrativa, simpatizei com algumas personagens e outras odiei, mas acima de tudo gostei por me ter agarrado à leitura. É isto que se quer, um livro que nos agarre. Recomendo a leitura.

Boas leituras!

terça-feira, 16 de outubro de 2018

[A minha Opinião] O que fica somos nós



"O que fica somos nós" é o primeiro romance de estreia para adultos da autora Jill Santopolo. Assim que vi a capa e o título do livro fiquei com vontade de o ler.

Esta história é centrada em duas personagens, Lucy e Gabe. Conhecem-se na universidade e apaixonam-se. Uma paixão que é vivida intensamente e que tem um fim abrupto. Os primeiros amores marcam profundamente, e depois de seguirem caminhos diferentes, parece impossível a Lucy continuar com a sua vida sem Gabe. Conseguirá ela superar esta perda?

Esta narrativa atravessa anos e momentos importantes nas vidas destas duas personagens. Lucy cativou-me e identifiquei-me em certos momentos com ela, mas houve outros em que a odiava pelas suas atitudes e pensamentos. Quanto a Gabe, cativou-me pela sua paixão pela fotografia mas odiei-o por ser egoísta e focado na carreira.

É um daqueles livros que conseguia ver adaptado ao cinema, não só pela história narrada, mas também por mencionar vários momentos chave da nossa história actual.

No geral, fiquei na dúvida quanto às personagens e à história. Gostei de umas partes da história e houve outras que me desagradaram. As personagens tanto as adorei como me irritaram tanta vez. Uma coisa é certa, narra bem o poder e influência de um primeiro amor, nas escolhas que fazemos durante a vida.

Boas leituras! 

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

[A minha Opinião] Foste sempre tu



Esta foi a minha leitura de estreia com a autora Carrie Elks. Quando olhei para a capa do livro sabia o que me esperava, uma boa história de amor.

Nesta narrativa acompanho o nascimento e crescimento do amor entre Hanna e Richard. Conhecem-se numa véspera de ano novo e a atracção entre os dois é imediata. Entre ambos há dois grandes obstáculos, fazem parte de mundos diferentes e vivem em continentes diferentes.

Com o passar dos anos a ligação entre ambos torna-se forte, até que um acontecimento traumático na vida de Hanna, a faz querer afastar-se de tudo, até de Richard. Este afastamento abrupto de Hanna deixa inúmeras mazelas em Richard e na sua família. Será que um coração partido é capaz de recuperar? 

Como em todas as histórias de amor, esta também tem os seus altos e baixos. Entre separações e reencontros, Hanna e Richard são incapazes de se esquecerem um do outro, de esquecerem o amor que sentem. Não posso dizer que tenha sido um livro que me surpreendeu, mas é sempre bom ler uma complicada história de amor.

Apesar do esperado, foi um livro de leitura fácil, com personagens cativantes e muito romance à mistura. Viajei constantemente entre Londres e Nova Iorque, o que não é nada mau. É uma leitura leve, bem ao gosto dos lindos dias de outono. 

Boas leituras!

"Levei algum tempo a perceber que uma depressão leva o seu tempo e acabei por perceber que precisava voltar a casa; estava a protelar o inevitável. Existe um certo conforto no facto de estarmos com aqueles que amamos."

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

[A minha Opinião] E. T. O Extraterrestre



Quando vi a capa deste livro, foi paixão à primeira vista, para além de todas as recordações que ele me traz.

Baseado no filme escrito por Melissa Mathison e realizado por Steven Spielberg, este livro é adaptado por Jim Thomas, ilustrado por Kim Smith e design de Doogie Horner. Todas estas pessoas construíram na perfeição este livro.

Recordo perfeitamente este filme que tantas vezes vi e adorei. Esta adaptação em livro capta tão bem a mensagem do filme. O texto e ilustrações conjugam-se de forma perfeita, oferecem ao leitor adulto um momento nostálgico e ao pequeno leitor um momento inspirador de leitura.

É impossível não ficar cativado com a leitura e ilustrações. Desconfio que não será um livro para a pequenada mas para todos aqueles que cresceram com o filme E.T.. Só ternura e sorrisos. Uma leitura que recomendo sem reservas.

Fico a aguardar com expectativa o próximo livro da colecção.

Boas leituras!