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terça-feira, 12 de junho de 2018

[A minha Opinião] As incríveis aventuras da super-miúda


Esta super-miúda de nome Rita, é uma de muitas crianças que gosta de fazer birra para comer. Este livro é sem dúvida, uma bela forma de convencer as nossas crianças a comer. 

A história, pelo que me é dado a conhecer, nasceu à mesa da cozinha, em forma de canção, para que a Rita, tão pouco interessada na comida, comesse. 

Este livro, além de bem escrito é também muito bem ilustrado. Samuel Úria, grande trovador português alia o seu talento a um outro, ao de Luís Levy Lima, artista plástico, ilustrador e designer, e cria aqui uma bela obra de arte.

A cereja no topo do bolo é o cd que acompanha o livro. Contém 3 faixas. A primeira é a versão oficial da "Canção da Super-Miúda", onde podemos ouvir a história cantada. A segunda faixa temos uma versão doméstica com a maravilhosa Rita e a família completa a cantar para nós. A última faixa é maioritariamente instrumental da "Canção da Super-Miúda". Três belas pérolas para dar a este livro um colorido ainda maior. 

Livro e cd mais que recomendados. Os miúdos irão adorar e os graúdos também. 

Boas leituras!  

sexta-feira, 4 de maio de 2018

[A minha Opinião] O Casal do Lado



Estou a ler cada vez mais o género thriller. São sempre leituras fantásticas, cheias de suspense e mistério. Nunca me aborreço quando um thriller é bem escrito, e este, "O Casal do Lado", sem dúvida que foi.

Peguei no livro e logo às primeiras páginas, já estava agarrada à leitura. Daí até ler 180 páginas, num abrir e fechar de olhos, foi um salto. Passar página atrás de página foi bastante fácil. A autora não me deu um minuto de descanso e a história, sem dúvida alguma é apelativa e nada aborrecida.

É um thriller bem conseguido, com personagem credíveis, uma história bem construída e escrito de forma inteligente. Apesar de ter as minhas suspeitas desde o início da leitura, a narrativa não deixou de surpreender, à medida que as peças se foram encaixando.

Fico ansiosamente à espera de um novo livro de Shari Lapena em breve.

Recomendo vivamente esta leitura.

Boas leituras! 

quarta-feira, 2 de maio de 2018

[A minha Opinião] O Diário de Anne Frank (Diário gráfico)


Tenho a dizer-vos que Ari Folman (adaptação do guião gráfico) e David Polonsky (ilustração), fizeram um brilhante trabalho.

Confesso que ler BD não é a minha praia, mas com este livro passei a olhá-la de maneira diferente e com mais curiosidade.

Ainda não tive oportunidade de ler "O Diário de Anne Frank". É uma das minhas grandes falhas enquanto leitora e que tenho de resolver muito em breve. Para uma coisa muito importante este diário gráfico serviu, para aumentar ainda mais a minha curiosidade em ler o original.

Para quem conhece a história, irá mergulhar nas ilustrações que são qualquer coisa de incrível. Quem, como eu, não conhece a história, irá agarrar-se a este textos com unhas e dentes e apaixonar-se pela união perfeita de palavras e ilustrações.

Mesmo que já tenham o livro original, aconselho-vos a adquirir este diário gráfico. Palavra de leitora de como não irão arrepender-se do investimento feito.

Este é um livro para ler, reler quantas vezes sentirmos necessidade e para termos nas nossas bibliotecas. Está sem dúvida alguma inspirador e maravilhoso, este diário gráfico.

Leitura obrigatória. 

terça-feira, 1 de maio de 2018

[A minha Opinião] As Minhas Primeiras Descobertas


A Lanterna Mágica é a colecção que todos os adultos vão querer oferecer à pequenada, e que toda a pequenada vai querer ter na sua biblioteca e ler. 

Nestes três primeiros livros "O céu e o espaço", "Os dinossauros" e "Os peixes", o pequeno leitor ou grande leitor, tem a possibilidade de ir descobrindo e aprendendo, diversas curiosidades sobre estes temas.

Através de uma lanterna mágica, o leitor vai descobrir coisas que estão escondidas nos livros. A fantástica dinâmica da lanterna com os acetatos escuros, oferecem magia ao pequeno leitor. 

De uma forma simples, divertida e original, as crianças vão adquirindo conhecimentos e interagindo com o livro, tornando a leitura uma brincadeira e uma grande aprendizagem.

Mais que recomendado para a pequenada. Vão adorar!

Boas leituras! 

segunda-feira, 30 de abril de 2018

[A minha Opinião] Não é tarde para amar


Depois de ler "Uma Semana para Amar", Vou Amar-te para Sempre" e Prometes Amar-me", chego finalmente ao último livro da série de Monica Murphy, com este "Não é Tarde para Amar". 

Neste quarto livro volto a encontrar personagens tão minhas conhecidas, dos primeiros livros da série. Volto a cruzar-me com a Fable, o Drew e também Owen, irmão de Fable e personagem central neste último livro. 

Confesso que tinha curiosidade em saber, em que homem se tinha transformado o Owen, depois de um passado tão problemático como o dele. Não posso dizer que tenha mudado muito, continua o mesmo rebelde de sempre, a desafiar limites, e a não saber o que realmente quer da vida. 

Numa fase menos boa da sua vida e a enfrentar sérios problemas, a vida de Owen irá cruzar-se com a inteligente e bela Chelsea. Não podiam ter personalidades mais opostas uma à outra. Mas como muito se diz, os opostos atraem-se e é o que acaba por acontecer. 

Tanto Owen como Chelsea têm um passado que não querem revelar. Serão eles capazes de o ultrapassar? Serão capazes de confiar um no outro? Seguirão a vida juntos ou separados? São boas questões, às quais não vou responder, e irei deixar para que vocês descubram. 

Posso dizer que a série fechou com chave de ouro. Passei muito boas horas de leitura. Preciso de livros destes de vez em quando. Livros leves, divertidos, românticos, que me façam esquecer a realidade e mergulhar na fantasia. 

Uma leitura que recomendo sem reservas. 

Boas leituras!  

[A minha Opinião] O caminho imperfeito


Este é o primeiro livro que leio do autor e fiquei agradavelmente surpreendida.

Uma leitura que me levou às terras menos conhecidas da Tailândia e à colorida Las Vegas. Um livro de não-ficção que explora a temática do turismo, cultura, religião, sociedade.

Neste caminho imperfeito, muitos são os pensamentos que José Luís Peixoto partilha com o leitor.  Num relato de viagem intimista, vou conhecendo mais sobre a vida do autor, da sua família, dos seus amigos e o porquê da sua paixão por viajar.

Quando está por Banguecoque, são descobertas umas encomendas, em tudo sinistras. Partes de corpo humano são descobertas em encomendas, numa estação de correios, e, é essa descoberta, que dá o mote para esta história. São as investigações feitas a partir destas encomendas que levam o leitor numa demanda conjunta com o autor.

Entre viagens, paisagens, culturas, divagações, fui conhecendo a escrita de José Luís Peixoto, a sua vida, o que o levou a ser um cidadão do mundo e a tão diferente cultura oriental. 

Depois desta leitura, fica a curiosidade de ler os romances já escritos de José Luis Peixoto. Espero conseguir fazê-lo em breve.

Boas leituras! 

sexta-feira, 9 de março de 2018

[A minha Opinião] O regresso da primavera


E vão três! E estarão vocês a pensar: mas do que é que ela está a falar? Passo a explicar. "O regresso da primavera" é o terceiro livro que leio da Sveva Casati Modignani. A autora conquistou-me com as suas paisagens italianas e gosto sempre de lá regressar. 

Desta feita a viagem é feita até Milão e às vidas de Fiamma Morino e Lorenzo Perego. Fiamma é uma mulher na casa dos quarenta anos, divorciada, com duas filhas e directora editorial de sucesso numa pequena editora. (Escusado será dizer que, adorei tudo o que se relacionou com o trabalho e ambiente editorial.) Lorenzo é professor de Geografia Económica, divorciado, culto, bem parecido. As personagens principais desta história espelham bem a realidade social e económica dos nossos tempos. 

Por entre capítulos pequenos, avanços e recuos entre o presente e o passado, a autora dá a conhecer a história de vida das suas personagens principais e o caminho que percorrem até se encontrarem nos braços um do outro. 

Com passados semelhantes no que diz respeito à desilusão amorosa, Fiamma e Lorenzo encontram um no outro a esperança do amor verdadeiro. Como é habitual num coração partido, constroem-se muros altos para garantir que o coração fragilizado, não volte a sofrer. Fiamma e Lorenzo conseguiram transpor esses muros e chegar ao coração um do outro.

Além da habitual história de amor, presente em todos os livros da autora, este dá destaque a temas bem actuais. O estado do sistema de educação, desigual e injusto. A fragilidade económica europeia, que em muito penalizou e vai penalizando as pequenas empresas. O desemprego, responsável por grandes clivagens sociais. Tudo temas bem presentes neste regresso da primavera.

Uma leitura que gostei de fazer. É sempre bom voltar a Itália pelas mãos da "signora" do romance italiano. Fico a aguardar por um próximo livro da escritora. 

Boas leituras!  

Opinião do livro "Como o Vento Selvagem" aqui.
Opinião do livro "Vinha do Anjo" aqui.

quinta-feira, 8 de março de 2018

[A minha Opinião] O Brilho Azul das Estrelas



Fui atraída, inicialmente, para este livro por causa do título e da sua capa. Não conhecia a autora e fiz assim a minha estreia. Fiquei agradavelmente cativada pela sua escrita e história. 

"Já te digo o que vou fazer." O que vos digo é que este livro, apesar das suas 203 páginas e capítulos pequenos, não é uma leitura rápida nem fácil. É um livro para se ir lendo. 

O tema central e a grande protagonista desta história é a doença de Alzheimer. Uma doença que vai tirando aos poucos o conhecimento de nós próprios e que nos deixa completamente abandonados. 

Ben, o portador da doença Alzheimer e protagonista da história tem muito a dizer-nos. É narrado ao leitor a evolução da doença, as dificuldades de viver com uma memória enfraquecida, a luta dos familiares em dar-lhe a melhor qualidade de vida. Renny, mulher de Ben, dá também a sua perspectiva da doença, como cuidadora. Uma posição difícil e ingrata de se estar. Ver o seu companheiro a perder, a cada dia que passa, a sua independência e personalidade é devastador. 

A personagem principal, além da luta contra a doença, vive atormentado por uma tragédia do passado. Enquanto a sua consciência o permite quer redimir-se e fazer o melhor pela sua família. Uma história de redenção, de coragem, de amor.   

A lição de vida aqui deixada é fantástica e corajosa. Laura Pritchett construiu bem a história, a personagem principal e deu-me a realidade nua e crua da doença de Alzheimer. 

Uma leitura que recomendo.

quarta-feira, 7 de março de 2018

[A minha Opinião] O Sol Também é Uma Estrela


Nicola Yoon é já minha conhecida. Fiquei arrebatada com o seu primeiro livro "Tudo, Tudo... e Nós (opinião aqui). Confesso que depois do extraordinário primeiro livro esperava algo semelhante e até superior. Sinceramente achei este segundo livro um pouco mais fraco que o primeiro.

Temos novamente dois jovens protagonistas, Natasha e Daniel. Dois jovens a atravessar um momento complicado nas suas vidas e que, o destino, terceiro protagonista desta história, trata de juntar.

Através de sinais, intuições, coincidências (ou talvez não), as vidas de Natasha e Daniel cruzam-se. No último dia em solo americano, Natasha vê-se a braços com um intruso. Quem? Perguntam vocês. Ao que respondo: o destino. Ou será Daniel? Que assim que a vê acha que é um sinal do universo, para ser corajoso e lutar pelo que quer. 

Num espaço temporal de um dia, acompanhei o evoluir desta estranha e precipitada relação. Dois jovens que encontram um no outro, sem o saber, a esperança perdida, a luz ao fundo do túnel, a coragem para ir à luta. 

Muita coisa se passa em menos de 24h para estes dois jovens. A história vai crescendo e adicionando obstáculos e degraus aos protagonistas. Será possível o universo conspirar para juntar duas almas completamente diferentes? Ou serão as nossas escolhas e atitudes que nos conduzem a um determinado momento?

Com uma escrita cativante e capítulos curtos, é fácil voar pelas páginas do livro. Nicola Yoon está no seu elemento, a paixão juvenil, que tanto a inspira na escrita. Natasha e Daniel fazem uma boa dupla mas não me inspiraram tanto como Olly e Maddy (primeiro livro da autora). Faltou a esta história o brilho do primeiro, a inspiração do primeiro. Apesar disso, é um livro que vale a pena ser lido, quer por quem acredite no destino ou não. 

Ficarei a aguardar com expectativa o terceiro livro da autora. 

Boas leituras!   

terça-feira, 6 de março de 2018

[A minha Opinião] Os meus poemas não rimam


Fui desafiada pela autora Ana Beatriz Cruz a ler este seu livro de poesia. Confessei-lhe logo que apesar de gostar de poesia, não era um hábito lê-la. Aceite o desafio, lancei-me às páginas não rimadas destes poemas.

Os poemas não rimam, é um facto, assim como a vida também nem sempre rima. São as experiências vividas pela autora que estão em palavras. As suas paixões, os seus amores, as suas dores, as suas alegrias, as pessoas importantes da sua vida. É difícil não encontrar um poema, ou uma quadra, ou uma frase, com a qual não me tenha identificado. Retirei sempre um pouco de cada um dos seus poemas. A poesia, mesmo não rimada, tem sempre uma forma especial de nos chegar à alma, de nos tocar. 

Confesso-vos que gosto da poesia que rima, a poesia que é musical. Mas estes poemas que não rimam, tiveram também o seu encanto. Despertou-me a vontade de ler mais poesia. Desafiou-me a ler mais calmamente e a olhar mais atentamente as palavras.

Não rimam mas desafio-vos a ler esta poesia.
Boas leituras! 

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

[A minha Opinião] O livro das piadas para rir sem parar


Este livro é uma aposta bem conseguida da Guerra e Paz Editores. Apesar de indicar que é um livro para crianças a partir dos sete anos, considero que é um livro para todas as idades. 

Pontua pelo bom humor, conhecimento e curiosidades. Não é só feito de anedotas, que apesar de simples, fazem soltar aquela gargalhada fantástica. Lá pelo meio, são apresentadas adivinhas, para colocar a nossa massa cinzenta a trabalhar. Atenção, todas as adivinhas têm a sua solução. Não vale fazer batota e espreitar. Também são apresentadas imensas curiosidades, nos mais diversos temas. É uma excelente forma de aumentar o conhecimento do leitor. Para conjugar todas estas facetas de forma perfeita, estão as ilustrações bem chamativas e cores garridas. Tudo isto somado dá uma viagem fabulosa. 

É o livro ideal para ler com a família, amigos e colegas. É também o livro que se deve partilhar e oferecer. Afinal, quem é que não gosta de se divertir e dar umas boas gargalhadas? 

Leitura mais que recomendada!  

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

[A minha Opinião] As Mulheres no Castelo


Tive o privilégio de receber o exemplar de avanço de "As mulheres no castelo". Foi uma surpresa agradável, visto que na altura não tinha lido qualquer informação sobre o livro. Depois de lida a sinopse e compreender que me esperava uma leitura sobre a II Guerra Mundial e o Nazismo, a curiosidade aumentou.

Não sei se será coincidência, gosto ou ambas, mas ultimamente tenho lido muito sobre a temática do Holocausto. Quanto mais leio sobre este período da história, mais chocada fico com as narrativas. Pensei que fosse ao contrário, que me fosse habituando a ler sobre as crueldades perpetradas nesta altura, que não me emocionasse tanto, que me fosse tornando mais forte, que não me impressionasse tanto, mas é precisamente o contrário. Continua a fazer-me uma confusão enorme como se chegou aquele ponto de loucura, como é que morreu tanta gente inocente de forma tão cruel, como é que ninguém tentou parar aquele louco. É sobre o parar com as loucuras de um lunático, que se centra esta narrativa. 

Dos livros que li sobre o Holocausto, todos eles narravam a história das vítimas, todos os sofrimentos e crueldades que passaram às mãos dos nazis. Este livro no entanto, deu-me uma perspectiva diferente, a perspectiva dos alemães, de gente alemã, de pessoas que baixaram os braços e de outras, uma minoria, que tentaram parar Hitler, que se juntaram para o derrubar. Esta é a história de um grupo de resistentes que morreu a tentar salvar o mundo da loucura de Hitler.

Além de narrar a coragem desses resistentes, fala de três mulheres, as protagonistas do romance. São esposas de resistentes e combatentes nazis. São elas que oferecem ao leitor diferentes perspectivas de como viveram a guerra e lidaram com o terror que se passava à sua volta. Os testemunhos são, muitas vezes, arrepiantes e tenebrosos. Dei por mim revoltada, emocionada e pensativa.

Marianne von Lingenfels é o peso pesado desta narrativa. Uma mulher de grande coragem, força, inteligência, que não se deixa intimidar e que defende a todo o custo os seus valores. Assumiu a responsabilidade e não fugiu à promessa que fez ao seu marido e aos seus companheiros: o de encontrar e proteger as suas mulheres. Essa promessa traz até si Benita, a mulher do seu grande amigo Connie e Ania mulher de um resistente. São três personagens muito diferentes mas que têm em comum a resiliência.

Tenho de felicitar a autora Jessica Shattuck pela sua escrita, pelo grande trabalho de pesquisa feito e pela fabulosa história que construiu. Demorou sete anos a escrevê-lo e o resultado final fala por si.

Ler sobre o nazismo é sempre um murro no estômago. Com este livro não foi diferente. É uma leitura difícil mas necessária. Uma leitura que tem muito a ensinar e a sensibilizar.

Uma leitura mais que recomendada.
Boas leituras!

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

[A minha Opinião] A Amiga


Este é o quarto livro que leio da autora. Antes deste li "A praia das pétalas de rosa", "Os aromas do amor" e "Um novo amanhã". Dorothy Koomson tem me sabido conquistar com as suas histórias e personagens. O mistério presente em todos os livros que li da autora, é para mim a chave de tão viciantes leituras. "A amiga" volta a ter essa chave de ouro, que agarra o leitor e não o solta, até ser tudo desvendado. 

"Seria capaz de qualquer coisa para guardar um segredo?" Esta é a frase que está presente na capa e que aguça a curiosidade do leitor antes deste mergulhar nas páginas do livro. 

Esta narrativa centra-se na vida de Cece Solarin, obrigada a mudar de armas e bagagens para Brigthon. É nessa mudança e adaptação que está o foco da narrativa. Cece vê-se numa casa nova, numa comunidade nova, sem trabalho, concentrando-se unicamente nos filhos e na lida doméstica. É talvez por esse facto, de se sentir à deriva, sem o desafio constante que era o seu trabalho profissional e o afastamento notório do seu marido, que a mudança lhe custa tanto. 

A inquietação de Cece agrava-se quando descobre que, ocorreu um crime, na escola onde inscreveu os seus filhos. Esta notícia deixa-a ainda mais insegura e com vontade de descobrir a verdade sobre o que aconteceu. 

Yvonne, a mulher deixada às portas da morte era uma grande amiga de Maxie, Anaya e Hazel. São estas três últimas mulheres que ajudam Cece na sua integração na comunidade. É a partir destas novas amizades que Cece vai descobrindo mais sobre aquelas mulheres e o que eventualmente terá levado ao crime. O que vai descobrindo deixa-a cada vez mais inquieta.

Dorothy Koomson mais uma vez traz ao leitor personagens fortes, mulheres fortes. Cada uma delas com as suas particularidades. Todas elas com passados que preferem esquecer, todas elas a viver um presente que não lhes agrada e todas elas a questionarem-se sobre o futuro que as espera. 

A trama foi muito bem construída. Temos avanços e recuos no tempo, que permitem ao leitor conhecer melhor as personagens e construir uma teoria do que levou ao crime. Todas as quatro personagens, Cece, Maxie, Anaya e Hazel são narradoras. Todas elas nos vão dando a sua perspectiva dos acontecimentos. 

Confesso que ao início da leitura precisei de ir apontando os nomes das personagens e dos seus familiares, para me puder orientar na leitura. Pode tornar-se confuso ao início com tantos nomes de maridos e filhos. Fica o conselho, caso seja necessário.

Fora essa confusão inicial com tanto nome de personagens, a leitura depois corre lindamente. O livro está cheio de mistério, as personagens são bem construídas e a trama é uma loucura que deixa qualquer leitor agarrado ao livro. Para mim, Dorothy Koomson nunca desilude.

Se ainda não se aventuraram nos livros desta autora, recomendo. Nada como um pouco de romance, mistério e crime no mesmo livro. 

Eu gostei! E vocês, vão aceitar o desafio?
Boas leituras! 

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

[A minha Opinião] Alice no País das Maravilhas


"Alice no país das maravilhas" é o segundo livro da colecção Os Livros Estão Loucos que leio. A adaptação deste clássico, desta feita, ficou ao encargo da Elizabete Agostinho. A capa e paginação, que mantém a loucura habitual ficou, mais uma vez, à responsabilidade do Ilídio J.B. Vasco. 

A adaptação deste clássico está fantástica. Mantém a coerência em relação aos livros já publicados. É uma leitura direccionada aos jovens e uma excelente forma de lhes dar a conhecer os clássicos. Quem não conhece este clássico de Lewis Carroll tem assim uma abordagem mais divertida e menos formal. O estímulo visual, sempre presente em todas as páginas é também uma excelente forma de agarrar o leitor, que assim nunca se sente desmotivado ou aborrecido.  

Para o leitor que lê pela primeira vez esta história, ficará com curiosidade de pegar no verdadeiro clássico e mergulhar nas palavras de Lewis Carroll. E é este, a meu ver, o grande propósito desta colecção. Incentiva a leitura dos clássicos de uma forma maluca mas espicaça a curiosidade do leitor em ler o original. Depois da leitura desta adaptação, estou com grande vontade de ler o original, que ainda não tive oportunidade de o fazer. 

Se já têm o clássico nas vossas bibliotecas, não deixem de adquirir e ler esta adaptação da Guerra e Paz Editores. Está fantástica! Eu sei, que não me canso de o dizer mas é a verdade. Esta colecção Os Livros Estão Loucos é uma autêntica obra de arte, e merece ser usufruída por todos. 

Leiam, recomendem e ofereçam!
Boas leituras!    

terça-feira, 24 de outubro de 2017

[A minha Opinião] A Livraria dos Finais Felizes





Este livro já estava há algum tempo na estante, à espera da sua vez para ser lido. Resolvi pegar nele a conselho de uma livrólica, que o tinha lido há pouco tempo e adorado. Foi o incentivo que faltava para o ir resgatar da estante.

Será escusado dizer que este livro conquista qualquer leitor pela capa e título. A primeira vez que o tive nas mão apaixonei-me imediatamente. É perfeito para quem adora livros.

Sara Lindqvist, a protagonista deste romance, é o retrato real de um leitor. É uma jovem tímida, insegura, que prefere a companhia dos livros e sente-se um peixe fora de água ao pé de pessoas. Teve o emprego que qualquer leitor adoraria, foi livreira. É este seu amor pelos livros que a faz cruzar-se com Amy Harris, uma americana, com quem troca correspondência. Muito falam da vida e dos livros. Dessa amizade crescente surge a oportunidade de Sara viajar até terras americanas para conhecer a sua mais recente amiga. O que Sara não sabe é que essa viagem mudará para sempre a sua vida.

Broken Wheel, é a cidade que acolhe toda esta aventura literária. Não se poderá dizer que seja uma daquelas cidades que habitualmente encontramos nestas histórias, cheias de vida, barulhentas e coloridas. Broken Wheel é o oposto. É uma cidade parada no tempo, cinzenta, com poucos habitantes. Será essa cidade a receber Sara, a sua primeira turista.

As personagens combinam bem com Broken Wheel. São peculiares, cheias de carácter, humor. Uma comunidade que inspira pela sua entreajuda mas também pela sua diversidade. Sara terá um grande desafio pela frente. Sair da sua zona de conforto que são os livros e, ao mesmo tempo, levar a que esta comunidade se apaixone pela leitura. Conseguirá o seu propósito?

Há sempre um livro para cada pessoa e é isso que este romance prova. Não se pode dizer que não se gosta de ler sem se ter tentado. Terminei a leitura satisfeita e feliz. É viciante! Leitura mais que recomendada.

Boas leituras!

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

[A minha Opinião] A Ilha das Quatro Estações



Este é o primeiro livro jovem adulto português que leio e dou os parabéns à autora Marta Coelho pelo resultado final. Este género tem me conquistado cada vez mais e é com grande satisfação que vejo escritores portugueses a tomarem iniciativa, e a escreverem para este público. 

É um livro bem escrito e lê-se muito bem. Ou não fosse a escritora uma comunicadora nata e uma das autoras de grandes séries juvenis bem conhecidas da televisão portuguesa. 

A história é narrada por duas das personagens, Catarina e Tiago. Dois jovens emocionalmente fragilizados, que muitas vezes são rotulados como "problemáticos". Cada um deles vem parar à ilha por motivos diferentes, mas que ali encontram algo em comum, e um motivo para ultrapassar os problemas. Além destas duas personagens centrais da narrativa, merecem especial destaque Misha e Rute, mais dois jovens a atravessar situações complicadas e, a ilha, surge como uma possível salvação. 

Com o decorrer da leitura esperei algo de surpreendente sobre esta ilha, afinal são várias as suspeitas que vão surgindo ao longo da narrativa. Uma ilha que parece ter um misto de mistério, de lugar isolado, de controlo sobre os que lá estão. Afinal as minhas suspeitas são só suspeitas.

Achei que os últimos capítulos foram algo precipitados e o final não me trouxe todas as respostas que queria. Fico a pensar se haverá ou não uma continuação desta história. Apesar destes pontos que não me agradaram, é uma leitura que se faz muito bem e é agradável.

É um livro que vale a pena ler, pela problemáticas juvenis que aborda. Pelo cenário original onde decorre a acção. Pelas ligações bem construídas entre as personagens. Pelas histórias de amor que ali nascem e se encontram. 

Boas leituras!

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

[A minha Opinião] Valéria ao Espelho

Valéria ao Espelho

Fiz a leitura do primeiro livro "Nos sapatos de Valéria" a velocidade cruzeiro e, assim que o terminei não resisti em iniciar este segundo volume, "Valéria ao Espelho". 

Muitas foram as perguntas sem resposta deixadas no final do primeiro livro e a curiosidade estava a matar-me. Depois do desbloqueio de escrita de Valéria, muito aconteceu a esta personagem, dividida entre dois homens, Adrián e Vítor. Nerea ficará de repente sem tapete e terá de tomar uma decisão importante. Lola luta para saber o que quer para si e de Sérgio, a sua eterna dor de cabeça e tentação. Carmen vê a sua vida profissional desmoronar ao mesmo tempo que dá um passo importante com o seu mais que tudo, Borja. 

Todas estas mulheres encontram-se numa luta impiedosa contra elas mesmas e a vida. Vida essa que está a ser madrasta e a exigir de cada uma delas força, coragem e resiliência. 

Este segundo livro traz uma realidade mais quotidiana das personagens. Senti-me mais próxima das personagens porque me identifiquei com os receios, problemas, inquietações da vida de cada uma delas. Continua a ser uma leitura com momentos divertidos e sexys, mas que enaltece mais as emoções.

Valéria e companhia mais uma vez não desiludiram. Elísabet Benavent manteve as peripécias e loucuras neste segundo livro. Há muitos inícios e fins durante a leitura. Muitas gargalhadas, nervos e emoção. Estou em pulgas pelo terceiro livro da série e ver o que me reservam as cenas dos próximos capítulos.

Uma leitura mais que recomendada.
Boas leituras! 

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

[A minha Opinião] Nos Sapatos de Valéria

Nos Sapatos de Valéria, de Elísabet Benavent


Quando este primeiro volume de uma série, Nos Sapatos de Valéria chegou cá a casa, olhei para ele com interesse. Conquistou-me logo pela capa, simples mas cativante. A sinopse compacta, espicaçou-me logo a curiosidade. Acho que a primeira frase: "Valéria é uma escritora de histórias de amor.", é suficiente para que se desenhe a promessa de uma boa leitura. A chamada de atenção de que pode causar dependência é completamente verdadeira.  

Foi muito fácil envolver-me na leitura. A escrita de Elísabet Benavent é simples, directa, muitas vezes crua e sem rodeios, e por esse facto sem complicações. A história é construída tendo como base as relações amorosas, de amizade e profissionais. Centra-se na vida de um grupo de quatro amigas, que em muito me fez lembrar a famosa série "O Sexo e a Cidade".

A personagem principal, Valéria, é uma jovem escritora, que lançou um primeiro livro de grande sucesso, e que no momento actual luta para ultrapassar um bloqueio de escrita. É a partir desta personagem que vamos conhecendo o seu núcleo de amigas, Nerea, Carmem e Lola. São estas quatro mulheres que me levam numa viagem emocionante. Acompanho os dilemas, os sucessos e insucessos da vida de cada uma delas. Quatro mulheres diferentes que como grupo são brutais.

É impossível não gostar deste livro. Fiquei agarrada às primeiras páginas. É uma loucura a vida destas quatro personagens. Durante a leitura tenho momentos hilariantes, de soltar gargalhadas, principalmente com a personagem de Lola, que raramente pensa no que diz e não tem papas na língua. Momentos emotivos, tensos, porque a vida destas quatro amigas não é um mar de rosas. E momentos sexys, que são uma constante neste romance. Sim, porque onde há confissões de mulheres, há sempre homens bonitos envolvidos, e neste romance não é excepção. Vítor fará suspirar muitas leitoras!

Em suma, é uma leitura leve, divertida, sedutora e cheia de peripécias. Um livro sobre amizade, amor, mulheres, homens e relações. Uma leitura viciante e perfeita para desanuviar entre leituras mais pesadas. Não resisti e assim que terminei esta leitura comecei imediatamente no segundo livro, "Valéria ao Espelho".

Querem descontrair? Este é o livro certo! Leitura mais que recomendada.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

[A minha Opinião] Café Amargo


Irei sempre recordar-me do cheirinho a café, que acompanhava o livro assim que abri o envelope. A promessa de uma grande leitura já estava no ar. 

A minha viagem inicia-se nos finais do século XIX e sou transportada através de duas Guerras Mundiais. São bem retratados os tempos conturbados e cheios de mudanças políticas e sociais na vida siciliana.

Tenho sempre um gosto especial na leitura, quando a personagem principal é uma mulher forte, corajosa, que nunca baixa os braços. Maria Marra é essa personagem. Uma mulher que aprende cedo a ser forte, corajosa, resiliente, lutadora. Uma mulher que se sacrifica pelo amor à família mas que não deixa de olhar o futuro com esperança. Uma mulher que está muito à frente no seu tempo, e, que por isso mesmo, é muitas vezes incompreendida.

A história de vida de Maria está entrelaçada com a história de vida de Giosuè. Este personagem assume grande importância durante a narrativa e é incrível o seu crescimento ao longo da história. É um rapaz que se torna um homem respeitado, culto, de sucesso e com poder nas mais altas chefias do exército. Honra assim a memória do seu pai que morreu a lutar pelo seu país. 

Maria e Giosuè, duas personagens que me apaixonaram pelas suas personalidades fortes, pelo amor que nutrem um pelo outro, pelos sacrifícios que tiveram de passar, pela coragem que demonstraram em tempos de guerra e por me fazerem acreditar que nunca é tarde para nada. 

As dificuldades da leitura são as inúmeras personagens presentes na história, que muitas vezes me confundiram. Muitos são os familiares dos Marra e dos Sala nesta história. Ao final de alguns capítulos vai tornando-se mais fácil a orientação.

Para mim é um romance que ganha pelo retrato histórico, social e cultural que narra. Ganha pela ousadia e coragem da personagem principal, Maria. Ganha pela grande história de amor. Ganha pela escrita cativante de Simonetta Agnello Hornby. E sairá sempre vencedor quem é capaz de beber um café amargo. 

Uma leitura que gostei de fazer e que por isso a recomendo a todos vós. 

Boas leituras!

[A minha Opinião] Nos Braços do Vagabundo


Este é o primeiro livro que leio da autora. Leitura que fui desafiada a fazer pela própria autora, Letícia Brito. Outro desafio foi ler em formato ebook, que acabou por correr bem. O livro é pequenino e a leitura até se fez muito bem no tablet. 

Falando agora do livro e da sua temática. Escrever sobre depressão é sempre um tema complicado, que requer muita pesquisa e sensibilidade no trato, para que o tema não se torne demasiado pesado para leitura. Há sempre riscos.

Sofia, a personagem principal deste romance, é uma jovem com muitos sonhos, que devido a um desgosto de amor, cai num estado depressivo fulminante. Achei que a autora conseguiu retratar esse estado depressivo mas pecou por excesso. O início da leitura torna-se muito pesado pelo negro da personagem principal e pela repetição de estados depressivos. 

Surgem mais dois personagens com grande importância na história, Francisco, o grande amor e causador da dor e tristeza de Sofia, e Dinis, um colega de trabalho, que surge como um possível salvador de Sofia. Na minha opinião faltou mais consistência às personagens, principalmente à de Dinis, que da mesma forma repentina que aparece no romance, também repentinamente desaparece da história, para que seja dado um final feliz à personagem principal. 

Há um esforço notório de respeitar e tratar bem o tema da depressão, e, de enaltecer o amor, que tudo vence e tudo suporta. A personagem principal está bem pensada e ganharia mais força se fosse mais explorado o passado da mesma, as suas relações familiares e de amizade. Aos personagens secundários falta profundidade. Felicito a autora pela coragem em escrever sobre um tema tão complexo, pela sua escrita e pela história construída. Com algumas alterações narrativas e uma maior consistência, o resultado seria um melhor romance.   

Boas leituras!