segunda-feira, 30 de março de 2020

5 romances 5 estrelas


Hoje partilho convosco os cinco romances que me marcaram e que mereceram 5 🌟🌟🌟🌟🌟 bem redondas no Goodreads.


Colleen Hoover cativou-me logo nas primeiras páginas quando me apresentou a personagem principal, Lily, uma jovem, naquele momento vulnerável, que, inesperadamente se cruza com Ryle, um homem em fúria. O destino, quis que se cruzassem e que mudassem a vida um do outro para sempre. São ambas personagens fortes e cativantes, com passados marcantes e traumáticos, que deixaram marcas nas suas vidas. São ambos donos de personalidades fortes, inteligentes, bonitos. É impossível não nos apaixonarmos por estas personagens aos primeiros capítulos. Atlas é também uma personagem que me encheu as medidas e o coração. O mais próximo do homem perfeito. É impossível não recordar a leitura sem suspirar por este homem. (Opinião completa aqui.)


As personagens deste romance são inesquecíveis. Will e Lou vão ficar na minha memória por muito tempo. Will pela sua inteligência, força, coragem, sarcasmo e Lou pela sua originalidade, sensibilidade, esforço, alegria. Duas personagens tão diferentes uma da outra mas que irão abalar a vida do outro de uma forma irreversível. Dizem que os opostos atraem-se e Will e Lou são a prova disso mesmo. Identifiquei-me com estas personagens e senti que os seus problemas poderiam ser os meus problemas, as suas vitórias as minhas vitórias. Jojo Moyes construiu personagens credíveis, que conquistam o leitor pelas suas personalidades fortes e histórias de vida. (Opinião completa aqui)


Sky e Den Holder são as personagens principais deste livro. E que personagens! Fiquei completamente rendida à riqueza e complexidade das suas personalidades. Sky aparentemente é uma rapariga como tantas outras, gosta de se divertir, de namorar, de correr, de fazer as suas rebeldias, é inteligente, intuitiva, corajosa, mas com grande dificuldade em demonstrar emoções. E mais não vou dizer para não desvendar muito. Holder é um rapaz bonito, misterioso, aparentemente problemático (segundo reza a sua reputação), introspectivo, enigmático, São duas personagens que me surpreenderam e cresceram a cada página. Holder foi para mim, um mistério do inicio ao fim. Um personagem inesquecível. (Opinião completa aqui)


A mensagem deste livro é comovente e inesquecível. É impossível não nos apaixonarmos por esta história. Eu fiquei apaixonada! A escrita da autora é simples mas ao mesmo tempo encantadora e poética. Foi levada pelas páginas deste livro sem dar pelo tempo passar. Quando terminei de ler a última página e fechei o livro, sorri. Tinha acabado uma das melhores leituras que fiz este ano. Preciso de mais livros destes urgentemente! Já tenho na estante mais um livro da autora que em breve espero ler. (Opinião completa aqui)


Este é um daqueles livros que se agarra para ler e depois não se consegue parar. Será também um livro que ficará num cantinho especial, no cantinho dos livros favoritos. Aos próximos leitores, preparem-se para uma leitura viciante, comovente, revoltante, sensível, ternurenta. Deixem sair as lágrimas, se for caso disso. Sintam o aperto na garganta e a vontade de bater em alguém, mas acima de tudo, deixem-se conquistar por Violet e Finch. (Opinião completa aqui)

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quarta-feira, 25 de março de 2020

A Cozinheira de Castamar, de Fernando J. Múñez - Novidade Porto Editora

A Cozinheira de Castamar

ISBN: 978-972-0-03172-3
Edição ou reimpressão: 03-2020
Editor: Porto Editora
Encadernação: Capa mole
Páginas: 616
PVP: 22,00€

Sinopse
Clara Belmonte é uma jovem de uma família abastada que, após a morte do patriarca, um dos mais prestigiados médicos de Madrid, se vê cair na mais completa pobreza.
Apesar da educação primorosa que recebeu, Clara precisa de uma forma de sustento e acaba por se candidatar a um trabalho nas cozinhas do palácio ducal de Castamar, que conquista graças ao talento para a culinária que herdou da mãe.
Clara não é bem recebida nos primeiros tempos. A sua eloquência, bem como o rigor na limpeza das cozinhas e a ousadia no requinte dos pratos, depressa a elevam na atenção dos habitantes da casa e no ciúme dos colegas de trabalho.
Mas é Dom Diego, o duque de Castamar, quem Clara mais impressiona. Arrancando-o à apatia absurda em que vive desde o estranho falecimento da mulher, a jovem cozinheira fá-lo derrubar todas as barreiras, despertando-lhe o palato, o intelecto e, por fim, o coração.

Fernando J. Múñez nasceu em Madrid, em 1972, e descobriu o encanto pela escrita ainda criança. Com 14 anos iniciou o seu primeiro romance e, aos 18, desenvolveu os primeiros guiões de cinema. Depois de se licenciar em Filosofia, iniciou a sua carreira como realizador de publicidade, acumulando os anúncios com curtas-metragens, e completando a formação académica em Cinematografia nos Estados Unidos. Em 2012 realizou Las nornas, exibido no Festival de Cinema de Alicante e na Seminci (Semana Internacional de Cinema) de Valladolid.
A Cozinheira de Castamar é o seu primeiro romance.

Pode comprar aqui.

terça-feira, 24 de março de 2020

Os pássaros, de Célia Correia Loureiro - Novidade Coolbooks

Os pássaros

ISBN: 978-989-766-205-8
Ano de edição ou reimpressão: 03-2020
Editor: Coolbooks
Encadernação: Capa mole
Páginas: 210
PVP: 15,50€

Sinopse
Volvidos seis anos da separação, Diogo e Manuela refletem, em voz alternada, sobre os acontecimentos que levaram a esse desfecho. Ao ritmo a que a mágoa lhes permite recordar, vão revelando os contornos do seu trauma indizível num discurso intimista e confessional. É-lhes vital esquecer, superar. Mas será que ainda há vida depois de uma perda desta dimensão?

Um breve encontro de mãos. O corpo a ser-me cingido num abraço e depois largado. Os olhos envenenados de sonhos e o teu pai à distância, a repelir-me, a fugir-me por entre os dedos. Água a escapar-se-me da palma da mão. A boca dele era o Pacífico no seu ponto mais profundo, onde a Terra é um abismo de escuridão e de pressão indomável. Eu desejava-o, irracional e imoralmente, inconsciente do que era a ânsia física e do muito que me entorpecia cada movimento. Era jovem e crente. O tempo revolve-se como uma onda sobre esse desejo enterrado, que ainda pulsa. Lateja sete palmos abaixo da superfície. Somando todos os meus dias, vejo que tudo o que foi meu se agita sob pazadas de terra. Um império de pó.

Célia Correia Loureiro nasceu em Almada, em 1989. É Guia-Intérprete Nacional e Técnica de Turismo. Fala Italiano, Inglês e Francês. Gosta de gatos e de crepes com Nutella. De todas as cidades que visitou, é por Siena que morre de amores. De todos os autores que leu, destaca John Steinbeck por As Vinhas da Ira, e está sempre disposta a dispensar mais quatro horas da sua vida ao visionamento de E Tudo o Vento Levou. Demência foi o seu primeiro romance publicado, em 2011. É um livro que continua a ser-lhe muito próximo, por ser um grito de revolta contra as circunstâncias da mulher portuguesa no século XX, e da mulher ainda vulnerável, isolada e silenciada pelos bons-costumes, no mesmo contexto de ruralidade, em pleno século XXI.

segunda-feira, 23 de março de 2020

10 Blind Dates, de Ashley Elston - Novidade Presença

10 Blind Dates

Data de publicação 18-03-2020
Colecção Jovem Adulto
Número na coleção 14
Edição 1
Número de páginas 320
ISBN 9789722365314
PVP 15,90€

Sinopse
Sophie planeava aproveitar as férias de fim de ano para estar mais tempo com o seu namorado, Griffin, só que ela não esperava que ele colocasse um ponto final repentino na relação. De coração partido, vai para a casa dos avós, a fim de participar na festa que reúne a sua grande família. É então que a avó elabora um plano para fazê-la seguir em frente: ao longo de dez dias, Sophie participará em dez blind dates planeados por diferentes elementos da família. Vai ter alguns encontros engraçados e agradáveis e outros verdadeiramente bizarros... mas, com o tempo, Sophie aprenderá o que é melhor para si. Quando Griffin aparece inesperadamente e lhe implora uma segunda oportunidade, Sophie fica mais confusa do que nunca. Até porque é possível que tenha começado a interessar-se por outra pessoa? Estas vão ser as piores férias de sempre? Ou será que não?

Ashley Elston é autora de vários romances, incluindo The Rules for Disappearing, finalista na categoria de «Melhor Romance para Jovens Adultos» do International Thriller Writers Awards. É licenciada em Artes Liberais pela Louisiana State University, em Shreveport, e trabalhou durante muitos anos como fotógrafa de casamentos, antes de se dedicar à escrita. O seu mais recente romance, 10 Blind Dates, tem direitos de tradução vendidos para vinte países e será adaptado para filme pela Ace Productions.
Ashley mora em Shreveport com o marido e os três filhos.

Saiba mais sobre o livro no site da Editorial Presença aqui.

sábado, 21 de março de 2020

Conversa de Livro - Poema de Bela Gouveia


CONVERSA DE LIVRO

Dizes que sou bonito,
Diz o livro aos leitores.
Meu interior contrito,
Agradece os louvores.
Policial ou romance,
Prosa ou poesia,
Sou livro ao alcance,
De quem por gosto o lia.
Se no começo não gostas,
Fico a um canto arrumado,
Mas faço as minhas apostas,
Ainda vou ser terminado.
Enquanto fico de lado,
Outro vais procurar,
Que te faça mais ligado,
Ao conteúdo ficar.
Mas lá bem no fundo,
Sentes certa nostalgia,
De qualquer forma ou modo,
Vou ser lido um dia.
De tanto que és teimosa,
Olhas pra mim de lado,
E me dizes toda airosa,
Espera está quase acabado.
Agarrada à minha capa,
Procuras onde ficaste,
E terminas à socapa,
O que para trás deixaste.
Ao terminares comigo,
Ficas de coração cheio,
Dizes-me que sou bonito,
Que não era assim tão feio.

sexta-feira, 20 de março de 2020

Conto: O cuidador, de Maria José Magalhães - Parte III


Ela deu um gritinho de satisfação e abraçou-o com força. O príncipe, fraco como estava caiu ao chão, mas sentia-se a recuperar lentamente as forças. Olhou em volta e exclamou enquanto percorria a biblioteca. “Está tudo na mesma, mas alguém esteve cá, tem uma manta neste sofá. O teu pai disse que eu era um cuidador, que sem mim para ler e cuidar dos livros era como se eles e vocês não existissem. Estavam a enfraquecer até que uma pessoa descobriu este sítio e cuidou dele e leu os livros.”, o príncipe permaneceu em silencio algum tempo, pensativo, até que, excitado exclamou: “se eu passar este testemunho eu posso voltar e viver contigo.”

Foram até à cozinha, preparam algo leve para comer, a despensa do castelo reabastecia-se por magia. “Sempre foi assim”, explicou o príncipe, “os criados apareciam sem darmos conta e a comida também. Cresci sozinho com a minha avó, ela ensinou-me tudo sobre os livros da biblioteca, ensinou me a amá-los e a respeitá-los. Sei todas estas histórias, conheço todos estes personagens, passei o meu tempo rodeado por estes livros, sempre foram a minha vida, especialmente tu... apaixonei-me por ti na primeira leitura. Quando a minha querida avó morreu encontrei este colar, e enquanto lia ‘o reino dos oito lagos’ mais uma vez e observava tua imagem, desejei com todas as minhas forças estar lá contigo, enquanto segurava o cristal, e o resto já sabes, a magia aconteceu. Entrei no livro e encontrei-te na margem do lago verde. Foi o melhor dia da minha vida. Não te posso perder.” Entretanto ouviram um barulho, a porta da entrada a abrir. Levantaram-se rapidamente e foram ao encontro do seu salvador.

Pierre assustou-se quando os viu e virou-se para correr para a porta. “Calma, não te queremos fazer mal. Eu sou o príncipe Michel e esta é a princesa Laiane, minha esposa. Vem connosco até à cozinha, está quente e bebes uma chávena de chá, faz bem aos nervos.” Depois da segunda chávena de chá e de uma fatia de um bolo delicioso, Pierre já estava a par de toda a história. “Eu tomo conta da vossa biblioteca, não se preocupem.” “Ainda és tão jovem, uma criança apenas, não te posso dar este fardo. É muito pesado, é uma vida muito solitária... não posso...”, e com estas palavras Michel retirou-se. Laiane foi à sua procura com Pierre encontrando-o no jardim. “Vamos acompanhar o Pierre até à aldeia, gostava de a conhecer e às suas gentes, vem, vai-te animar. ”

Seguiram os três a pé para a aldeia, visitaram todas as ruas, entraram em alguns negócios locais e falaram com bastantes pessoas. Todos estavam espantados, os príncipes apareceram tão depressa quanto tinham desaparecido. Mas eram tão simpáticos e a beleza da princesa encantou-os a todos, que depressa esqueceram o mistério do seu desaparecimento.

No caminho de regresso o príncipe estava muito silencioso e pensativo. Laiane começou a sorrir e depois a rir até gargalhar. Michel olhou para ela estupefato e pensou: está louca. “Que se passa? Estás bem? “, perguntou aborrecido. “Já sei, já sei...”, exclamava excitada enquanto o abraçava e tentava dançar com ele. O príncipe estava cada vez mais admirado e chateado.

“Meu amor, já descobri a solução para os nossos problemas. Vamos abrir o castelo a toda a população. Será o castelo dos livros, ou a casa dos livros. Todos poderão vir cá, desfrutar de todos os livros, de todas estas histórias maravilhosas. Pierre fica o responsável e nós vamos e vimos conforme nos apetecer. Passamos pequenas temporadas em ambos os reinos. Vai ser fabuloso, vamos ter a nossa vida a dois, como sempre sonhamos. O príncipe sorria e chorava ao mesmo tempo e abraçou-se a ela com força.

Assim fizeram, abriram as portas do castelo. As pessoas de todas as aldeias vizinhas visitavam e usufruíam da magia do local e dos seus livros. O príncipe organizou tudo e ficou satisfeito com o resultado final, deu vida à sua casa. Nunca tinha visto o castelo e a sua biblioteca assim. Chamavam lhe a casa dos livros.

Laiane e Michel viviam entre os dois reinos, nunca passando grandes temporadas em nenhum para não sentirem os efeitos da ausência. Laiane é feita da magia dos livros e o príncipe não podia viver no mundo dela para sempre, precisava dos outros mundos, dos outros livros, assim como eles precisavam dele. Afinal, era um cuidador.

Fizeram as pazes com o rei que se derretia com a sua neta, uma pequena rebelde que saltava entre mundos, pois pertencia a todos.

Fim!

Maria José Magalhães