quarta-feira, 7 de março de 2018

[A minha Opinião] O Sol Também é Uma Estrela


Nicola Yoon é já minha conhecida. Fiquei arrebatada com o seu primeiro livro "Tudo, Tudo... e Nós (opinião aqui). Confesso que depois do extraordinário primeiro livro esperava algo semelhante e até superior. Sinceramente achei este segundo livro um pouco mais fraco que o primeiro.

Temos novamente dois jovens protagonistas, Natasha e Daniel. Dois jovens a atravessar um momento complicado nas suas vidas e que, o destino, terceiro protagonista desta história, trata de juntar.

Através de sinais, intuições, coincidências (ou talvez não), as vidas de Natasha e Daniel cruzam-se. No último dia em solo americano, Natasha vê-se a braços com um intruso. Quem? Perguntam vocês. Ao que respondo: o destino. Ou será Daniel? Que assim que a vê acha que é um sinal do universo, para ser corajoso e lutar pelo que quer. 

Num espaço temporal de um dia, acompanhei o evoluir desta estranha e precipitada relação. Dois jovens que encontram um no outro, sem o saber, a esperança perdida, a luz ao fundo do túnel, a coragem para ir à luta. 

Muita coisa se passa em menos de 24h para estes dois jovens. A história vai crescendo e adicionando obstáculos e degraus aos protagonistas. Será possível o universo conspirar para juntar duas almas completamente diferentes? Ou serão as nossas escolhas e atitudes que nos conduzem a um determinado momento?

Com uma escrita cativante e capítulos curtos, é fácil voar pelas páginas do livro. Nicola Yoon está no seu elemento, a paixão juvenil, que tanto a inspira na escrita. Natasha e Daniel fazem uma boa dupla mas não me inspiraram tanto como Olly e Maddy (primeiro livro da autora). Faltou a esta história o brilho do primeiro, a inspiração do primeiro. Apesar disso, é um livro que vale a pena ser lido, quer por quem acredite no destino ou não. 

Ficarei a aguardar com expectativa o terceiro livro da autora. 

Boas leituras!   

terça-feira, 6 de março de 2018

[A minha Opinião] Os meus poemas não rimam


Fui desafiada pela autora Ana Beatriz Cruz a ler este seu livro de poesia. Confessei-lhe logo que apesar de gostar de poesia, não era um hábito lê-la. Aceite o desafio, lancei-me às páginas não rimadas destes poemas.

Os poemas não rimam, é um facto, assim como a vida também nem sempre rima. São as experiências vividas pela autora que estão em palavras. As suas paixões, os seus amores, as suas dores, as suas alegrias, as pessoas importantes da sua vida. É difícil não encontrar um poema, ou uma quadra, ou uma frase, com a qual não me tenha identificado. Retirei sempre um pouco de cada um dos seus poemas. A poesia, mesmo não rimada, tem sempre uma forma especial de nos chegar à alma, de nos tocar. 

Confesso-vos que gosto da poesia que rima, a poesia que é musical. Mas estes poemas que não rimam, tiveram também o seu encanto. Despertou-me a vontade de ler mais poesia. Desafiou-me a ler mais calmamente e a olhar mais atentamente as palavras.

Não rimam mas desafio-vos a ler esta poesia.
Boas leituras! 

segunda-feira, 5 de março de 2018

[A minha Opinião] História Breve da Lua


A Breve História da Lua, de António Gedeão, nascido Rómulo Vasco da Gama Carvalho, faz parte da colecção Reino de Letras da Porto Editora. É uma coleção que está fantástica, a meu ver, e que conta com grandes nomes como José Saramago, Oscar Wilde, Jean de la Fontaine, Virginia Woolf, entre outros. Uma colecção que enaltece e dá a conhecer os clássicos aos mais novos.

É uma leitura fantástica. Está escrita em verso, rimado, que é uma delícia de ler. Tem indicações cénicas, visto ser uma peça de teatro, que me deram toda a ilusão de estar a assistir a uma peça de teatro. Está presente o humor e o conhecimento, para se explicar ao leitor, as várias fases da lua. Até os mais cépticos se deixarão envolver por esta explicação. 

A leitura está recomendada a crianças dos 9 aos 12 anos, mas qualquer adulto também irá adorar perder-se por estas páginas. As ilustrações de Luís Prina combinam na perfeição com a escrita de António Gedeão. 

Os livros desta colecção são, para mim, pequenas obras de arte, enaltecidas nas palavras, no fabuloso trabalho de ilustração e nos acabamentos primorosos da encadernação. 

Leitura mais que recomendada.

sábado, 3 de março de 2018

[A minha Opinião] O que dizem os teus olhos


Já há muito tempo que me recomendavam a leitura da trilogia Cavalo de Fogo e me elogiavam a escrita da Florencia Bonelli. Estreei-me com a autora com este livro, "O que dizem os teus olhos" e posso dizer-vos que me conquistou. 

Esta prequela da trilogia "Cavalo de Fogo", deu-me a conhecer Francesca de Gecco e Kamal Al-Saud, pais de Eliah, personagem central da trilogia. É uma inspiradora história de amor, daquelas que nos fazem suspirar. Aqueles bons romances em que o amor tudo vence. Na vida real sabemos que é bem mais complicado mas é tão bom ler um romance deste de vez em quando. 

Francesca é uma jovem italiana, nascida em família humilde, emigrante na Argentina, inteligente, com uma brilhante carreira jornalística à sua frente, mas que vê a sua vida dar uma grande volta quando lhe é partido o coração. Os primeiros amores têm destas coisas e para ultrapassar o desgosto, Francesca faz-se à aventura. Tem oportunidade de ir trabalhar para a Europa e é o que faz. É esse passo gigante que a leva a cruzar-se com Kamal. 

Ai Kamal, Kamal! Kamal Al-Saud é um príncipe da coroa saudita, um homem enigmático, poderoso, inteligente, charmoso, que se deixa apaixonar loucamente por Francesca e que tudo faz para a ter a seu lado. É claro que serão muitos os obstáculos a ultrapassar: o choque cultural, religioso, familiar. No final, será o amor mais poderoso?

Quando se junta o mundo ocidental ao mundo árabe, a história só tem muito a ganhar. Acho que este foi o primeiro livro que li cuja a acção tem lugar na Arábia, mais concretamente em Riade. Achei fenomenal o trabalho de pesquisa da autora. Oferecer ao leitor um cenário real e a experiência do que é ser um estrangeiro num país muçulmano é de louvar. Senti, sem dúvida alguma, o choque cultural de Francesca.

Além de toda a história de amor entre Kamal e Francesca, gostei muito de ficar a conhecer os costumes e tradições muçulmanos, bem diferentes dos ocidentais. E gostei ainda mais de ver num romance tanta conspiração, perigo e mistério. A coroa saudita e as suas mil e uma noites. Aqui não se fala só de amor. Fala-se também de política, economia, finanças, terrorismo. Temas que enriqueceram ainda mais a narrativa e me fizeram estar ainda mais agarrada ao livro. 

Depois desta leitura viciante, é impossível não querer ler a trilogia Cavalo de Fogo. Quem sabe não volto a encontrar Francesca e Kamal por lá. 

Para quem ainda não conhece a autora, recomendo-vos a leitura deste livro. É tão bom ler romances como este, inspiradores. 

Boas leituras!

sexta-feira, 2 de março de 2018

Quase a chegar às livrarias - A mulher à janela


Sinopse

Anna Fox não sai à rua há dez meses, um longo período em que ela vagueou pelos quartos da sua velha casa em Nova Iorque como se fosse um fantasma, perdida nas suas memórias e aterrorizada só de pensar em sair à rua. A ligação de Anna ao mundo real é uma janela, junto à qual passa os dias a observar os vizinhos. Quando os Russells se mudam para a casa em frente, Anna sente-se desde logo atraída por eles - uma família perfeita de três pessoas que a fazem recordar-se da vida que já teve. Mas um dia, um grito quebra o silêncio e Anna, da sua janela, testemunha algo que ninguém deveria ter visto e terá de fazer tudo para encobrir o que presenciou . Mas mesmo que decida falar, irá alguém acreditar nela? E poderá Anna acreditar em si própria?
Um thriller eletrizante onde nada nem ninguém é o que parece.

[A minha Opinião] Reino de Feras



Quando o mundo é uma selva, as mães tornam-se leoas. Até onde vai uma mãe para proteger o seu filho? Esta é a grande premissa deste livro. Seria uma grande premissa se, no meu ver, tivesse sido bem explorada. Quanto às feras, onde estão? 

Joan e Lincoln, respectivamente mãe e filho, são as personagens centrais deste thriller. Pelo que é avançado na sinopse, mãe e filho vão passear a um jardim zoológico. Um dia que esperavam normal transforma-se num pesadelo.

As primeiras páginas que li senti que poderia estar perante uma grande história. Primeiro porque nunca tinha lido um livro que se passasse num espaço semelhante. Segundo porque estas personagens iam estar fechadas num espaço com animais ferozes. Terceiro porque é impossível controlar as necessidades de uma criança de quatro anos, quando se está a fugir e a esconder do perigo. 

A grande narradora é Joan, que por entre acontecimentos presentes e memórias passadas, vai contando a sua história. É posta durante a narrativa em situações algo difíceis, e questiona-se inúmeras vezes se estará  a agir correctamente. Algumas das atitudes da personagem são incompreensíveis e algo prejudiciais ao desenrolar da história. A meu ver a autora poderia ter ido por outro caminho.  

Lá pelo meio aparecem outras personagens, narradoras, que nos dão outra visão dos acontecimentos. Acho que deviam ter aparecido mais vezes, para dar mais acção à história. Na minha opinião o livro pecou por se arrastar nas divagações de Joan, por não ter mais momentos altos, intensos, que me fizessem agarrar mais avidamente ao livro.

Há acontecimentos na história que não foram bem explicados e explorados. O cenário tinha imenso potencial mas as feras não tiveram destaque como seria desejado. As motivações para o mal de algumas personagens ficam por compreender e o final em aberto não me cativou. 

De enaltecer a escrita da autora, que torna a leitura fácil. A personagem Lincoln, no meu ver, é a mais cativante. E o espaço em que decorre toda a acção, que acho original. Li em poucos dias o livro mas a leitura não me entusiasmou.

Boas leituras!

Biblioteca Perfeita


Fonte: Pinterest.