quinta-feira, 26 de outubro de 2017

[A minha Opinião] A Amiga


Este é o quarto livro que leio da autora. Antes deste li "A praia das pétalas de rosa", "Os aromas do amor" e "Um novo amanhã". Dorothy Koomson tem me sabido conquistar com as suas histórias e personagens. O mistério presente em todos os livros que li da autora, é para mim a chave de tão viciantes leituras. "A amiga" volta a ter essa chave de ouro, que agarra o leitor e não o solta, até ser tudo desvendado. 

"Seria capaz de qualquer coisa para guardar um segredo?" Esta é a frase que está presente na capa e que aguça a curiosidade do leitor antes deste mergulhar nas páginas do livro. 

Esta narrativa centra-se na vida de Cece Solarin, obrigada a mudar de armas e bagagens para Brigthon. É nessa mudança e adaptação que está o foco da narrativa. Cece vê-se numa casa nova, numa comunidade nova, sem trabalho, concentrando-se unicamente nos filhos e na lida doméstica. É talvez por esse facto, de se sentir à deriva, sem o desafio constante que era o seu trabalho profissional e o afastamento notório do seu marido, que a mudança lhe custa tanto. 

A inquietação de Cece agrava-se quando descobre que, ocorreu um crime, na escola onde inscreveu os seus filhos. Esta notícia deixa-a ainda mais insegura e com vontade de descobrir a verdade sobre o que aconteceu. 

Yvonne, a mulher deixada às portas da morte era uma grande amiga de Maxie, Anaya e Hazel. São estas três últimas mulheres que ajudam Cece na sua integração na comunidade. É a partir destas novas amizades que Cece vai descobrindo mais sobre aquelas mulheres e o que eventualmente terá levado ao crime. O que vai descobrindo deixa-a cada vez mais inquieta.

Dorothy Koomson mais uma vez traz ao leitor personagens fortes, mulheres fortes. Cada uma delas com as suas particularidades. Todas elas com passados que preferem esquecer, todas elas a viver um presente que não lhes agrada e todas elas a questionarem-se sobre o futuro que as espera. 

A trama foi muito bem construída. Temos avanços e recuos no tempo, que permitem ao leitor conhecer melhor as personagens e construir uma teoria do que levou ao crime. Todas as quatro personagens, Cece, Maxie, Anaya e Hazel são narradoras. Todas elas nos vão dando a sua perspectiva dos acontecimentos. 

Confesso que ao início da leitura precisei de ir apontando os nomes das personagens e dos seus familiares, para me puder orientar na leitura. Pode tornar-se confuso ao início com tantos nomes de maridos e filhos. Fica o conselho, caso seja necessário.

Fora essa confusão inicial com tanto nome de personagens, a leitura depois corre lindamente. O livro está cheio de mistério, as personagens são bem construídas e a trama é uma loucura que deixa qualquer leitor agarrado ao livro. Para mim, Dorothy Koomson nunca desilude.

Se ainda não se aventuraram nos livros desta autora, recomendo. Nada como um pouco de romance, mistério e crime no mesmo livro. 

Eu gostei! E vocês, vão aceitar o desafio?
Boas leituras! 

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