Esta é a minha estreia com a autora Ana Afonso Simão. O que me atraiu para este livro, inicialmente, foi a sua capa. Confesso que depois a sinopse me deixou algo intrigada.
Um romance passado na pequena ilha das Berlengas. Ilha essa que exerce uma atracção misteriosa sobre os seus habitantes. Uma ilha que ensina a ver o mundo e o tempo com outros olhos. Uma ilha que traz tranquilidade à alma. Uma ilha que inspira amores.
Entre Peniche e as Berlengas, conheço Giovana e Leonardo, duas almas destinadas ao encontro. Giovana, uma jovem surfista, que tem no mar a sua paixão. Leonardo, faroleiro, um homem maduro, que já teve a sua cota de sofrimentos. Um incidente acabará por os juntar.
Gostei da escrita da autora, é simples, com passagens cativantes. A ilha das Berlengas foi bem escolhida como cenário à acção e os seus habitantes bem retratados.
Uma história com um certo quê de inexplicável, talvez a mão do destino, talvez o acaso, talvez coincidência. Uma narrativa contada a duas vozes que me dá a conhecer outros tantos personagens singulares.
Um livro que cheira a mar e sal.
Boas leituras!
"Desde que ficara sozinho no farol, Leonardo aprendera que, afinal, a nossa casa não é, apenas, onde nos sentimos bem. A nossa casa é feita de pessoas que amamos. E quando essas pessoas não estão, não há casa nenhuma. E ele só agora sabia isso."
"Porque a felicidade é não saber que se está feliz. E é na ausência da tomada de consciência que a felicidade é."
"A felicidade é isso: um momento bom. É tão intenso que temos medo que acabe. É o princípio da incerteza. E a incerteza dá medo."
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