O Nuno está cada vez melhor na sua escrita e na forma como constrói as suas histórias. É notório o trabalho de pesquisa realizado bem como o esforço de construir cenários mais arrojados e surpreendentes. Em comparação ao livro anterior, "A Célula Adormecida", este livro está mais forte, mais chocante, mais negro.
Com capítulos pequenos e saltos entre o presente e o passado, a leitura faz-se num abrir e fechar de olhos. Fiquei completamente agarrada à história e em apenas umas horas, no decorrer de dois dias, li o livro. E nas pausas que fiz, a história continuava na minha cabeça a espicaçar-me a curiosidade.
É uma história bem pensada, construída e escrita. Desde a primeira página que vão sendo lançados novos elementos para agarrar o leitor. Entre avanços e recuos no tempo, o leitor vai conhecendo o personagem principal. Passado que contém factos importantes para o tempo presente. Wolf, detective principal da história, cativa por ser muitas vezes um bom coração e se transformar num besta outras tantas. É uma personagem que nos faz ter amor/ ódio por ele. Que nos faz questionar o certo/errado de determinados comportamentos. Que nos coloca em cima da mesa questões como ética, protocolos, valores, bem e mal.
Quando se junta o mundo ocidental ao mundo árabe, a história só tem muito a ganhar. Acho que este foi o primeiro livro que li cuja a acção tem lugar na Arábia, mais concretamente em Riade. Achei fenomenal o trabalho de pesquisa da autora. Oferecer ao leitor um cenário real e a experiência do que é ser um estrangeiro num país muçulmano é de louvar. Senti, sem dúvida alguma, o choque cultural de Francesca.
A forma como Joël Dicker construiu a história e as personagens é fantástica. Não é só a personagem principal que merece a atenção do autor, são todas as personagens secundárias. Todas elas bem construídas e com histórias de vida curiosas, que desta forma enriquecem a história principal. Quase posso dizer que o autor nos ofereceu histórias dentro de uma história e em todas elas houve uma personagem principal.
Um livro bem escrito e pensado por A J Finn. Com inúmeras referências cinematográficas, o leitor parece que está, ele próprio, numa sala de cinema, a ver o desenrolar de um filme.
O autor a meu ver, construiu bem o cenário, toda a história e as personagens presentes na narrativa. Até quase ao final do livro tive grandes dúvidas a respeito da personagem principal. A J Finn deixa o leitor agarrado até ao final do livro
Este livro é um bom retrato da vida na pequena ilha de Guernsey, durante a ocupação nazi, na segunda grande guerra. Toda a narrativa se faz de uma maneira peculiar e original, através de cartas, trocadas entre todos os personagens desta história. Numa época onde a vida era cheia de sofrimento, desilusão, tristeza, estas personagens encontraram a sua evasão nos livros. Muito se fala dos livros neste livro e do bem que eles fazem e trazem aos leitores.