Confesso que o que me atraiu imediatamente para este livro foi o seu título. Disse-me muito. Senti que teria de fazer esta leitura. Há livros que nos escolhem e não ao contrário. Há livros que têm o momento certo para serem lidos. Este foi o momento certo.
Com um título que me disse tanto, é impossível não criar expectativas em relação à história e aos seus personagens. Depois da leitura feita acho que essa expectativa não foi defraudada.
Dulce Garcia, a meu ver, fez uma grande estreia. O amor é sem dúvida o tema que mais tinta faz correr no mundo. Muito se escreve sobre o amor e há sempre tanto por dizer. No caso desta história, baseada numa história real, o tipo de amor que merece mais destaque é o amor romântico, mas todos os tipos de amor têm aqui a sua presença e importância.
Tinha já adorado o título do livro e a autora tinha também de dar o meu nome à personagem principal do livro. Há coincidências fantásticas.
A história do livro centra-se num triângulo amoroso entre Isabel, Afonso e Sara. Uma história de amor ou talvez de desamor, nada longe da realidade dos nossos dias. Relacionamentos fugazes, loucos, intempestivos, que além de alterarem as vidas dos intervenientes, alteram as de terceiros. Os filhos, quando os há, são sempre os mais prejudicados e muitas vezes usados como forma de vingança. Relacionamentos que quando o amor acaba dão lugar à raiva, à mentira, à ameaça, à violência. Tudo vale no amor, ou será no ódio?
Isabel e Afonso são as personagens que são mais aprofundadas pela autora. Entre o passado e presente descobri estas duas personagens e a bagagem que as faz ser as pessoas que são no momento actual. Ambos tiveram passados difíceis, relações familiares frágeis ou conflituosas. São essas vivências e exemplos familiares que os fazem questionar o amor, todas as decisões que tomam, a pessoa que são ou podiam ser.
A autora ofereceu-me personagens credíveis, uma narrativa cativante e bem construída, uma história singular, momentos de leitura cheios de emoção e reflexão. Gosto de livros que me desafiem, que aflorem emoções e me façam reflectir. Este livro fez bem o seu papel.
Leiam! Leitura mais que recomendada.
Boas leituras!
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