segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O relato comovente de uma das últimas amigas de Anne Frank


A história de Nanette Blitz Konig confunde-se com a História dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1938, Nanette era uma menina feliz que vivia com os pais, Martijn e Helene, em Amesterdão. Com o avanço das forças nazis pela Europa e a invasão da Holanda em 1940, Nanette e a sua família sentiram, pouco a pouco, o seu mundo a encolher. Vítimas de xenofobia, seriam excluídos da sociedade holandesa em apenas três anos.

Em setembro de 1944, a menina, que fora colega de Anne Frank no Liceu Judaico de Amesterdão, foi enviada com o pai e a mãe para o campo de concentração de Bergen-Belsen. Foi aqui que reencontrou Anne Frank no local onde ambas perderam cedo demais a sua juventude e inocência.

O acaso permitiu que Nanette sobrevivesse. Quando os ingleses libertaram Bergen-Belsen, em abril de 1945, ela tinha 16 anos e pesava 31 quilos. Estava viva - e sozinha no mundo. Agora, quase 70 anos depois de ter visto os seus pais e Anne Frank pela última vez, Nanette relata com emoção os encontros com a amiga, contando de forma detalhada o caminho percorrido pela sua família e o seu fim trágico.

A história de Nanette, real e simultaneamente sensível e chocante, narra a luta diária pela sobrevivência, em que teve de vencer o insuportável para conseguir manter-se viva. 



Sobre a autora
Nasceu na Holanda e é uma sobrevivente do Holocausto. Vive no Brasil, em São Paulo, desde o final da década de 1950. Foi aí que recomeçou a sua vida e reconstruiu uma família com o marido e os filhos, sem nunca esquecer os pais, que perderam a vida no campo de concentração de Bergen-Belsen, e de quem não se pôde despedir. Tem desenvolvido desde 1999 um trabalho de divulgação pela memória das vítimas do Holocausto, participando em conferências para contar a sua história e a dos judeus na Segunda Guerra Mundial.

O livro escondido de Dr. Seuss finalmente nas livrarias


Antes de mais, se quisermos dizer corretamente o nome de Dr. Seuss, o melhor é recorrer à forma como a família o pronunciava: Zoice e não Soose. Theodor Seuss Geisel, Ted para a família, passou a assinar como Dr. Seuss depois de uma bebedeira no último ano da faculdade ter resultado no fim da sua carreira como editor da revista de humor da faculdade. Obrigado a deixar cair o Ted e a usar pseudónimos, em revistas de humor passou, entre outros, a assinar como Dr. Theophraustus Seuss, abreviando depois para Dr. Seuss. E, com a abreviatura veio uma nova forma de pronunciar o nome: Dr. Soose.

O Dr. Seuss não é médico. Aliás, nem o Ph.D tirou (apesar de ter o ter recebido mais tarde a título honorífico), tendo preferido dedicar-se ao desenho. Escrever anúncios para marcas como a NBC, Ford, General Eletric, entre outras, foi a sua principal fonte de rendimento durante 30 anos, até que, 12 livros depois (1957), surgiu «The Cat in the Hat».

Ironicamente, no ano em que escreveu o primeiro livro infantil descobriu que a primeira mulher, Helen, não podia ter filhos. Questionado como conseguia escrever tão bem livros para crianças, sem ter a experiência da paternidade, Dr. Seuss respondeu: “You make ’em. I’ll amuse ’em”. Curiosamente, existiram grandes autores da literatura infantil não tiveram filhos como Lewis Caroll ou Beatrix Potter.

Poesia ou prosa? Ganha a poesia. Dos 44 livros escritos e ilustrados por Dr. Seuss, apenas 4 são em prosa. Se contarmos livros ilustrados por outro artista, escritos sob pseudónimos, em coautoria ou publicados postumamente, num total de 66, o número aumenta para…5. Porquê? Responsabilidade da mãe Henrietta que adormecia todos os dias os filhos ao som de músicas rimadas. Pese ser um excelente poeta, o facto de escrever poesia para crianças não lhe trouxe, na altura, o reconhecimento devido. E, a muitos não agradava, de todo, o facto de Dr. Seuss adorar inventar palavras que não constavam dos dicionários.

Dr. Seuss queria, com os livros infantis, não só colocar as crianças a ler, mas também fazê-las pensar e imaginar. Nunca tratá-las com condescendência, mas como iguais. Algumas semanas antes de morrer, perguntaram-lhe que mensagem gostaria de deixar às crianças. Mensagem ou slogan? Um slogan: “We can … and we’ve got to… do better than this”.

Poucos são os autores de literatura infantil que tiveram direito a uma estátua pública. Dr. Seuss teve essa honra, juntando-se a nomes como Hans Christian Anderssen, Astrid Lindgren ou Mark Twain. Da escultura fazem parte personagens que marcaram a sua carreira: Lorax, Grinch e o seu cão Max, Yertle the Turtle, Horton the Elephant e Thidwick the Big-Hearted Moose.


Este nunca antes visto livro de Dr. Seuss, Que Amigo Levo Comigo (Ed. Booksmile l 64 pp | 12,49€) que acredita-se tenha sido escrito entre 1958 e 1962, pega num exemplo típico na vida de uma criança – ir a uma loja escolher um animal de estimação, e usa-o para partilhar uma lição de vida: que nem sempre é fácil fazer opções ou tomar decisões, mas teremos sempre de o fazer ao longo da nossa vida.


Dr. Seuss (1904-1991) é um dos mais queridos autores de livros infantis de todos os tempos, tendo sido traduzido para mais de 30 línguas e publicado mais de 60 títulos. Que Amigo Levo Comigo? é a última obra do autor, descoberta recentemente (acredita-se que tenha sido escrita entre 1958 e 1962). É com este livro que a Booksmile inicia a publicação das obras de Dr. Seuss, estando três obras previstas para lançamento em 2016: The Cat in The Hat, Green Eggs and Ham e How The Grinch Stole Christmas. Entre muitos prémios que lhe foram atribuídos, destaca-se o Pulitzer. E muitas das suas histórias deram origem a filmes premiados: três Óscares, três Emmy e um prémio Peabody.

Quando as Estrelas Caem de Amie Kaufman, Meagan Spooner - Novidade Planeta



Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 360
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896576066
PVP: 18,85€
Disponível a 02-12-2015

Sinopse
É uma noite igual às outras a bordo da Ícaro, os passageiros divertem-se. Tarver convida Lilac para ver as estrelas. 
Então, a catástrofe abate-se sobre a enorme nave de luxo: de súbito é puxada para fora do hiperespaço e despenha-se no planeta mais próximo. Lilac Laroux e Tarver Merendsen sobrevivem. E estão sozinhos. 
Lilac é a filha do homem mais rico do universo. Tarver é de origens humildes, um jovem herói de guerra que aprendeu há muito tempo que as jovens como Lilac só dão grandes problemas. 
Mas sozinhos têm de confiar um no outro e trabalhar juntos, encetando uma jornada tortuosa pelo misterioso e lúgubre planeta para procurar ajuda. 
Enquanto lutam para salvar as vidas no meio do enigmático planeta descobrem que, apesar das diferenças, as estrelas começam a iluminar os seus corações com a luz do amor.

Amie Kaufman e Meagan Spooner são amigas há muitos anos e viajaram pelo mundo (mas ainda não pela galáxia), incluindo todos os continentes. Têm a certeza que viajar no espaço é apenas uma questão de tempo. 
Megan vive em Asheville e Amie em Melbourne, apesar da distância estão unidas pelo amor mútuo pelo espaço.

«Lilac e Tarver são personagens profundas, complexas e fortes, os jovens que conseguem provocar no leitor sentimentos de admiração do leitor, frustração e simpatia... um testemunho de amor, lealdade, coragem, e o poder do bem sobre a ganância e perversidade.» Booklist

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Amizades Improváveis de Jonathan Evison - Novidade Topseller


Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 360
Editor: TopSeller
ISBN: 9789898831309
PVP: 18,79€

Sinopse
Jonathan Evison foi vocalista da banda punk March of Crimes, oriunda de Seattle, grupo por onde passaram futuros membros de grupos de êxito mundial como os Pearl Jam e os Soundgarden. 
Dos palcos para os livros, Jonathan Evison é hoje comparado pela crítica internacional a escritores como J. D. Salinger, Charles Dickens e John Irving, pela sua escrita emocional e humor invulgar. Em Amizades Improváveis, o Evison traz-nos uma história cheia de emoção, sobre heróis improváveis e amizades inesperadas. Chega às salas de cinema em 2016.
​Trevor é um jovem de 19 anos com distrofia muscular, limitado a uma cadeira de rodas. Ben, um homem que perdeu tudo, é o seu auxiliar de apoio domiciliário, e aos 39 anos já sabe bem onde começa e acaba a vontade de viver. Juntos irão descobrir as suas verdadeiras essências, numa viagem de autodescoberta capaz de mudar para sempre a forma como hão de viver o passado e o presente, e perspetivar o futuro.
Com uma escrita muito própria, dotada de energia, graça inteligente e momentos de absoluta beleza, Jonathan Evison conta-nos uma história inspiradora sobre encontros e desencontros, mágoa e superação, e sobre as surpresas da vida e suas incomensuráveis recompensas.
Um livro cativante, comovente e com sentido de humor agridoce, que vai ser adaptado ao cinema pela CBS Films em 2016.

Sobre o autor
Durante a adolescência, Jonathan Evison dedicou-se à música e foi vocalista da banda punk March of Crimes, oriunda de Seattle, que incluía futuros membros de grupos de êxito mundial, como os Pearl Jam e os Soundgarden.Autor bestseller de três romances premiados, 
Jonathan Evison é comparado pela crítica internacional a escritores como J. D. Salinger, Charles Dickens e John Irving pela sua escrita emocional e humor inusitado.
Escreveu para o New York Times, Wall Street Journal, Washington Post, entre outros meios. Este é o seu terceiro livro, obra que recebeu nomeações importantes como: Amazon Best Books of theYear e Washington Post Notable Fiction Book of the Year. Saiba mais sobre o autor: jonathanevison.net


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Resultado Passatempo - A Modista


Obrigada a todos os que participaram neste passatempo.
Um enorme agradecimento à Editorial Presença  pela oferta de um exemplar de A Modista
Tivemos 148 participações válidas. Obrigada! 
O número sorteado foi o 74.
A grande vencedora foi:

Joana Bento - Condeixa-a-Velha

Parabéns!

Se ainda não foi desta que foi o grande vencedor não desista. Há sempre boas oportunidades aqui no blogue. 

Até breve!

Saiba mais sobre o livro A Modista, no site da Editorial Presença, aqui.

domingo, 15 de novembro de 2015

Passatempo Marcador - A Escolha (13º/2015)


Com o precioso apoio da Marcador, temos para oferecer um exemplar do livro A Escolha. Para se habilitar a ganhar este exemplar, só tem de deixar o seu nome (primeiro e último) nos comentários desta publicação e ler com atenção as regras do passatempo. 

Regras do passatempo:

O passatempo é válido de 15 de Novembro até às 23h59m de 25 de Novembro. 
Só é válida uma participação por pessoa e residência, de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
Ser seguidor do blogue Manta de Histórias: www.mantadehistorias.blogspot.pt
(Para ser seguidor, basta clicar em "aderir a este site" na barra lateral direita do blogue.)
Múltiplas participações serão automaticamente anuladas.
O vencedor será sorteado aleatoriamente (random.org) pela administração do blogue. Será depois pedido ao vencedor que nos envie por e-mail os seus dados, nome completo e morada.
O blogue e a editora não se responsabilizam por eventuais extravios no envio do livro por correio.
Boa sorte!

Saiba mais sobre o livro aqui.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

[A Minha Opinião] Mãe


Este ano entram na lista de leituras alguns escritores espanhóis, e confesso que fico cada vez mais fã. Raras vezes lia literatura espanhola, mas ainda bem que o comecei a fazer. As surpresas têm sido sempre boas. 

Muitas vezes sou atraída por um livro pela sinopse, pela capa ou por uma simples palavra. Neste romance confesso que foi a palavra "Barcelona". Sou uma apaixonada pela cidade e queria voltar a ela, nem que fosse através de um livro. 

Alejandro Palomas deu-me a conhecer uma família espanhola muito peculiar, aliais, como todas as famílias o são. A história desta família, desta mãe, é contada pela voz do filho mais velho, Fer. É pelos olhos de Fer que, numa noite de fim de ano, conhecemos a mãe Amalia e restantes: Emma, Sílvia, tio Eduardo e Olga. Durante um jantar de fim de ano vou conhecendo melhor todos estes protagonistas e os seus dramas. Descubro o que provoca tantos silêncios, omissões, dramas, tristezas e sorrisos. Foi sem dúvida a noite mais longa do ano!

Amalia é uma personagem fantástica e inspiradora. Uma mãe lutadora e uma mulher que reaprende o gosto de viver, e olha o mundo quase com a inocência de uma criança. É esta mulher que tudo faz para perceber os silêncios dos seus filhos e guia-os de encontro à sua felicidade. Porque na sua felicidade está a felicidade dos seus rebentos. 

É um romance que nos envolve pelas relações humanas e afectivas que descreve. Pela forma profunda como explora sentimentos e emoções. E pelas reflexões que estimula. Confesso que por diversas vezes reli algumas passagens do livro. Muitos parabéns ao Alejandro Palomas pela profundidade das palavras. 

Um romance que aconselho a todas as mãe e filhos, a todas as famílias. 
Leiam! 

Boas leituras!  


"Ninguém é toda a gente, nem ninguém é repetido. Parecido, talvez. Repetido, não. E isso é a vida, Fer: encontrar os parecidos e fugir dos repetidos. O resto chega ou não chega, aparece ou não aparece, magoa ou não magoa."

"É essa a magia da ficção e também o horror do real: o facto de a vida nem sempre ser o que acontece, mas sim as sequelas do que parece ser. E o facto de as dimensões que o tempo acumula sobre os acontecimentos serem, em muitas ocasiões, as que dão medida do que se viveu."

Para mais informações sobre o livro, consulte o site da Editorial Presença aqui.