ISBN: 978-972-0-03582-0
Edição/reimpressão: 06-2022
Editor: Porto Editora
Encadernação: Capa mole
Páginas: 448
PVP: 19,90€
Sinopse
Quando um jovem professor decide aceitar a mão que o destino lhe estende, longe está de imaginar que, desse momento em diante, de mero espectador passará a narrador e personagem da sua própria vida. Na aldeia dos avós, no Alentejo mais profundo, Joaquim Baiôa, velho faz-tudo, decidiu recuperar as casas que os proprietários haviam votado ao abandono e assim reabilitar Gorda-e-Feia, antes que a morte a venha reclamar. Eis, pois, o pretexto ideal para uma pausa no ensino e o sossegar de um quotidiano apressado imposto pela modernidade. Mas, em Gorda-e-Feia, a morte insiste em sair à rua, e a pacatez por que o jovem professor ansiava torna-se um tempo à míngua, enquanto, juntamente com Baiôa, tenta lutar contra a desertificação de um mundo condenado.
Num romance que tanto tem de poético como de irónico, repleto de personagens memoráveis e de exuberância imaginativa, e construído como uma teia que se adensa ao ritmo da leitura, Rui Couceiro põe frente a frente dois mundos antagónicos, o urbano e o rural, e duas gerações que se encontram a meio caminho, sobre o pó que ali se tinge de vermelho, o mais novo à espera, o mais velho sem data para morrer.
Rui Couceiro nasceu no Porto, em 1984. É licenciado em Comunicação Social, mestre em Ciências da Comunicação e tem uma pós-graduação em Estudos Culturais. Orgulha-se de ter crescido de joelhos esfolados, em Espinho. Foi campeão nacional de voleibol em todos os escalões de formação e considera que o desporto foi a sua principal escola. Durante a adolescência, decidiu que queria ser jornalista e, aos quinze, começou um percurso de oito anos numa rádio local. Estagiou na SIC e foi correspondente da LUSA, até perceber, em 2006, que afinal não queria o jornalismo, mas sim apostar noutra paixão – os livros. Foi assessor de comunicação e coordenador cultural da Porto Editora durante dez anos, até que, em 2016, assumiu funções de editor na Bertrand, tendo desde então a seu cargo a chancela Contraponto. Nos últimos anos, reatou colaborações com a comunicação social: primeiro, partilhou com a escritora Filipa Martins a autoria e apresentação do programa «A Biblioteca de», na rádio Renascença; atualmente, escreve para o site da revista Visão. É, desde 2021, membro do Conselho Cultural da Fundação Eça de Queiroz. Abandonou uma tese de doutoramento em Estudos Culturais, para escrever este romance.
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