Páginas: 258
Preço c/IVA: 16,96 €
ISBN: 978-972-576-618-7
Público-alvo: Público em geral, especialmente
amantes de poesia.
Sinopse
Depois da publicação da primeira antologia de Cesário Verde organizada pelo seu amigo Silva Pinto, muitas das edições posteriores tentaram, com mais ou menos rigor, dar conta da sua poética. Consciente do significado do grande precursor do Modernismo, Ricardo Daunt, crítico literário, poeta e romancista, fez uma investigação exaustiva sobre a obra de Cesário Verde e analisou centenas de documentos originais bem como uma vasta bibliografia a seu respeito. Nesta edição crítica, apresenta-se assim a obra integral de Cesário Verde definitivamente fixada, com a produção poética revista e ordenada de acordo com a semelhança formal e temática dos poemas publicados em vida, a biografia organizada cronologicamente e toda a correspondência acompanhada por notas elucidativas.
Ricardo Daunt dedicou-se nos últimos 40 anos à investigação e à criação literária. Publicou ensaios e artigos nos principais jornais e revistas brasileiros e portugueses. É doutorado em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo com uma tese sobre a poesia de Cesário Verde; realizou dois pós-doutoramentos na área de Literatura Comparada: o primeiro sobre o Modernismo português e o segundo sobre as poéticas de Fernando Pessoa e T. S. Eliot. Foi professor convidado na Yale University e deu aulas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Escreveu romances, novelas, contos e ensaios, dedicando-se ao estudo das poéticas da modernidade luso-brasileira. Como especialista do movimento do Orpheu, publicou em formato digital Sobre o Orpheu e Orpheu: Prosa, Poesia e Arte. Tem diversos poemas seus editados em Portugal.
Cesário Verde (1855-1886) foi o grande precursor da modernidade na poesia portuguesa. Saudado por Fernando Pessoa como seu mestre, legou-nos uma poesia impressionista, perpassada de motivos prosaicos, mas interessada na captura de uma realidade pulsante, que o seu olhar deteve pelas ruas de Lisboa. O seu verso é denso, lapidado, mas sem maneirismos ou fórmulas fáceis, e inaugura entre nós uma poética do instante e do movimento. Tendo começado a publicar os seus versos em 1875, em jornais e revistas, morreu demasiado cedo, em 1886, sem ter tempo para reunir a sua poesia em livro. Não obstante a publicação da mesma por Silva Pinto, em 1887, deixou uma obra inteira para ser organizada e criteriosamente publicada. Nela ressaltam poemas como «Num bairro moderno», «Cristalizações» e «O sentimento dum ocidental», hoje incluídos entre os versos mais importantes produzidos entre o Parnasianismo e o final do século XIX em Portugal. Nas últimas décadas, o nome de Cesário Verde tem conquistado, com todos os méritos, o relevo que merece. Esta edição integra esse movimento de resgate da sua obra, que canta a nossa língua e
os nossos costumes de uma forma tão ímpar e invulgar.
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