O livro "As flores perdidas de Alice Hart" foi publicado pela Porto Editora, em Outubro de 2018. Acabei por lê-lo em Julho de 2019, para o desafio de leitura do Manta de Histórias e em leitura conjunta com várias seguidoras do blogue. A leitura e a experiência valeram a pena.
O que me atraiu imediatamente para este livro foi a sua capa maravilhosa. Aquele fundo preto e todas aquelas flores coloridas em destaque, é qualquer coisa de belo. Mas não se fica por aqui a beleza do livro. O seu interior também está povoado por imensas flores, a preto, a cada início de capítulo. Com todo este cuidado de apresentação e paginação já ganha imensos pontos.
Como o título e a capa o indicam, muito desta narrativa anda à volta de flores e seus significados. Flores essas que são usadas para contar uma história, a história de vida de Alice Hart.
Nos primeiros capítulos conheci a pequena Alice, de nove anos e a sua família. Cedo descobri que Alice é uma criança sonhadora, sensível, que gosta imenso de histórias. Como leitora, senti logo empatia por esta pequena leitora. Essa empatia para com a personagem fez com que, em vários momentos, sentisse a necessidade de a proteger do mal.
Sem vos querer desvendar muito da história, o que posso dizer é que durante a leitura acompanhamos o crescimento de Alice e descobrimos um pouco mais do seu passado familiar, que está envolto em mistério e tragédia. Há como que uma fatalidade associada às mulheres da sua família, que parece repetir-se de geração em geração.
Os cenários descritos pela autora, são sempre ricos em cores e flores. Há alturas em que parece que estou na quinta de Thurnfield a sentir o perfume das flores. Além deste pormenor, a autora associa o significado das flores a cada capítulo e avançar da história. Flores e narrativa em perfeita harmonia. A escrita da autora é cuidada e fluída. Os capítulos pequenos facilitam o avançar da leitura. As personagens são muitas mas com algo em comum, estão destroçadas pela vida.
A evolução da personagem principal é notória ao longo da narrativa. O que posso dizer é que a Alice criança cativou-me mais que a Alice adulta. Em adulta tomou decisões e teve atitudes com as quais não concordei nem me identifiquei.
No geral, acho que é uma excelente estreia de Holly Ringland. É notório o trabalho de pesquisa feito pela autora, para perceber o significado das flores. Aborda temas sensíveis com muita inteligência e cuidado. A sua escrita sem dúvida que cativa e prende o leitor. Houve pormenores que foram mais bem conseguidos do que outros, mas não retira mérito à autora nem à historia que construiu.
Ficarei a aguardar com expectativa um próximo romance da autora. Até lá só vos posso recomendar a leitura deste livro e esperar que gostem dele, tanto ou mais que eu.
Boas leituras!
🌟🌟🌟🌟
Não li esse.... Estive uns dias na praia com o meu marido e filho e o que é que eu gosto de fazer na praia?? Não, não é ficar a tostar ao sol, é ficar debaixo do guarda sol e devorar livros... Nesses poucos dias que estive de descanso, li livros da Sveva Casatti Modignani: Baunilha e Chocolate, Lição de Tango, A Siciliana, Como estrelas cadentes e Um dia Naquele Inverno... Porque ler transmite-nos paz, faz-nos sonhar e durante aquele momentos em que estamos a ler passamos a imaginar cada personagem, cada expressão descrita... Ler é viver uma aventura na nossa imaginação.
ResponderEliminarRafaela, também gosto muito de ler Sveva. Ainda está por ler "Como estrelas cadentes". Quanto a este, As flores perdidas de Alice Hart, recomendo-lhe a leitura.
EliminarTambém o li no âmbito da leitura conjunta promovida pelo Desafio de Leitura Manta de Histórias. Não desgostei, mas não é muito a minha praia. No entanto, gostei de participar na iniciativa.
ResponderEliminarObrigada Grace pela sua participação na leitura conjunta. Gostei do romance mas não me encheu as medidas para merecer as 5 estrelas. Quem sabe num próximo livro da autora.
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