quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Cartas a um Jovem Escritor de Colum McCann - Novidade Clube do Autor


Cartas a um jovem escritor
Tradução de Eugénia Antunes
196 Págs. / 14,00€
Disponível a partir de 15 de Novembro

Sobre o livro  
Escrever bem não depende apenas do talento, o esforço também conta e o treino é fundamental. Cartas a um Jovem Escritor é um livro pequeno em tamanho, mas enorme na quantidade de sugestões e conselhos para quem pretende escrever melhor ou até tornar-se escritor.
Colum McCann considera que nisto de escrever não existem regras; ou, então, se existem, servem apenas para serem quebradas. Conforme-se com estas contradições. Deve estar preparado para segurar duas ou mais ideias opostas na palma das mãos em simultâneo.
Para McCann a primeira frase deverá abrir a sua caixa torácica. Deverá entrar-lhe pelo peito adentro e virar-lhe o coração de pantanas. Deverá insinuar que o mundo nunca mais será o mesmo.
Para quem simplesmente não consegue começar a escrever, o conselho do escritor é o seguinte: não permita que o terror da página em branco envolva a sua mente em celofane. A desculpa de que sofre de bloqueio de escritor é demasiado fácil.
(…) Deixe estar o rabo na cadeira. O rabo na cadeira. O rabo na cadeira. Continue a olhar para a página em branco.
E como surgem as ideias? Só tem de estar recetivo ao mundo. É esse o truque. Tem de estar à escuta. E tem de estar alerta. Tem de estar aberto à inspiração. A ideia geral pode vir do jornal, pode surgir de uma frase escutada no metro, pode ser a história que estava guardada no sótão da família. Pode ter nascido de uma fotografia ou de outro livro, pode tê-lo arrebatado por uma qualquer razão desconhecida. Pode ter sido o desejo de confrontar um assunto mais vasto: a devastação do meio ambiente, as causas primordiais que levam pessoas a pilotar aviões contra edifícios, as horríveis notícias sobre as eleições. Tanto faz. Nenhuma história é melhor do que outra. Tudo o que sabemos é que precisa de ser contada ao mundo e que há que começar a investigá-la.
Mais: é possível criar personagens a partir do pó. Por vezes, pegamos numa personagem do nosso círculo próximo e construímos uma nova pessoa por cima daquele espantalho. Outras vezes, pegamos em figuras bem conhecidas da história e damos-lhe novas formas. Seja como for, temos a responsabilidade de lhes dar vida por meio da escrita. Devemos tanto à nossa imaginação quanto devemos à história. 
Para quem teme a construção dos diálogos, não há que ter receios. Para o autor, o diálogo escrito não tem obrigatoriamente de seguir regras gramaticais. Desarrume as frases como lhe der na gana. Tem liberdade para deambular. Liberdade para explorar.
Se já tem o livro todo sublinhado, ou com post-its, então saiba que ainda vamos a meio. Procurar a Estrutura, Onde Devo Escrever, Curso de Escrita Criativa: Fazer ou Não Fazer?, Devo Ler Enquanto Escrevo?, Porquê Contar Histórias?, Sinta-se Exausto Quando Terminar, entre outros capítulos, incluem igualmente dezenas de preciosos conselhos, sempre neste registo muito claro e objetivo, para quem gosta de escrever, quer escrever melhor ou ambiciona escrever um livro.

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