Tive o privilégio de receber o exemplar de avanço de "As mulheres no castelo". Foi uma surpresa agradável, visto que na altura não tinha lido qualquer informação sobre o livro. Depois de lida a sinopse e compreender que me esperava uma leitura sobre a II Guerra Mundial e o Nazismo, a curiosidade aumentou.
Não sei se será coincidência, gosto ou ambas, mas ultimamente tenho lido muito sobre a temática do Holocausto. Quanto mais leio sobre este período da história, mais chocada fico com as narrativas. Pensei que fosse ao contrário, que me fosse habituando a ler sobre as crueldades perpetradas nesta altura, que não me emocionasse tanto, que me fosse tornando mais forte, que não me impressionasse tanto, mas é precisamente o contrário. Continua a fazer-me uma confusão enorme como se chegou aquele ponto de loucura, como é que morreu tanta gente inocente de forma tão cruel, como é que ninguém tentou parar aquele louco. É sobre o parar com as loucuras de um lunático, que se centra esta narrativa.
Dos livros que li sobre o Holocausto, todos eles narravam a história das vítimas, todos os sofrimentos e crueldades que passaram às mãos dos nazis. Este livro no entanto, deu-me uma perspectiva diferente, a perspectiva dos alemães, de gente alemã, de pessoas que baixaram os braços e de outras, uma minoria, que tentaram parar Hitler, que se juntaram para o derrubar. Esta é a história de um grupo de resistentes que morreu a tentar salvar o mundo da loucura de Hitler.
Além de narrar a coragem desses resistentes, fala de três mulheres, as protagonistas do romance. São esposas de resistentes e combatentes nazis. São elas que oferecem ao leitor diferentes perspectivas de como viveram a guerra e lidaram com o terror que se passava à sua volta. Os testemunhos são, muitas vezes, arrepiantes e tenebrosos. Dei por mim revoltada, emocionada e pensativa.
Marianne von Lingenfels é o peso pesado desta narrativa. Uma mulher de grande coragem, força, inteligência, que não se deixa intimidar e que defende a todo o custo os seus valores. Assumiu a responsabilidade e não fugiu à promessa que fez ao seu marido e aos seus companheiros: o de encontrar e proteger as suas mulheres. Essa promessa traz até si Benita, a mulher do seu grande amigo Connie e Ania mulher de um resistente. São três personagens muito diferentes mas que têm em comum a resiliência.
Tenho de felicitar a autora Jessica Shattuck pela sua escrita, pelo grande trabalho de pesquisa feito e pela fabulosa história que construiu. Demorou sete anos a escrevê-lo e o resultado final fala por si.
Ler sobre o nazismo é sempre um murro no estômago. Com este livro não foi diferente. É uma leitura difícil mas necessária. Uma leitura que tem muito a ensinar e a sensibilizar.
Uma leitura mais que recomendada.
Boas leituras!
Não sei se será coincidência, gosto ou ambas, mas ultimamente tenho lido muito sobre a temática do Holocausto. Quanto mais leio sobre este período da história, mais chocada fico com as narrativas. Pensei que fosse ao contrário, que me fosse habituando a ler sobre as crueldades perpetradas nesta altura, que não me emocionasse tanto, que me fosse tornando mais forte, que não me impressionasse tanto, mas é precisamente o contrário. Continua a fazer-me uma confusão enorme como se chegou aquele ponto de loucura, como é que morreu tanta gente inocente de forma tão cruel, como é que ninguém tentou parar aquele louco. É sobre o parar com as loucuras de um lunático, que se centra esta narrativa.
Dos livros que li sobre o Holocausto, todos eles narravam a história das vítimas, todos os sofrimentos e crueldades que passaram às mãos dos nazis. Este livro no entanto, deu-me uma perspectiva diferente, a perspectiva dos alemães, de gente alemã, de pessoas que baixaram os braços e de outras, uma minoria, que tentaram parar Hitler, que se juntaram para o derrubar. Esta é a história de um grupo de resistentes que morreu a tentar salvar o mundo da loucura de Hitler.
Além de narrar a coragem desses resistentes, fala de três mulheres, as protagonistas do romance. São esposas de resistentes e combatentes nazis. São elas que oferecem ao leitor diferentes perspectivas de como viveram a guerra e lidaram com o terror que se passava à sua volta. Os testemunhos são, muitas vezes, arrepiantes e tenebrosos. Dei por mim revoltada, emocionada e pensativa.
Marianne von Lingenfels é o peso pesado desta narrativa. Uma mulher de grande coragem, força, inteligência, que não se deixa intimidar e que defende a todo o custo os seus valores. Assumiu a responsabilidade e não fugiu à promessa que fez ao seu marido e aos seus companheiros: o de encontrar e proteger as suas mulheres. Essa promessa traz até si Benita, a mulher do seu grande amigo Connie e Ania mulher de um resistente. São três personagens muito diferentes mas que têm em comum a resiliência.
Tenho de felicitar a autora Jessica Shattuck pela sua escrita, pelo grande trabalho de pesquisa feito e pela fabulosa história que construiu. Demorou sete anos a escrevê-lo e o resultado final fala por si.
Ler sobre o nazismo é sempre um murro no estômago. Com este livro não foi diferente. É uma leitura difícil mas necessária. Uma leitura que tem muito a ensinar e a sensibilizar.
Uma leitura mais que recomendada.
Boas leituras!
Aguardo a leitura com muita expectativa...:)
ResponderEliminarEspero que goste, Alexandre! Boas leituras!
Eliminar