Quando a sinopse de um livro me encaminha para a temática da Segunda Guerra Mundial, Holocausto ou ambas, a vontade de ler o livro é sempre maior. Sei que são leituras difíceis de fazer, que acabo esgotada mas grata pela leitura.
Anna e o Homem-Andorinha é o primeiro romance de Gavriel Savit, e tem recebido os maiores elogios por esta estreia. O livro já se encontra vendido em mais de 13 países e depois de o ler acredito que chegue a muitos mais.
A trama do livro inicia-se na Cracóvia, em 1939, durante a purga de intelectuais na Polónia. É dentro deste contexto que sou apresentada a uma menina de inteligência e doçura tamanha. Anna é uma menina de apenas sete anos que se vê, de um momento para outro sozinha, sem saber o que aconteceu ao seu pai e porque não volta para ela.
Anna é a personagem principal desta história e é a partir dos seus olhos e da sua maneira de entender o mundo, que vamos acompanhar os seus anos de crescimento em ambiente de guerra. Anna é uma menina doce, bonita, inteligente, poliglota (apesar da sua tenra idade e graças aos ensinamentos do seu pai), observadora, intuitiva, curiosa. Todas estas características fazem dela uma menina precoce, madura para a sua idade mas sem perder a sua inocência. Anna quando toma consciência que o seu pai não volta e que não há amigos que a possam ajudar, sente-se perdida, até que um feliz acaso se dá. Conhece o Homem-Andorinha.
O Homem-Andorinha é um homem misterioso. É o homem que irá salvar Anna quando esta se vê abandonada. Será a figura mais paternal que Anna irá conhecer durante a sua infância e adolescência. Enigmático, inteligente, observador, mestre do disfarce, excelente professor, poliglota. Durante toda a narrativa há uma aura de mistério em torno desta personagem e é esse pormenor que mais me cativou e agarrou à leitura.
Com personagens fortes, bem construídas e em pano de fundo uma guerra cruel e sangrenta, esta história tem tudo para comover e conquistar o leitor. Desde as primeiras páginas que me senti envolvida na história. Deixei-me conquistar pela inocência de Anna, pela inteligência do Homem-Andorinha e pela grande lição de vida que esta narrativa oferece.
Só há mais uma coisa que me resta dizer-vos: LEIAM, LEIAM, LEIAM.
Boas leituras!
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