Quando li as primeiras informações a respeito desta nova série erótica, achei-a original. Uma personagem principal, 12 meses, 12 histórias diferentes. Há uma linha de continuidade entre todos os meses mas poderia lê-los como histórias independentes.
A personagem principal desta série erótica é Mia Saunders, uma jovem bonita, que vê a sua vida mudar radicalmente. Por causa de uma dívida de jogo, contraída pelo seu pai, é obrigada a aceitar um trabalho como acompanhante de luxo. Só este trabalho lhe poderá garantir que reúna a quantia de dinheiro necessária para pagar ao agiota que ameaça a sua família.
Mia tem um grande desafio pela frente: conseguir o dinheiro e não se apaixonar. Será que consegue? Logo no primeiro mês tenho sérias dúvidas quanto ao manter o seu coração fechado. O mês de Janeiro traz um deus surfista à vida de Mia e será uma missão impossível resistir-lhe e evitar apaixonar-se.
Depois de lido o primeiro mês, fiquei com uma ideia do rumo que esta série ia tomar. Homens super ricos, deuses gregos (só mesmo existentes nos livros), sedução em grandes doses e vida de acompanhante perfeita. Achei os primeiros meses demasiado perfeitos e fáceis para a personagem principal. Para mim, a personagem principal necessitava de ter lutado mais interiormente com o que estava a fazer. Mas compreendo que talvez não seja isso que se espera de uma série erótica, falar de lutas interiores e valores morais.
Conforme fui avançando na leitura, encontrei mais deuses gregos (demasiado perfeitos), loucos dias e noites de sedução e uma possível paixão. Precisava de imperfeição na história, de não ser tudo demasiado cor de rosa. Achei que faltava à história algo mais real, mais plausível. A vida de uma acompanhante de luxo não pode ser assim tão perfeita! Essa perfeição acabou por ser destruída no último mês do segundo livro, o mês de Junho. Nesse mês senti que a história ganhou mais proximidade com o real e tornou-se mais credível, trazendo à trama uma nuvem mais cinzenta.
Um facto que me desagradou foi a utilização de algumas expressões, que a meu ver, tornaram certas passagens da história pouco atractivas. Passagens que se querem sedutoras modificam-se, tornando-se algo vulgares. Não sei se foram de facto escritas pela autora daquela forma ou se foi da tradução. Cabe a cada leitor saber se lhe agrada ou desagrada este facto.
Depois de acabar o segundo livro, com a história a tomar uma direcção um pouco mais realista e não tão perfeita, aguardo pelos próximos meses. O que será que reserva a autora Audey Carlan para a Mia Saunders?
Boas leituras!
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