Finalista da Andrew Carnegie Medal 2016 na Categoria de Ficção e um dos 10 Melhores Livros de 2015 do Washington Post e Amazon, "O Livro de Aron" de Jim Shepard é um livro marcante.
Apesar das pouco mais de 170 páginas que o compõe, não foi um livro que li num abrir e fechar de olhos, pelo contrário. Este livro exigiu de mim uma leitura pausada e atenta, não só pelo tema sensível aqui abordado - o holocausto - mas também pela linguagem cuidada do escritor. A apresentação da história escrita ao leitor é diferente do habitual. Em vez dos habituais capítulos são dados destaques a frases durante o livro, algo sem dúvida diferenciador.
Quanto à história aqui narrada é sem dúvida comovente e sensível. O tema do holocausto mexe sempre muito com as minhas emoções e deixa-me num farrapo no final das leituras. O Livro de Aron não foi excepção.
Narrado por Aron, um menino de 10 anos, fico a conhecer a sua história, da sua família e amigos durante a ocupação nazi em Varsóvia. Os judeus sofreram horrores durante a invasão nazi. As suas vidas, já de si difíceis, tornaram-se um pesadelo. Viviam em casas partilhadas por várias famílias, o emprego era pouco ou quase nenhum, os alimentos eram racionados e muita gente morria de fome. Os homens eram mandados para campos de trabalhos forçados, pensando que iriam ganhar a vida quando afinal seria totalmente o contrário. Aron narra todas as dificuldades e horrores que passou e é um retrato muito negro.
Este é um daqueles livros que nos dá um forte murro no estômago. Senti-me esgotada no final da leitura. Desejei com todas as forças que esta história fosse apenas ficção, que não tivesse realmente acontecido mas infelizmente a história da humanidade prova-me o contrário. Aron deu-me uma importante lição de sofrimento, sacrifício, coragem e amor.
Se gostam de ler livros tocantes sobre o holocausto, este é um livro obrigatório. Totalmente recomendado.
Boas leituras!
Saiba mais sobre o livro no site da Editorial Presença aqui.
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