"A vida não é um ponto parágrafo, e a morte não é um parêntesis."
"Só sei que num instante está tudo a correr bem, a vida é bela, e nada me falta, e logo a seguir só me apetece fugir, completamente desnorteada, e sinto-me a afundar, em derrapagem."
"Perdi o controlo sobre tudo, até sobre os lugares dentro da minha cabeça."
Terminei a leitura do livro sensação do momento, "A Rapariga no Comboio". As viagens nunca voltarão a ser as mesmas. Os nossos olhos por vezes não vêem com olhos de ver e a nossa mente cria histórias que muitas vezes não são reais. Neste livro o real confunde-se muitas vezes com a ilusão. Um livro a não perder. Embarquem nesta viagem surpreendente.
Muito se tem falado neste livro. Está em todo o lado! Em apenas três meses venderam-se dois milhões de livros. Quando se fala assim num livro, o leitor começa a criar altas expectativas para a leitura, que podem ou não ser defraudadas. Neste caso particular, Paula Hawkins criou uma narrativa capaz de entusiasmar qualquer leitor. Li 200 páginas seguidas sem dar pelo tempo passar. É viciante!
É incrível como uma simples viagem de comboio pode mudar e alterar o curso dos acontecimentos. Muitos de nós, passageiros frequentes das viagens de comboio, iremos identificar-nos com a rotina de Rachel, a personagem principal desta trama. É impossível não viajarmos de comboio e não absorvermos o que se passa à nossa volta. Já sabemos de cor as estações, os lugares e as casas pelas quais passamos todos os dias. É num desses muitos dias, iguais a tantos outros que Rachel assiste a algo de errado com um casal, o qual não conhece pessoalmente mas com os quais já criou laços. Confusos? Não fiquem, tudo se esclarece ao longo da leitura, que sei que irão querer fazer.
Contado a três vozes, a de Rachel, Megan e Anna, começo a minha descoberta pelo culpado do crime. O crime da fúria, do descontrole, do assassínio. São três mulheres com personalidades bem distintas e bem construídas mas que têm uma característica em comum, a sua fragilidade enquanto mulheres. Mulheres que amam, que traem, que acreditam e que se deixam enganar. Paula Hawkins construíu personagens credíveis e reais. Rachel, Megan e Anna podiam existir na vida real. Podiam bem ser uma de nós. Tom, Scott e Kamal são os personagens masculinos em destaque na narrativa. Cada qual com a sua personalidade e que nos irão surpreender (pela positiva ou pela negativa) em momentos de tensão.
Além do desaparecimento e assassinato de uma das personagens, outro dos grandes focos deste thriller é o alcoolismo e o quanto esse problema pode afectar os nosso sentidos e mexer com o nosso consciente e memória. Em muitas passagens durante a narrativa não consegui perceber se as memórias de uma das personagens eram reais ou ficcionadas. São estes pormenores que fazem deste livro uma leitura imperdível.
Se querem uma leitura que vos vicie, emocione, arrepie, sobressalte e surpreenda, A Rapariga no Comboio é o livro a ler e Paula Hawkins uma escritora a conhecer. Não percam esta viagem. E uma vez dentro deste comboio, não irão querer sair sem que a verdade seja descoberta.
Boas leituras!
quero muito ler este livro
ResponderEliminarobrigada pela partilha.
Gostei
ResponderEliminareu tou farto só quero saber quem a matou e espero que nao tenho sido a bebeda
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