Criado por Jeremy Holmes, um reputado designer, este livro deixa transparecer toda a sua paixão pelos livros. Era Uma Vez Uma Velhinha foi o vencedor do prémio Bolonha Ragazzi 2010, na categoria de Opera Prima. É sem dúvida uma obra de arte tipográfica que conquista o leitor, miúdo ou graúdo.
Confesso que foi logo conquistada pelo visual do livro e pelas suas dimensões pouco habituais. Olhei para ele, primeiro como uma obra de arte de tamanha beleza e só depois vi o livro. É de louvar todos os pormenores deste livro, as suas ilustrações, o tipo de letra escolhido, a fabulosa tradução de uma canção infantil anglo-saxónica. São todos estes cuidados com o pormenor que fazem deste livro uma maravilha.
Quando comecei a ler este pequeno livro foi logo conquistada pelas palavras cantadas e rimadas desta história. É uma lengalenga que capta logo a nossa atenção, que cria bons momentos de humor e nos arranca sorrisos sinceros.
Nos livros infantis raramente se fala da morte e quando se o faz é com extremo cuidado. Este livro de uma forma inteligente, original e bem humorada fala-nos de um tema difícil com um grande à vontade.
É de louvar a adaptação portuguesa, que mantém a beleza da história com fabulosas rimas e repetições e que cria no nosso imaginário fantásticas imagens surreais. No final da história, a velhinha fecha os olhos devagar, graças a um fabuloso engenho das artes tipográficas.
Este livro oferecerá, com certeza, muitos momentos de boa disposição junto da pequenada.
Um livro que recomendo a miúdos e a graúdos, a apaixonados por livros e por arte.
Boas leituras!
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