Desde que publicou o seu primeiro livro, Simon Kernick tem a
estima do público.
Perseguido é o quarto livro publicado em Portugal pela
Civilização Editora. Anteriormente foram publicados Contas à Morte, Troca
Assassina e Um Bom Dia Para Morrer.
Este é o primeiro livro que leio deste escritor e não desiludiu.
A história é empolgante e desenrola-se a um ritmo alucinante.
Fiquei agarrada à narrativa logo nas primeiras páginas.
Identifiquei-me e
simpatizei logo com a personagem John Meron. Leva uma vida pacata e normal e de
um momento para outro a sua vida é abalada e sofre uma mudança brusca. O
motivo? Ter atendido o telefone! Vai ter de fugir e lutar com todas as suas
forças, contra um inimigo que não conhece, para continuar a viver e poder salvar a
sua família.
Mike Bolt, inspector-detective, é outra personagem marcante em
todo o enredo. É um polícia honesto, de bons princípios mas marcado para toda a vida por uma
tragédia . Vai fazer tudo o que está ao seu alcance para
desvendar uma série de homicídios que estão a ocorrer de formas muito suspeitas.
Gostaria muito que Simon Kernick, se voltar a escrever outro livro, agarre
novamente neste personagem.
São descritas vinte e quatro horas alucinantes, narradas a um
ritmo acelerado, que me fez correr por entre as páginas.
A linguagem é acessível. Os capítulos são curtos, o que faz avançar rapidamente a acção. As personagens cativam e despertam em nós
sentimentos de simpatia ou antipatia.
No livro abordam-se temas fortes como corrupção policial, jogos
de poder, adultério.
Sem dúvida, este foi um livro que gostei muito de ler. Fiquei com
curiosidade em ler os livros publicados anteriormente. Para quem ainda não leu
Simon Kernick, aconselho esta leitura.
Boas leituras!
Frases que marcam
"Tomam-se decisões numa fracção de segundos e, por vezes, essas
decisões podem ter resultados capazes de mudar uma vida; a questão é que, no
entanto, temos de as tomar."
(Pág. 206)
"O problema, relativamente à vida, é que ela pode desenrolar-se
segundo uma linha suave e regular durante anos sem fim, por vezes tão suave e
regular que tomamos tudo isso por garantido. As tragédias acontecem em lugares
distantes, envolvendo pessoas que não conhecemos. Então, pum, sem saber como,
embatemos numa curva do caminho e de repente toda a nossa vida é virada de
pernas para o ar." (Pág. 260)
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