Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 648
Editor: Dom Quixote
ISBN: 9789722048774
Sinopse
Magnus Pym, explicou um dia John le Carré, «é o arquétipo do agente duplo que
existe em cada um de nós». E é bem provável que esta seja, de facto, a chave
para a compreensão de Um Espião Perfeito, unanimemente reconhecido pela crítica
como a mais importante e a mais autobiográfica das obras do autor.
O livro apresenta como epígrafe o provérbio de origem francesa: «quem tem duas mulheres perde a sua alma, mas quem tem duas casas perde a razão». Fundamentalmente, é a essa quase imperceptível perda que toda a história se refere: ao destino de um homem que, na qualidade de conselheiro da embaixada britânica em Viena para «certos assuntos inconfessáveis», controlou o conjunto das redes inglesas na Europa de Leste, apesar de ter sido durante toda a sua carreira um agente duplo partilhado entre o universo comunista e o establishment ocidental.
Publicado em 1986, Um Espião Perfeito rapidamente foi aclamado como um livro superior e tornou-se um imenso sucesso em todos os países onde foi editado. Na primeira página do The New York Times Book Review, o crítico Frank Conroy descreveu-o como «uma obra notável, que consegue um equilíbrio rigoroso entre o desenvolvimento da narrativa e a riqueza inteligente e hábil do seu estilo». E a Académie Goncourt, de Paris, não hesitou mesmo em declarar: «Um Espião Perfeito integrou le Carré no pequeno grupo dos grandes romancistas ocidentais.»
O livro apresenta como epígrafe o provérbio de origem francesa: «quem tem duas mulheres perde a sua alma, mas quem tem duas casas perde a razão». Fundamentalmente, é a essa quase imperceptível perda que toda a história se refere: ao destino de um homem que, na qualidade de conselheiro da embaixada britânica em Viena para «certos assuntos inconfessáveis», controlou o conjunto das redes inglesas na Europa de Leste, apesar de ter sido durante toda a sua carreira um agente duplo partilhado entre o universo comunista e o establishment ocidental.
Publicado em 1986, Um Espião Perfeito rapidamente foi aclamado como um livro superior e tornou-se um imenso sucesso em todos os países onde foi editado. Na primeira página do The New York Times Book Review, o crítico Frank Conroy descreveu-o como «uma obra notável, que consegue um equilíbrio rigoroso entre o desenvolvimento da narrativa e a riqueza inteligente e hábil do seu estilo». E a Académie Goncourt, de Paris, não hesitou mesmo em declarar: «Um Espião Perfeito integrou le Carré no pequeno grupo dos grandes romancistas ocidentais.»
John le Carré nasceu em 1931. Estudou em Berna e Oxford, foi professor em Eton e
esteve durante cinco anos ligado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, sendo
primeiro secretário da Embaixada Britânica em Bona e, posteriormente, cônsul
político em Hamburgo. Começou a sua carreira literária em 1961, tendo-se tornado
um escritor mundialmente reconhecido com o livro O Espião Que Saiu do Frio, o
seu terceiro. A consagração de le Carré deu-se com o excelente acolhimento que
teve a célebre trilogia de Smiley: Tinker Tailor Soldier Spy , The Honourable
Schoolboy e A Gente de Smiley. Entre os seus romances mais recentes, todos eles
assinaláveis êxitos de vendas e de crítica, contam-se O Alfaiate do Panamá,
Single & Single, O Fiel Jardineiro, Amigos até ao Fim, O Canto da Missão e
Um Homem Muito Procurado. Este último, o seu vigésimo primeiro romance, foi
publicado em 2008 pela Dom Quixote.
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 152
Editor: Dom Quixote
ISBN: 9789722049627
Sinopse
Todas as personagens deste livro parecem estar empenhadas numa confrontação com
o Tempo: o tempo dos acontecimentos que viveram ou estão a viver e o tempo da
memória ou da consciência. Mas é como se uma tempestade de areia se tivesse
levantado nas suas clepsidras: o tempo foge e detém-se, gira sobre si próprio,
esconde-se, reaparece a pedir contas. Do passado emergem estranhos fantasmas, as
coisas que antigamente eram incompatíveis agora parecem harmonizar-se, as
versões oficiais e os destinos individuais não coincidem.
Um-ex agente da defunta República Democrática Alemã que durante anos espiou Bertold Brecht, vagueia sem destino por Berlim até ir ter ao túmulo do escritor para lhe confiar um segredo. Numa localidade de férias da ex-Jugoslávia, um oficial italiano da ONU que durante a guerra do Kosovo sofreu as radiações do urânio empobrecido ensina a uma miúda a arte de ler o futuro nas nuvens. Um homem que engana a sua solidão contando histórias a si próprio torna-se protagonista de uma aventura que inventara numa noite de insónia.
Sensível às convulsões da História recente, Antonio Tabucchi mede-se com o nosso Tempo «desnorteado», em que se os ponteiros do relógio da nossa consciência parecem indicar uma hora diferente daquela que vivemos.
Um-ex agente da defunta República Democrática Alemã que durante anos espiou Bertold Brecht, vagueia sem destino por Berlim até ir ter ao túmulo do escritor para lhe confiar um segredo. Numa localidade de férias da ex-Jugoslávia, um oficial italiano da ONU que durante a guerra do Kosovo sofreu as radiações do urânio empobrecido ensina a uma miúda a arte de ler o futuro nas nuvens. Um homem que engana a sua solidão contando histórias a si próprio torna-se protagonista de uma aventura que inventara numa noite de insónia.
Sensível às convulsões da História recente, Antonio Tabucchi mede-se com o nosso Tempo «desnorteado», em que se os ponteiros do relógio da nossa consciência parecem indicar uma hora diferente daquela que vivemos.
António Tabucchi
Escritor italiano nascido em 1943, em Pisa. Tendo sido professor de Língua e
Literatura Portuguesa na Universidade de Génova, foi director do Istituto
Italiano di Cultura em Lisboa. Dedicado ao estudo da figura de Fernando Pessoa,
produziu ensaios sobre este autor e traduziu obras suas. Paralelamente à sua
actividade de pesquisa e crítica literária, tem criado uma notável obra como
ficcionista, de onde se destacam Donna di Porto Pim (A Mulher de Porto Pim,
1983), Notturno Indiano (Nocturno Indiano, 1984), Piccoli Equivoci Senza
Importanza (Pequenos Equívocos sem Importância, 1985) e Sostiene Pereira (Afirma
Pereira, 1994). Esta última deu origem ao filme com o mesmo nome, realizado por
Roberto Faenza e filmado em Portugal. Em 2001, um artigo que escreveu para o
jornal fancês Le Monde e que foi traduzido pelo jornal espanhol El País (acerca
da liberdade de expressão), fez com que António Tabucchi fosse galardoado com o
Prémio de Liberdade de Expressão Josep Maria Llado, na Catalunha, em Espanha.
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