quinta-feira, 18 de julho de 2019

[A minha Opinião] O Rouxinol



Ai O Rouxinol! O que eu li e ouvi falar deste livro. Quem o leu só diz maravilhas e recomenda a leitura. Porque a curiosidade é tramada e nunca tinha lido nada sobre a autora, lá arrisquei e comprei o livro. Já estava há uns bons meses na estante à espera de ser lido, até que uma seguidora do meu blogue me disse que ia começar a lê-lo. Eu num impulso repentino sugeri que fizéssemos leitura conjunta do livro. Não estando ainda completamente satisfeita, resolvi lançar o desafio a vários leitores e assim aconteceu a primeira leitura conjunta. Que desafio e que experiência. Adorei! 

Agora que já vos expliquei como acabei lendo este livro, quero partilhar convosco a minha experiência de leitura deste livro. Mais de 500 páginas, bem escritas e narradas, sobre uma temática que me custa sempre ler, mas que não consigo dispensar. Nunca é fácil ler sobre a II Guerra Mundial e a cruel ocupação nazi. 

Neste livro é retratada a ocupação nazi em França. Dos inúmeros livros que li sobre o tema, acho que ainda não tinha lido nada sobre a perspectiva francesa dos acontecimentos. Como em todos os países ocupados, França passou por toda a crueldade que uma guerra pode trazer, que está guerra trouxe. O regime nazi não ficou conhecido pela sua brandura e sim pela sua crueldade e terror. É impossível ler-se sobre o tema sem ficar fisicamente afectados. 

Nesta história temos duas grandes figuras centrais, Vianne e Isabelle. Duas mulheres que não podiam ser mais o oposto uma da outra, apesar dos laços de sangue que as unem. Têm em comum o abandono que sofreram quando eram muito novas. Essas perdas moldaram de formas diferentes as mulheres que são no presente. Isabelle é uma mulher rebelde, resistente, motivada, corajosa, determinada. Vianne é completamente o oposto, uma mulher ponderada, pouco corajosa, realista, mãe e mulher dedicada. A relação entre ambas sempre foi conflituosa e em tempo de guerra ainda se torna mais visível. Ambas têm ideias opostas a como devem agir perante um inimigo tão próximo. 

Não vos vou revelar muito da história, porque assim estrago-vos a leitura. O que vos vou dizer é que gostei da escrita da Kristin Hannah, gostei das personagens que criou, tanto as principais como as secundárias. Por algumas nutri empatia e compaixão, por outras desprezo e indiferença. Agradou-me a perspectiva que a autora escolheu para nos apresentar a história, a partir de memórias, de um voltar atrás no tempo, e de desconhecer por completo quem é que narra essa viagem. 

Devem estar a estranhar o facto de estar a apontar tão bons comentários e ter dado ao livro as 4,5 estrelas ao livro. A razão pela qual não dou as 5 estrelas é porque acho que os capítulos finais foram um pouco precipitados e houve um momento na história que achei demasiado difícil de acontecer, tendo em conta a realidade narrada. Por estas razões é que acho que não mereceu as 5 estrelas mas é um livro que recomendo a leitura, sem a mínima dúvida. 

Depois de ler o livro compreendo por que razão é muitas vezes referido e recomendado. Fiquei com imensa curiosidade de ler mais livros da autora. Espero em breve estar a fazê-lo. 

Boas leituras!    

4,5
🌟🌟🌟🌟

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