terça-feira, 4 de novembro de 2014

O Rei Pálido de David Foster Wallace - Novidade Quetzal


Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 648
Editor: Quetzal
ISBN: 9789897221910
PVP: 24,40€
Disponível a partir de 07-11-2014

Sinopse
O aborrecimento. Se há alguém capaz de escrever um grande romance sobre este tema é certamente David Foster Wallace: o aborrecimento e os seus efeitos sobre o espírito.
Em A Piada Infinita, explorava o entretenimento e o prazer - que obliteram a dor; aqui, em O Rei Pálido, Wallace leva até às últimas consequências a observação e o estudo da tristeza, da monotonia, do tédio. E, para isso, não poderá haver ambiente mais natural e propício do que a Autoridade Tributária, um centro regional de processamento de IRS algures no Midwest. O Rei Pálido foi publicado postumamente e editado a partir dos manuscritos encontrados - doze capítulos prontos e outros ainda em construção -, seguindo-se as anotações do autor ou apenas a lógica interna do texto.
A crítica Michiko Kakutani considera este trabalho de Wallace o mais imediato em termos emocionais, e aquele em que o autor se relaciona mais intimamente com a sua dificuldade em navegar a vida de todos os dias.
David Foster Wallace numa das notas que deixou afirma:
«A felicidade - uma combinação de alegria + gratidão, a cada segundo que passa, pela dádiva de estarmos vivos, conscientes - encontra-se do outro lado de um aborrecimento absolutamente aniquilador. Prestem toda a atenção à coisa mais entediante que forem capazes de descobrir (declarações fiscais, golfe na televisão) e vão ser inundados por ondas de um aborrecimento como nunca sentiram e que vos vai praticamente matar. Mas, se conseguirem sobreviver a isso, será como passar do preto e branco para a cor. Como água depois de vários dias no deserto. Uma felicidade constante em cada átomo.»

David Foster Wallace nasceu em 1962, Ithaca, Nova Iorque. Estudou Inglês e Filosofia, e, durante a adolescência, foi praticante federado de ténis, uma atividade que viria a ser essencial na sua obra de ficção e de não ficção. Publicou o primeiro romance, The Broom of The System, em 1987, um livro influenciado por um dos seus ídolos literários, Thomas Pynchon, e que recebeu críticas bastante positivas da imprensa na altura. O segundo romance só apareceu nove anos depois, na forma das mais de mil páginas da colossal, delirante e inovadora obra A Piada Infinita (Quetzal, 2012). A revista Time considerou-a um dos cem melhores romances de língua inglesa publicados desde 1923. No período entre a publicação dos dois romances, Wallace deu aulas de Literatura no Emerson College, em Boston, escreveu contos e artigos para a imprensa, entre os quais o muito influente E Unibus Pluram: a Televisão e a Ficção Americana, uma reflexão sobre as tendências da nova ficção americana. As coletâneas de ensaios e de artigos jornalísticos Uma Coisa supostamente Divertida Que nunca mais Vou Fazer (1997) e Pensem na Lagosta (2005) confirmaram Wallace como um dos escritores mais originais da sua geração, capaz de transformar um texto sobre o tenista Roger Federer numa obra de arte. O sucesso e o reconhecimento da crítica e do público não aliviaram, porém, os problemas de depressão que Wallace enfrentou ao longo de toda a vida. Em 2008, com apenas 46 anos, David Foster Wallace suicidou-se. Com base no trabalho que deixou incompleto, o seu editor norteamericano decidiu publicar, em 2011, o romance póstumo O Rei Pálido, testamento literário de um génio da literatura universal que agora, após a edição de Uma Coisa supostamente Divertida Que Nunca Mais Vou Fazer – Ensaios (2013), a Quetzal tem a honra de apresentar. 

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